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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite, Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues, João Cameira e Rui Rendeiro Sousa.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 23 de maio de 2025

Escritor Filipe Lopes levou poesia aos reclusos de Bragança e Izeda no âmbito do Festival Literário

 O Festival Literário de Bragança chegou, ontem, aos estabelecimentos prisionais da cidade e também de Izeda


Foi com poesia que ontem a imaginação dos reclusos viajou. Bruno Silva foi um dos que não quis perder a sessão porque a escrita e a leitura são a grande ajuda para passar o tempo na prisão. “Escrevo música rap, emocional, desde os meus 16 ou 17 anos. Escrever ajuda a passar o tempo e ajuda a conhecermo-nos. É como se fosse uma autoterapia”, disse.

Uma atividade enriquecedora que ajudou a perceber que há pessoas na rua que têm menos liberdade que os reclusos. “Ajuda-nos a ter outra perspetiva sobre a prisão. Não temos contacto com pessoas de fora, mas quando vêm e nos dão este tipo de visão, que muita gente lá fora está presa a outras coisas, ajuda-nos a pensar que [estar na prisão] não é assim tão mau”, destacou.

A Poesia Não Tem Grades, foi este o projeto que o escritor Filipe Lopes deu a conhecer aos reclusos. O autor leva, há vários anos, a poesia a estabelecimentos prisionais, escolas, bibliotecas, lares e hospitais. O objetivo é oferecer esta arte a toda a gente. “Aquilo que eu faço é fazer a ponte entre pessoas que não sabem que gostam de livros, de poesia, só porque nunca tiveram oportunidade de estar em contacto com eles. No caso das prisões, é ainda mais especial, porque as pessoas, muitas vezes, vêm de situações pessoais, culturais difíceis, com menos acesso à cultura. Às vezes é entrando num sítio como estes, onde não há mais nada, que se consegue descobrir o gosto pela leitura”, contou.

Uma atividade de conforto, sublinhou o diretor do Estabelecimento Prisional de Bragança, Nuno Pires. “Qualquer atividade que se faça dentro de um estabelecimento prisional é sempre um momento para arejar as mentes”, frisou.

Este é já o nono Festival Literário de Bragança que, ontem, chegou aos reclusos de Bragança e de Izeda.

O festival termina amanhã. É promovido pelo município de Bragança, pela Academia de Letras de Trás-os-Montes e pela Editorial Novembro.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Carina Alves

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