Arquitectura religiosa, vernácula. Capela de planta longitudinal simples, de espaço único e cobertura homogénea de madeira em masseira, iluminada por janela rasgada na fachada lateral direita junto ao altar-mor. Fachada principal em empena truncada por sineira e portal axial em arco abatido, rematado por cornija. Fachadas circunscritas por cunhais apilastrados encimados por pináculos e remates em cornija. Interior com simples ara de altar.
Número IPA Antigo: PT010409020061
Categoria
Monumento
Descrição
Planta longitudinal simples, de espaço único, com cobertura homogénea em telhado de duas águas. Fachadas em alvenaria aparente de granito, excepto a principal, em cantaria em aparelho isódomo, circunscritas por cunhais apilastrados encimados por pináculos cilíndricos e rematadas em cornija. Fachada principal, virada a O., em empena truncada por sineira em arco de volta perfeita, com tratamento almofadado, sobrepujada por uma cruz latina; é rasgada por portal em arco abatido moldurado e com cornija, sendo visível a marcação de um arco mais amplo, de volta perfeita, correspondente ao portal primitivo. Fachada lateral esquerda, virada a N., cega, surgindo, na S., janela gradeada em arco abatido com moldura saliente e cornija, a iluminar a zona do altar-mor.
Fachada posterior em empena, alteada relativamente à cornija e coroada por cruz sobre pedestal. INTERIOR em alvenaria de granito aparente, com as juntas preenchidas a argamassa de cimento, pavimento em lajeado de granito e cobertura de madeira em masseira. Portal axial de verga recta, sendo visível a marca do vão primitivo em arco abatido. No lado do Evangelho, pequeno nicho em arco de volta perfeita e, na parede testeira, o altar ladeado por armários de apoio e encimado por sacrário, à frente do qual surge a mesa de altar, assente em duas colunas marmoreadas, de fuste liso com o terço inferior marcado por elemento fitomórfico e capitéis de inspiração coríntia.
A partir do IP2 / EN 102, a seguir à ponte sobre o rio Sabor, no lugar da Portela, pela EM 611, em direcção a Adeganha
Protecção
Incluído na Zona de Protecção da Igreja Matriz de Adeganha (v. PT010409020003)
Grau
3 – imóvel ou conjunto de acompanhamento que, sem possuir características individuais a assinalar, colabora na qualidade do espaço urbano ou na ligação do tempo com o lugar, devendo ser preservado em tal medida. Incluem-se neste grupo, com excepções, os objectos edificados classificados como Valor Concelhio / Imóvel de Interesse Municipal e outras classificações locais.
Enquadramento
Rural, isolado, em planalto. A povoação situa-se no limite N. do planalto da Adeganha, sobranceira ao vale da Ribeira de São Martinho, surgindo a capela no centro da aldeia, num pequeno largo pavimentado a cubo de granito e tem, adossado à frontaria, um pequeno adro, delimitado por gradeamento, ajardinado e com passadeira axial em lajeado de granito. Encontra-se rodeado por casas de habitação, em alvenaria de granito, destacando-se a situada no lado esquerdo, de grandes dimensões e rasgada por vãos rectilíneos com molduras em cantaria, que se prolongam inferiormente em brincos, que se encontra em obras, com alteamento das empenas, utilizando-se tijolo.
Descrição Complementar
Utilização Inicial
Religiosa: capela
Utilização Actual
Religiosa: capela
Propriedade
Privada: Igreja Católica
Afectação
Sem afectação
Época Construção
Séc. 16 / 18 (conjectural)
Arquitecto / Construtor / Autor
Desconhecido.
Cronologia
Séc. 16 - data provável de construção da primitiva capela; séc. 18 - reformulação da capela, com a feitura dos actuais vãos.
Características Particulares
Capela de linhas simples com provável origem quinhentista, recordada pelos vestígios do portal primitivo, em arco de volta perfeita visíveis na fachada, sendo profundamente remodelada no período barroco, em que se refizeram os vãos, agora com perfil rectilíneo, tendo molduras salientes e cornijas.
Dados Técnicos
Sistema estrutural de paredes portantes.
Materiais
Paredes em alvenaria de granito; pavimentos, cunhais, vãos e empenas em cantaria de granito; tectos e portas em madeira; gradeamento no adro e na janelas; cobertura em telha; vidro simples na janela.
ALVES, Francisco Manuel, Memórias Arqueológico-Históricas de Distrito de Bragança, Porto, 1911-1948; MENDES, José Maria Amado, Trás-os-Montes nos finais do séc. XVIII, Coimbra, 1981.
Documentação Gráfica
IHRU: DGEMN/DSID
Documentação Fotográfica
IHRU: DGEMN/DSID
Documentação Administrativa
Intervenção Realizada
Proprietário: séc. 20, início da década de 90 - remoção dos rebocos e recuperação das coberturas.
Observações
Autor e Data
Miguel Rodrigues 2001
in:monumentos.pt
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