Número total de visualizações do Blogue

Pesquisar neste blogue

Aderir a este Blogue

Sobre o Blogue

SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite, Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues, João Cameira e Rui Rendeiro Sousa.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sábado, 2 de agosto de 2025

A Obrigação Legal e Moral das Autarquias em Garantir Serviços Básicos nas Aldeias


 Em pleno século XXI, é inaceitável que ainda existam aldeias e localidades no Concelho de Bragança, e noutros, sem acesso a serviços básicos essenciais, como o abastecimento de água potável, a eletricidade, a recolha de resíduos, a internet ou a rede de saneamento básico. Esta realidade, infelizmente ainda presente em várias regiões do país, representa uma falha grave por parte das entidades que têm a obrigação legal e moral de garantir esses direitos fundamentais e que são as câmaras municipais e as juntas de freguesia.

A legislação portuguesa é clara. A Constituição da República Portuguesa consagra, no seu artigo 65.º, o direito à habitação e à qualidade de vida, o que inclui o acesso a infraestruturas básicas. Por sua vez, a Lei n.º 75/2013, que estabelece o regime jurídico das autarquias locais, define como competências próprias dos municípios a construção, manutenção e gestão de redes de água e saneamento, bem como a promoção da coesão territorial e da equidade no acesso a serviços públicos.

Não se trata apenas de uma questão de legalidade, mas de justiça social, saúde pública e dignidade humana. A ausência de saneamento compromete gravemente a qualidade de vida das populações, acarreta riscos ambientais e sanitários e contribui para o despovoamento das zonas rurais, ao criar desigualdades profundas entre o litoral e o interior.

As autarquias não podem continuar a adiar investimentos estruturais com base em argumentos de custo ou baixa densidade populacional. O desenvolvimento equilibrado do território nacional exige que nenhuma comunidade seja deixada para trás. A atribuição de fundos europeus e o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) oferecem oportunidades concretas para colmatar estas lacunas históricas. Falta, muitas vezes, vontade política e visão estratégica.

Dotar todas as aldeias com rede de saneamento básico e outros serviços essenciais não é um luxo, é um dever. Um dever que impõe às câmaras municipais e juntas de freguesia a responsabilidade de agir com urgência, equidade e compromisso com o bem comum.

HM

Sem comentários:

Enviar um comentário