Rio de Onor é uma freguesia portuguesa do concelho de Bragança, com 45,37 km² de área e 126 habitantes (2001). Densidade: 2,8 hab/km².
Ocupando a extremidade nordestina do concelho, o território desta freguesia é delimitado pela vizinha Espanha nos flancos norte e nascente, tendo as congéneres Aveleda e Deilão a confrontar do poente e sul, respectivamente. Duas dezenas e meia de quilómetros separam a capital concelhia de Rio de Onor, que lhe fica a nordeste, com acesso viário através das E.N. 218, 218-3 e 308.
Abrangendo uma área considerável, incluída no perímetro do Parque Natural de Montesinho, esta freguesia partilha o nome com o rio que a atravessa, no sentido norte-sul, tornando-se posteriormente tributário do Sabor.
É precisamente aí, junto à linha da fronteira setentrional, que assenta o povoado principal, bem conhecida pelas suas peculiaridades e sobrevivências de um ancestral comunitarismo agro-pastoril, a esbater-se já no decurso inexorável dos tempos. Com uma orografia montanhosa e planáltica, registando uma altitude média na ordem dos 750 metros, Rio de Onor inclui, porém, um extenso trecho de vale, aberto, amplo e aprazível, banhado pelo Onor e protegido pelas imponentes Serras de Montesinho (a poente), Sanábria (a norte) e Guadramil (a nascente).
Com as suas típicas casas de xisto, de paredes escuras, sem reboco e de aparelho miúdo, as aldeias desta freguesia preservam um carácter arcaico e rústico, “casando” perfeitamente com a belíssima paisagem natural. Rio de Onor é um caso emblemático, reforçado pela sua posição fronteiriça, com a homónima espanhola – Rihonor de Castilla – ali à distância de uns passos, separada apenas pelo rio (que não chega a ser obstáculo, pois é vencido por esplêndida ponte medieval de alvenaria e múltiplos arcos).
Senso comunitário:
Rio de Onor subsiste ainda como aldeia comunitária. Este regime pressupõe uma partilha e entreajuda de todos os habitantes, nomeadamente nas seguintes formas:
•Partilha dos fornos comunitários
•Partilha de terrenos agrícolas comunitários, onde todos devem trabalhar
•Partilha de um rebanho, pastoreado nos terrenos comunitários
Rio de Onor distingue-se, ainda, por outra característica pouco comum. A partilha de recursos, tradições e vivências estende-se à vizinha localidade espanhola de Rihonor de Castilla, que, como a semelhança do nome sugere, possui laços muito vincados com a localidade portuguesa. A interligação entre as duas comunidades atinge um grau tão elevado que, de certa forma, é como se as duas aldeias fossem um prolongamento uma da outra, com uma metade em território português e outra metade em território espanhol.
É comum observar membros das populações dos dois lados atravessando a fronteira a pé. É também frequente observar gado atravessando a mesma fronteira, livremente e sem ninguém a vigiar. A fronteira é demarcada pelo rio com o mesmo nome da povoação, um afluente do Rio Douro.
As casas tradicionais da aldeia são normalmente compostas por dois andares. No andar de cima, moram as famílias. No andar de baixo, ficam o gado, os cereais e outros produtos da terra.
(http://terrasdeportugal.wikidot.com/rio-de-onor)
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