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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Fado - Classificação como Património Imaterial suscita reacções de diversos quadrantes

Personalidades ligadas à cultura, artes e espectáculos entre outros sectores da sociedade portuguesa foram, ao longo do dia, reagindo ao anúncio da classificação do Fado como Património Imaterial da Humanidade/UNESCO. «Vitória», «responsabilidade», «esperança», estão entre as palavras mais vezes repetidas.
O musicólogo Rui Vieira Nery que preside à Comissão Científica da candidatura afirmou «que é uma vitória muito grande para o Fado, é uma vitória para a Cultura portuguesa no seu conjunto, é uma vitória para Portugal e para a imagem de Portugal no mundo».
O fadista Duarte defendeu que esta distinção «deve trazer mais-valias para o Fado em si e não apenas para algumas pessoas dentro do Fado».
O poeta José Luís Gordo afirmou que o galardão incentivará novos estudos e pesquisas para os quais são necessários fundos, enquanto o guitarrista José Pracana referiu que «incentivará os jovens» que cantam, tocam e compõem.
O editor discográfico Samuel Lopes afirmou que a distinção da UNESCO é «uma chamada de atenção para uma arte que é nossa e um sentimento profundo do povo português».
Autor do livro «Fado de Portugal – 200 anos», Samuel Lopes afirmou que a distinção «deve ir para aqueles que cantam e tocam todos os dias o Fado, esses é que são os verdadeiros heróis desta história».

Para o editor discográfico a distinção «pode promover o turismo cultural de Lisboa, mas tudo depende da continuidade que se vai dar».
Já para a Associação Portuguesa dos Amigos do Fado, a distinção «responsabiliza-nos» mas espera que «possa dinamizar mais os estudos sobre o Fado e divulgar o seu património cultural».
Para a fadista Mariza, embaixadora da candidatura do Fado, a distinção da UNESCO «não é de alguns é de todos, a começar pelos intérpretes, mas passando pelos instrumentistas, poetas, e todos, todos».
Para Ana Moura, «o Fado sempre foi Património da Humanidade», e acrescentou que distinção «vai aconchegar a alma [dos portugueses] e encher-nos a todos de orgulho».
Maria da Fé qualificou a classificação como «uma coisa maravilhosa para o Fado e para o nosso país», considerando que «daqui para a frente é uma incógnita» mas afirmou a «esperança que traga mais clientes, não só turistas como, muito especialmente, portugueses» às casas de Fado que todos dias apresentam este género musical, sem amplificações.

Camané afirmou que distinção trará maior divulgação e António Rocha, por seu turno, disse que «irá dar mais trabalho» a quem actua nos palcos internacionais.
A fadista Adélia Pedrosa, há mais de 50 anos a divulgar a música portuguesa no Brasil, espera que a classificação na UNESCO represente «o início de uma revolução que dê espaço para que milhares de artistas de fado sejam conhecidos e respeitados, principalmente no seu próprio país, mesmo os que já se foram».
Do lado do município Lisboeta, Catarina Vaz Pinto, vereadora da Cultura, afirmou que «este trabalho [a candidatura] foi promovido pela Câmara de Lisboa, começou em 2005 , atravessou vários executivos municipais e é uma candidatura que tem este lado mais visível agora com a atribuição do prémio mas que exigiu um grande trabalho não só na área do estudo, da investigação mas também um trabalho com a comunidade artística toda para a conquistar para esta causa» de modo a que «este reconhecimento pudesse ver a luz do dia».
A vereadora falando na responsabilidade futura deste reconhecimento, referiu que o «mais importante é que a candidatura não se esgote hoje com a atribuição deste reconhecimento». Pelo contrário, «há um plano de salvaguarda que tem quatro anos e ao longo de quatro anos nós temos de trabalhar também para que todas as acções que estão incluídas no plano – e foi por isso também que a UNESCO nos atribuiu este prémio – sejam executadas e divulgadas».
Por seu turno, o secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas disse que a candidatura aprovada hoje em Bali, «segue-se ao reconhecimento internacional que o Fado já tinha. Este reconhecimento da UNESCO é a confirmação do talento, do génio propriamente de um elemento fundamental da Cultura portuguesa».
Ontem em Nusa Dua, na ilha indonésia de Bali, o VI Comité Inter-governamental da UNESCO proclamou o Fado como Património Cultural Imaterial da Humanidade.
in:cafeportugal.net

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