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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite, Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

Organização da XXVII Feira da Caça e Turismo e a XXIX Festa dos Caçadores do Norte em Macedo de Cavaleiros refere “balanço positivo”

 Terminado o certame que é considerado por muitos como dos “maiores certames dedicados à caça na zona norte de Portugal”. Trazemos-lhe uma reportagem com diversas opiniões dos visitantes, os expositores e da organização.


Chegou ao fim a XXVII Feira da Caça e Turismo e a XXIX Festa dos Caçadores do Norte em Macedo de Cavaleiros, que decorreu este fim-de-semana, neste certame que é considerado por alguns, como a “capital da caça” e dos “maiores certames dedicados à caça na zona norte de Portugal”.

Vamos ouvir a opinião de quem visita:

“Também gosto de ver a feira. Tinha amigos que me convidaram e aceitei vir visita-la. Já a visitei mais vezes. A feira está boa”, disse Carlos Parada, que veio de Izeda.

“Já é a segunda ou terceira vez que visito a feira. Para mim, está tudo bem. Não levo nenhum produto, porque está tudo muito caro, exprimiu Maria do Céu, de Macedo de Cavaleiros.

“Tinha duas intenções em vir passar este fim-de-semana, em Trás-os-Montes. Era visitar a Festa do Rancho em Mirandela, que foi ontem, e vir também, como anualmente faço, à Feira da Caça e do Turismo, em Macedo de Cavaleiros. Considero que é muito interessante, penso que é uma forma de dinamizar, pelo menos, o comércio local e regional. E talvez também de animar a economia local. Já perdi a conta às vezes que vim à feira. Não há mudanças muito substanciais. A não ser o acesso ao pavilhão que este ano é com braçadeira, e que não sei se permite a entrada e a saída, a qualquer momento. Levo pão caseiro, é uma questão de saudosismo e também pela qualidade”, preferiu Belmiro Freire, vindo de Viseu.

A feira contou com 200 expositores de diversas tipologias, desde produtos direcionados para o sector cinegético, mas também produtos alimentares e artesanato. Quem mostra os produtos, refere que é sempre importante voltar:

Correu bem. Não me posso queixar. Houve menos gente. Todos sabemos disso. Nos dois primeiros dias. Ontem, até ao meio da tarde, houve menos gente do que nos outros anos. Depois, até ao meio da tarde, houve menos gente dos que nos outros anos. A partir do meio da tarde já houve muita gente, até à hora de irmos embora. Já hoje, domingo, houve bastante gente, mas não aquela afluência, dos outros anos. Mas eu quanto ao negócio, não me posso queixar. Já participo desde a primeira edição”, disse Aldina Cabeça, que expôs produtos da Casa da Amendoeira, com diversos produtos de enchidos da região. “Transformo produtos de porco bísaro, numa unidade licenciada, como o butelo, o azedo, a alheira de caça, a normal, o chouriço doce, a linguiça, a bucheira, o salpicão. Depois também trago um forno, e confeciono aqui o nosso folar, e o pão caseiro”.

“Este ano, está muito mais fraco, mas dias melhor virão. Já participo aqui nesta feira há três anos. Compensa vir e também vejo os meus amigos. Vendo artesanato, nomeadamente a capa tradicional e as samarras. Tenho os meus alfaiates. E eu é que dou o material todo, desde o burel, às peles de raposa, interiores e os botões. Agora tenho que preparar já a próxima feira, que é a de Vinhais. Que já tenho falha de alguns produtos. Os preços variam de 245 euros até aos 415, que é o capote de homem.

A feira está composta, só que calhar não há dinheiro”, comentou Ricardo Magalhães, também um empresário, que vem de Penafiel.

“Participo já pela segunda vez. Trago essencialmente material cinegético e de apoio à caça, miras térmicas, digitais e diurnas, botas de caça, GPS e é um pouco mostrar os nossos produtos do catálogo, para divulgar as marcas. O balanço que faço é positivo. No sábado, esteve muita gente. E tem capacidade, para que nos próximos anos, o número de expositores aumente e o espaço, para conseguir atrair mais visitantes”, apreciou Miguel Cruz.

