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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

A Arte do Assobio


Nos dias de hoje as pessoas não costumam assobiar. Antigamente esse acto era tão evocativo do nosso rude individualismo e independência, de uma autoconfiança despreocupada. As pessoas assobiavam enquanto trabalhavam, assobiavam uma melodia alegre qualquer e assobiavam para as garotas que passavam. Nos musicais, o assobio acompanhava impensados actos de coragem, coreografias na chuva e passeios a pé pelas ruas, com as mãos enfiadas nos bolsos e a aba do chapéu inclinada num ângulo jovial.

Assobiar é uma relíquia de um tempo menos tecnológico, pré-TV Cabo e Internet, quando as pessoas precisavam fazer companhia a si mesmas e serem a fonte do próprio divertimento. Faz parte da cultura da conversa na varanda, na esplanada do café. É uma arte solitária. As crianças ainda tentam assobiar: franzem os lábios e sopram em vão. Um belo dia, conseguem reproduzir alguns acordes de uma canção infantil. A alegria é profunda, até ser silenciada pela inibição.

"O assobio é uma tradução da música através da alma, e as pessoas têm medo de libertar a sua alma."

2 comentários:

  1. Adoro assobiar e sem medo algum dos que orgulham-se em afirmar que odeiam os assobios ... Tô assobiando e andando pra eles! kkkkker

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  2. No meu tempo, e já lá vão uns bons anos, assobiar era coisa de homem.
    Sendo eu uma Maria-rapaz o assobio era frequente mas lá estava a minha querida avó a chamar-me á razão:
    Mulher não assobia,porque mulher que assobia, a sorte lhe desvia.
    Provérbios que se vão perdendo e já não fazem sentido.
    Assobiar a uma mulher que passava era um elogio que que enchia o ego de qualquer uma.

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