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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 28 de abril de 2017

"Tradição em Continuidade – as quintas da Terra Fria Transmontana”

"Tradição em Continuidade – as quintas da Terra Fria Transmontana”, de Joana Gonçalves, é um livro que nos dá a conhecer aspetos Sociológicos de um mundo já desaparecido, mas do qual ainda restam as casas e a sua relação com um território em permanente mudança.
Casas velhas, casas em ruína, uma espécie de arqueologia sentimental que a arquiteta resgata através deste livro, onde se lê a volumetria dos sentimentos e das casas que os albergaram.

Este livro resulta de um trabalho, realizado na  Universidade do Minho, tendo sido distinguido em 2014 com o Prémio Ibérico de Investigação de Arquitetura Tradicional.

Sinopse
“O património vernáculo é reconhecido pela sua adequação ao contexto geográfico e cultural e, portanto, garante da identidades locais (ICOMOS, 1999). O abandono progressivo a que muitos exemplares foram votados, a nível global, contribuiu para uma perda acelerada da memória, essencial ao reconhecimento do lugar e da cultura local. Com a consciência de que atualmente a arquitetura enfrenta novos desafios, nomeadamente a necessidade de respostas integradas e integradoras no meio sociocultural e ambiental, pretende-se estimular o conhecimento de exemplares da arquitetura vernácula ainda não documentados, importantes fontes de informação pelo seu apuramento experimental ao longo de décadas.

Esta investigação centra-se no estudo das quintas da Terra Fria do Nordeste Transmontano, caraterizadas pela dispersão em torno dos núcleos urbanos, que eram a sua oportunidade e razão de ser, pois associavam a agricultura de subsistência ao abastecimento do mercado local. Pelo seu isolamento das redes de infraestruturas estabelecidas constituem um desafio para as soluções contemporâneas que visam a autossuficiência e sustentabilidade, permitindo a sua continuidade, questionando novos usos, significados e funções produtivas contemporâneas.

Reconhecendo que o desenho arquitetónico interfere nos modos de vida e no ambiente, pretende-se uma leitura crítica deste património, estimulando estratégias alternativas e inovadoras que relacionem a arquitetura, o homem e o território, procurando uma maior sustentabilidade social, ambiental e económica e que, simultaneamente, respeite a identidade da comunidade. Para isso, as novas intervenções devem compreender as potencialidades do lugar, a validade dos processos identificados e as suas fragilidades, procurando não só a sua continuidade mas também a complementaridade. Ao centrar o estudo nas fontes primárias procurou-se um levantamento que possibilitará uma nova reinterpretação desta arquitetura mais próxima do seu significado, compreendendo os propósitos que levaram a estes modos de construir”.

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