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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite, Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

domingo, 2 de fevereiro de 2025

Os Restos Mortais de Eça, pertencem ao Estado ou à Família?

 Por: Humberto Pinho da Silva 
(colaborador do "Memórias...e outras coisas...")

Um grupo de admiradores do genial escritor, Eça de Queiroz, quis homenageá-lo – transladando os restos mortais, do escritor, para o Panteão.
Esqueceram-se, porém, que a obra do maior estilista da língua portuguesa, pertence à nação, mas os restos mortais – já que não indicou local onde queria ser sepultado, – não são do Estado nem da Povoa do Varzim, onde nasceu, mas à família.
Criou-se, então, acesa polémica, entre os descendentes de Eça, e o grupo de admiradores, que nas melhores intenções – penso eu, – quiseram homenagear o escritor, que há quatro décadas repousa, o sono eterno, em Santa Cruz do Douro. Polémica, que a imprensa nacional parece não lhe dar o devido valor, já que raras são as referencias, ao assunto.
Não comento quem tem ou não razão, mas limito-me a levar a matéria, ao conhecimento do atento leitor:
António Eça de Queiroz foi o primeiro a opor-se à trasladação, por considerar:"Ser uma farsa politica negociada entre " amigos" pois o ridículo "“processo" de trasladação dos restos mortais de Eça para o Panteão Nacional é, além duma parolada de pretensiosos, um insulto à memória das pessoas que há mais de três décadas tudo fizeram para que Eça descanse em paz junto da sua filha mais velha no cemitério de Santa Cruz do Douro. Com o acordo das netas, ainda vivas." - Texto publicado no: Jornal de Baião", de 7/7/2021.
Mais adiante, escrito com o entusiasmo e energia, característica peculiar do antepassado, António Eça de Queiroz, continua:
" Definitivamente o termo " Descansa em Paz" parece hoje apenas um pró-forma semi-piedoso, mas sem qualquer valor real: basta o Estado querer que já não descansa. (...) A Fundação Eça de Queiroz, que não é proprietária do cadáver nem pode ser, avançou com este processo através das suas canalizações políticas, sem dar explicação a ninguém.
" A mim e aos restantes familiares, que somos contra este espectáculo macabro, só nos resta apoiar quem desde sempre foi contra a remoção dos restos mortais do escritor Eça de Queiroz. “- idem: “Jornal de Baião” 7/7/2021.

(Continua)


Humberto Pinho da Silva
nasceu em Vila Nova de Gaia, Portugal, a 13 de Novembro de 1944. Frequentou o liceu Alexandre Herculano e o ICP (actual, Instituto Superior de Contabilidade e Administração). Em 1964 publicou, no semanário diocesano de Bragança, o primeiro conto, apadrinhado pelo Prof. Doutor Videira Pires. Tem colaboração espalhada pela imprensa portuguesa, brasileira, alemã, argentina, canadiana e USA. Foi redactor do jornal: “NG” e é o coordenador do Blogue luso-brasileiro "PAZ".

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