quarta-feira, 5 de abril de 2017

Operação da GNR "Colmeias Protegidas" para prevenir furtos nos apiários

O Comando Territorial da GNR de Bragança lançou uma campanha para reforçar a vigilância de forma a prevenir furtos de colmeias.
Com o aumento de investimento na apicultura, há também mais casos de furtos nos últimos anos. A operação da GNR “Colmeias Protegidas” está no terreno até ao final de Abril para evitar ocorrências, a Brigantia acompanhou uma dessas acções.

O objectivo é reforçar a vigilância no sector apícola, ajudando a prevenir furtos, através da fiscalização no terreno, do reconhecimento da localização de apiários e da sensibilização dos apicultores para que tomem medidas preventivas que ajudem a evitar situações de furtos.
Em 2015, houve cerca de 200 furtos de colmeias, em 2016, a incidência reduziu para 91 colmeias, num total de 12 ocorrências. Mas só este ano, já houve 6 situações, que resultaram em 123 colmeias furtadas no distrito de Bragança.
Numa das acções da Operação “colmeias protegidas”, os agentes do Núcleo de Protecção Ambiental (NPA) saíram para o terreno e visitaram alguns apiários nos concelhos de Macedo de Cavaleiros e Bragança, dois dos quais alvos de furto.
Paulo Vilarinho, apicultor, já passou por esta situação duas vezes. Este ano do apiário que têm no concelho de Macedo de Cavaleiros, foram furtadas 12 colmeias. Antes em Mirandela tinham sido levadas 9. E os prejuízos nestes casos são bastante avultados.
“ De cada uma das vezes os prejuízos rondaram os dois mil euros. Isto acontece porque aumentou muito o valor das abelhas, devido aos projectos.”
Sónia Santos diz que a apicultura “é vista como uma moda o que potencia a venda de produtos apícolas a preços mais baixos.”
Os apicultores recorrem agora a métodos como colocar GPS nas colmeias ou câmaras junto aos apiários.
Mas mesmo que o material seja encontrado na posse de um suspeito de furto, se este não for apanhado em flagrante delito será muito complicado provar a autoria do roubo, por isso a identificação das colmeias e dos quadros é uma das soluções.
Outro dos problemas cada vez mais frequentem está relacionado com as distâncias entre apiários, que não são respeitadas.
Os apiários com 11 a 30 colmeias têm de ter 400 metros de distância entre si, para apiários com mais de três dezenas de colmeias a distância exigida é de 800 metros.
O cabo António Morais, chefe da equipa do EPNA de Bragança, explica qual é o procedimento quando recebe uma queixa deste tipo
“ Quando efectivamente há um incumprimento da distância entre os apiários registamos a queixa e eventualmente autua ou não o proprietário ou não.”
Um dos motivos que pode servir como dissuasor é a apreensão do material durante o período em que decorre o processo. Mas o facto de as multas não serem de valor muito elevado pode levar a que se repita a infracção. A operação da GNR que reforça a vigilância e a sensibilização junto dos apicultores para evitar o furto de colmeias e outros delitos está no terreno até ao final do mês de Abril. 

Escrito por Brigantia

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