quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

IV Feira de Artesanato e Produtos Regionais de Parada

A IV Feira de Artesanato e Produtos Regionais é um convite para visitar Parada nos dias 26, 27 e 28 de Dezembro. Ao convívio e aos bons sabores da terra junta-se um vasto leque de actividades, alguns deles com longa tradição no concelho de Bragança. É o caso da Cortejo de S. Estêvão pelas ruas da aldeia, acompanhado dos Caretos de Parada, da Corrida da Rosca e do Jogo da Galhofa, onde os mais audazes medem forças.
A organização está a cargo da Junta de Freguesia de Parada, com o apoio da Câmara Municipal de Bragança e do Centro Social e Paroquial dos Santos Mártires, que disponibiliza o seu Grupo de Cantares para animar uma das noites da Feira.
Norberto Santos Costa, presidente da Junta de Freguesia desde 2009, fala das qualidades do certame. “Foi das melhores coisas que podiam ter feito nesta zona do concelho”, alega o autarca
A cada ano que passa, a Feira tem melhorado. De 17 expositores passou para 22 “e este ano já temos 25 inscritos”, explica o responsável.
Para o sucesso da iniciativa contribui a existência de um Pavilhão Multiusos, um recinto coberto dotado de excelentes condições. “Foi uma grande obra que a Câmara de Bragança fez aqui em Parada”, considera Norberto Costa.
Artesanato, fumeiro, produtos da terra, alfaias e máquinas agrícolas são os pratos fortes de um certame genuinamente transmontano, baseado em tradições bem enraizadas na comunidade.
Tudo começa no dia 24 à noite, com a Missa do Galo, que é aberta pelas loas, em que quatro jovens mulheres cantam em verso, acompanhadas pelas mordomas da festa e pelo charolo, armação de madeira coberta por roscas.
Francisco Figueiredo, secretário da Junta de Freguesia, explica o que se passa nos dias que se seguem. “A Feira nasceu enquadrada nas festividades de Inverno da freguesia. Daí começar com o almoço comunitário, que tem grande tradição, pois reúne a população residente e os inúmeros emigrantes que nesta altura regressam à terra”, recorda o jovem autarca.

Cortejo de S. Estêvão, Corrida da Rosca e Jogo da Galhofa são os momentos altos da festa
Segue-se o tradicional carro puxado pelos jovens solteiros que percorrem a freguesia, transportando os mordomos e os convidados pelas ruas da aldeia, que pela noite dentro vão desaguar a um dos muitos bailes que marca as festividades. “De 25 a 30 ou 31 há baile todas as noites”, garante Francisco Figueiredo.
Dia 28 destaque para Corrida da Rosca, em que dois jovens e, muitas vezes, “jovens de outros tempos”, disputam uma corrida de 100 metros, descalços ou com a tradicional meia de lã, para ganhar as roscas feitas pelas mãos dos mordomos da festa.
No dia 28 a galhofa toma conta do cartaz, numa dura luta greco-romana que se faz em tronco nu e no meio da palha do curral de Santo Estêvão, o palco de todas as emoções.
“Associado a tudo isto estão os caretos, que estamos a dinamizar para criar um grupo. Já participámos no desfile ibérico da Máscara, em Zamora, e para o ano estaremos em Lisboa, aproveitando a candidatura à UNESCO da máscara como Património Imaterial da Humanidade”, revela Francisco Figueiredo.
Além dos expositores dos variados sectores, o certame conta com uma tasquinha onde as pessoas podem degustar os bons sabores da terra.
O convite está feito, tanto mais que a Junta de Freguesia apela à participação de toda a população, incluindo dos emigrantes, que nesta altura fazem questão de regressar à terra natal.

in:jornalnordeste.com

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