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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 26 de abril de 2017

A imprensa regional antes e depois do 25 de Abril

Passaram 43 anos desde a revolução dos cravos que devolveu a liberdade a Portugal. O 25 de Abril comemorou-se ontem e a Brigantia foi saber como era vida de um jornalista em Bragança antes e depois da revolução.
Carlos Pires construiu uma vasta carreira na área da comunicação a nível nacional, mas o início foi nos jornais regionais de Bragança. Corria o ano de 1970 quando o agora ex-jornalista iniciou a sua carreira nesta área, e recorda vários episódios dessa época, especialmente as técnicas usadas para que o seu trabalho, que começou com a poesia de intervenção não caísse por terra ao passar pelo lápis azul do regime.

Carlos Pires conta que “esses métodos passavam por usar essencialmente metáforas que conseguissem passar o recado aos leitores que também não estavam satisfeitos com o regime e despertar os outros.”

Depois da revolução do 25 de Abril, Carlos Pires juntamente com Marcolino Cepêda e Teófilo Vaz, fundaram o jornal Ènié, em 1975. Fundado por jovens com ideias revolucionárias numa a altura em que os efeitos da revolução ainda se faziam sentir, foram muitos os que estiveram directamente ligados ao regime e que “nunca aceitaram bem aquele jornal”.

Reflectindo sobre a liberdade da comunicação social nos dias de hoje, Carlos Pires considera demasiado pesado falar actualmente numa censura à liberdade de imprensa, todavia, acha que os jornalistas de hoje também não são completamente livres para informar, sobretudo de forma isenta. Para o ex-jornalista este é um dos motivos que explica a actual crise no sector e que leva cada vez mais pessoas a abandonar precocemente a profissão. 

Escrito por Brigantia

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