A organização do certame é conjunta entre o Município de Macedo de Cavaleiros e a Federação das Associações de Caçadores da 1ª Região Cinegética. Para o município, a aposta foi ganha conseguindo atrair muitos visitantes e expositores, gerando uma economia local, como explica Benjamim Rodrigues, presidente da câmara Municipal de Macedo de Cavaleiros:


Penso que correu tudo bem. Não me recordo de nada que corresse mal. A começar pela afluência de expositores, que tivemos que recusar muitos pedidos. Mas, esperemos que com a construção do Pavilhão Multiusos, que espero que não demore muito, que nós tenhamos melhores condições. Relativamente, aos visitantes, veio muita gente, aliás, basta ver as pessoas que nós tivemos aqui no recinto hoje e também ontem. A esta hora (entrevista balanço direto Rádio ONDA LIVRE), não consigo fazer um balanço exato, mas a bilhetes comprados chegaram quase a 6 mil bilhetes. Depois com todas as pessoas envolvidas nos eventos, os caçadores e os seus familiares, as matilhas e expositores. Atreveria-me a dizer que ontem (sábado), tivemos entre os 8 a 10 mil visitantes. E hoje também houve uma afluência muito grande”, resumiu Benjamim Rodrigues.

Para João Alves, presidente da Federação das Associações de Caçadores da 1ª Região Cinegética, contou que existe uma perda significativa do número de caçadores, que esta federação representa, contando agora com cerca de 15 mil caçadores, quando há uns anos representavam 22 mil, na que é a segunda zona do país, com mais zonas de caça associadas. O presidente desta federação, defende que é necessária mais investigação das universidades, neste sector:

É preciso fazer muita coisa. Desde logo, era necessário, que se investisse em investigação. Era necessário que as nossas universidades que têm bons corpos técnicos, se dedicassem à problemática da doença do coelho, que é a base de alimentação de muitas espécies, de modo a que conseguíssemos contrariar o surto epidemiológico que está quase a dizimar o coelho. Já há 5/6 anos, a esta parte, que o coelho tem vindo a diminuir cada vez mais. Nesta época, por aquilo que me apercebi, o retorno que me foi dado pela maioria das Associações, nalgumas zonas o coelho manteve-se. Ou seja, estamos numa época, que com um bocadinho de ajuda, conseguiríamos inverter este ciclo. As lebres e as perdizes já têm também algumas doenças, mas são menos significativas. Eu penso que o maior problema serão as alterações climáticas. E a solução passaria, em proporcionar alimentação e água.

E desde logo, era necessário, que o estado apoiasse as federações, que por sua vez, iriam apoiar as associações. Porque quem faz alguma coisa pela caça, de facto, somos nós. Só que claro, isto é um ciclo. Havendo menos caça, há também menos caçadores a dedicar-se. Alguns deixam de pagar as quotas onde são associados. E depois, as associações não têm meios depois para investir na caça. Era importante que o Estado nos apoiasse mais, para que nós, caçadores, que gostamos disto, começarmos outra vez a fazer outra coisa pela caça.

Já no que nota à adesão nas 3 montarias que foram realizadas, Limãos, Bornes/Vale Benfeito, e em Murçós, contou com 600 caçadores, com cerca de 10 por cento provenientes desta zona, mas também destaque para a internacionalização, com participações de Espanha, França, Suíça e Luxemburgo.

A par com a feira, decorreram diversas atividades. Duas delas, foram a XVII Copa Ibérica de Cetraria e o VII Troféu Interpaíses, duas provas internacionais que atraem a visita de muitos espanhóis. Da organização, José António Alonso, contou que participaram 90 pessoas, com 100 pássaros:

“Participaram espanhóis e portugueses, com 60% de Espanha, e os restantes portugueses. Este local, o Santo Ambrósio, tem um bom retorno de voo. E é um complemento perfeito da Feira da Caça. Macedo de Cavaleiros é a capital da caça. Aqui nesta feira, juntam-se todas as pessoas que têm relações neste mundo”.

O vencedor do primeiro prémio, Xavier Lopez, veio de Tarragona, da Catalunha, e espera que a prova dure muito tempo, para voltar:

Estou muito contente por voltar ao campeonato de Portugal. Gostamos de voltar porque nos tratam muito bem. Está muito bem organizado e esperamos que dure muitos anos para poder voltar. Já participo há três anos.

Os quatro dias de feira contaram com muitas iniciativas paralelas, desde exposições e prática de falcoaria, exposição de fauna viva, parque aventura, espetáculos equestres, showcookings, corridas de galgos, caminhadas por rotas e trilhos, raid turístico, trial todo-o-terreno, animação cultural, workshops e animação musical. O certame custou cerca de 250 mil euros.

Escrito por Rádio ONDA LIVRE

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