Silva Peneda |
O presidente do Conselho Económico e Social considera que a verdadeira reforma da administração pública deve incluir a descentralização de serviços para cidades do interior.
“Não vejo nenhuma razão para tudo o que são direcções gerais, institutos públicos, inspecções gerais de ministérios, Instituto Nacional de Estatística, tenha de estar em Lisboa. É só uma questão de tradição, nada mais. A correcção dos desequilíbrios regionais só se resolve com uma forte intervenção do Estado. Acho que devia ser implementado um projecto grande, ao longo de dez anos, em que se procurasse tirar serviços de Lisboa e espalhá-los pelo Interior”, defendeu.
Silva Peneda defende, ainda, a criação de um fundo para ajudar a instalar os serviços no interior com o dinheiro da venda dos imóveis desocupados em Lisboa.
O presidente do CES realça que é uma medida que exige grande consenso político em nome do desenvolvimento regional.
“Este projecto exige um grande consenso político, desde logo para escolher as cidades e os serviços. E exige meios financeiros. Mas as autarquias iam beneficiar com a chegada de gente qualificada. Era preciso procurar alojar essas pessoas. Vão ficar devolutos muitos metros quadrados em Lisboa. Podia ser criado um fundo para alimentar este projecto”, diz.
Para o presidente do Conselho Económico e Social esta reforma iria permitir renovar o quadro de pessoal na administração pública e adequar os recursos humanos às funções a desempenhar nos diferentes serviços.
“Alguns não queriam deslocar-se. Aí haveria uma negociação para reformas, por exemplo, o que contribuiria para emagrecer a administração pública.”
Silva Peneda a defender em Bragança a descentralização dos serviços públicos em prol do desenvolvimento regional.
Escrito por Brigantia
in:brigantia.pt
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