O presidente da Comunidade Intermunicipal (CIM) de Trás-os-Montes é da opinião de que compete ao Governo criar políticas e mecanismos que evitem o despovoamento do Interior e criem novas oportunidades para fixação de pessoas na região transmontana.
"Terá de haver políticas de âmbito nacional, de domínio fiscal ou de descentralização da administração pública. Quem tem responsabilidade nos órgãos de soberania nacional tem de olhar para o território e para os seus recursos de uma forma diferente", afirmou o também presidente da câmara de Bragança, Jorge Nunes.
Segundo o autarca, o Governo não pode retirar benefícios fiscais ao interior, impedindo assim a instalação de novas empresas e a criação de postos de trabalho que fixem os jovens a terra.
"Não podem pedir mais responsabilidades aos municípios para darem mais incentivos à natalidade ou para a criação de novas empresas, tudo isto junto não representa nada. O modelo de desenvolvimento para o território tem de ser equacionado de forma diferente", acrescentou.
Para Jorge Nunes, não é com subsídios à natalidade que se consegue inverter o despovoamento, mas sim com políticas de incidência regional que resolvam os problemas do "grave desequilíbrio demográfico" existente no país.
in:rba.pt
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