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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Gravuras Rupestres de Mazouco

As gravuras rupestres de Mazouco, situadas junto ao Rio Douro e inseridas numa paisagem magnífica, são um dos mais importantes vestígios da arte do Paleolítico Superior em Portugal e foram o primeiro exemplo de arte rupestre paleolítica ao ar livre a ser identificado na Europa.
As gravuras, constituídas por quatro gravuras sobre uma parede xistosa, sendo que apenas uma das figuras se apresenta completa, foram dadas a conhecer ao mundo científico em 1981. A mais nítida é a de um cavalo, tendo ficado conhecida como o “Cavalinho de Mazouco”. Com um comprimento de 62 cm é uma das mais belas imagens da arte rupestre ao ar livre em todo o mundo.
Há muito que as gravuras rupestres do Mazouco eram conhecidas pela população local aquando da sua apresentação à comunidade arqueológica. Foi em 1981 que um estudante da faculdade de letras do Porto as deu a conhecer aos seus professores. Os habitantes da pequena aldeia de Mazouco chamavam à representação mais preservada "o carneiro". No entanto, este núcleo foi sendo geralmente designado como O Cavalo de Mazouco. 
Trata-se da primeira estação portuguesa de arte rupestre paleolítica ao ar livre. Em 1981, foram identificadas e publicadas as gravuras de Mazouco (Freixo-de-Espada-à-Cinta), que se tornaram no primeiro sítio de arte rupestre (ao ar livre) paleolítica conhecido em toda a Europa. Estão representadas muito poucas figuras, entre as quais sobressai a representação completa de um cavalo. O núcleo do Mazouco está inserido numa pequena cavidade rochosa composta por dois painéis relativamente bem conservados, formando uma espécie de abrigo de pequenas dimensões. 
O facto de as gravuras se encontrarem um pouco protegidas, permitiu que estivessem menos vulneráveis aos efeitos de desgaste natural. São constituídas por quatro gravuras executadas sobre uma parede xistosa, sendo que apenas uma das figuras se apresenta completa. Bem definida nas proporções e dando a sensação de movimento, tem o corpo e a cabeça de perfil. Dos membros traseiros só as coxas foram representadas. A cauda também se encontra incompleta, enquanto o focinho foi danificado em época posterior à execução da figura. O sexo é bem visível, e demonstra tratar-se de um macho, o que contradiz a teoria dos que pretendem ver nele uma égua grávida, dada a forma volumosa da barriga.
Enquadramento : As gravuras estão orientadas no sentido sudoeste-nordeste, contemplando a confluência da Ribeira de Albagueira com o Rio Douro. Situa-se num pequeno planalto inclinado na margem direita da ribeira de Albagueira, a 1800 m. do vale do Douro. O local classificado está implantado em formações xistosas e a morfologia do terreno na sua envolvente foi alterada devido à construção de barragens.
Descrição : A figura mais relevante deste conjunto é uma gravura com cerca de 62cm de comprimento e 37,5cm de altura, reproduzindo um cavalo e constitui uma gravura de grande beleza e uma das mais interessantes do ponto de vista científico no panorama da arte rupestre ao ar livre.
Acesso : Saindo da sede concelhia pela EN 221 para norte, cerca de 14 km depois apanha-se a estrada para Mazouco e daí o estradão que vai para a ribeira de Albagueira.

1 comentário:

  1. O Henrique Martins é um pesquisador e divulgador incansávelde tudo o que pode interessar ao nosso Distrito. Aqui quero deixar expressa a minha gratidão, como Transmontano, pelo trabalho desenvolvido e pelo magnífico blog.

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