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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

A Matança do Porco


Uma tradição secular, na área rural da nossa região, mas a ficar em desuso com o aumento do rendimento das famílias. Hoje em dia, por norma, as famílias que ainda fazem o fumeiro, compram as carnes de porco em unidades industriais, principalmente, na vizinha Espanha.
Para o lavrador era o abastecimento da casa e uma das mais importantes festas de família do ano. A carne de porco, o pão e a batata eram a sua base de alimentação. O número de porcos que se matavam dependia da condição financeira de cada família. A carne era racionada de modo a durar todo o ano. Os porcos eram criados e alimentados à base de batata, legumes e farelo, e viviam nos baixos das habitações (lojas). A matança acontecia nos meses de Inverno, com temperaturas negativas, altura ideal para conservar as carnes. Pela manhã ainda muito cedo era servido um mata-bicho (aguardente e figos secos). Começava-se por agarrar o bicho, pelas orelhas, pelo rabo e pelas pernas.
O matador deitava-lhe o laço ao focinho, era deitado e amarrado num banco de madeira. Uma faca comprida era espetada por baixo do pescoço até chegar ao coração. o sangue era aparado por uma mulher que colocava um alguidar, com vinho sal e vinagre para o sangue não coagular. O porco depois de morto era chamuscado com palha a arder, era esfregado com pedras, lavado e rapado. Era pendurado durante dois dias para a carne secar. Depois era desmanchado e cortado em pedaços, as carnes eram salgadas e temperadas para fazer os enchidos que dariam origem ao fumeiro.

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