Afinal a capela do Santo Antão da Barca não vai ser transladada na íntegra para o novo santuário. Apenas alguns elementos serão levados para o novo local cujos trabalhos de terraplanagens vão iniciar ainda este ano.
Os objectos vão ser sujeitos a tratamentos de conservação e restauro para serem recolocados na nova capela.
Para o coordenador da área de conservação e restauro neste projecto, trata-se de um processo delicado.
“A desmontagem será faseada. Primeiro será no interior da igreja nos altares, as pinturas das paredes e a desmontagem dos tectos” explica Loureço Rosa. Depois “passa-se para o exterior através da demolição controlada da igreja e o objectivo é ter especial atenção aos elementos mais significativos e mais decorados. O novo edifício vai integrar parte desses elementos já devidamente tratados”.
Declarações feitas ontem na apresentação do projecto de transladação do santuário onde foi feito um reparo ao projecto.
“Tivemos sugestões muito interessantes que até vão ajudar a melhorar alguns aspectos nomeadamente a questão de haver um ancoradouro que possa permitir que a barragem tenha um ponto de ligação à outra margem” refere Berta Nunes, a presidente da câmara de Alfândega da Fé.
Lopes dos Santos, da EDP Produção, garante que o assunto vai ser analisado. “Antes de tudo vamos ter de analisar todas as questões que lhe estão associadas, mas vamos estudar e analisar esse ponto que é relevante pois tem na base a relação do santuário com a água” afirma.
A população que esteve a assistir a esta apresentação mostrou-se satisfeita com o projecto.
“No meu entender acho que tem melhores condições e concordo plenamente com a trasladação da capela” refere Delfim Camelo. Maria do Céu também acha que “vai ficar melhor do que estava. E o santo gostava de ficar à beira da água e vai continuar a ficar” salienta. Alda Ribeiro espera que a capela seja mesmo trasladada porque “eu gostava dela conforme ela é por isso estou de acordo com este projecto”. Manuel António também considera que “vai ficar melhor mas acho que o espaço não é tão grande”.
O projecto contempla a construção de quatro edifícios.
Para além da trasladação da capela vão ser construídas de raiz a Casa dos Milagres para apoio à confraria, a Casa do Ermitão com bar e restaurante e a Casa dos Romeiros que serve de albergue para os fiéis e vai ter seis quartos duplos e quatro camaratas com um total de 40 camas.
O presidente da confraria salienta a criação de um museu como uma das valências mais importantes.
“O museu é a memória da instituição e vai-nos contar o que foi o santuário, a confraria, a actuação de toda a população e de toda a devoção em volta do Santo Antão da Barca” afirma Manuel Gouveia.
O novo santuário deve estar em pleno funcionamento em Setembro de 2013 sendo que a albufeira deverá começar a encher no início desse ano.
Escrito por Brigantia
in:brigantia.pt
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