O presidente da câmara, António Santos, mostrou-se revoltado com a decisão do banco e lamenta o sucedido. “Cada vez mais se verifica que o Interior do país é abandonado à sua má sorte. Mais uma vez, os bancos só pensam no lucro. O serviço de proximidade e o serviço, de certa forma, social, que deviam praticar, é colocado na gaveta e nunca mais de lá sai. Este é um concelho pequeno, mas no mês de férias dos imigrantes, já faziam, durante o mês de agosto passado, filas enormes, à espera para serem atendidos, porque eles só abriam ao público às terças-feiras, o que era vergonhoso. Nós reclamámos por melhores condições. Nunca fomos atendidos porque o banco é o banco, regido por valores financeiros e os interesses das populações foram esquecidos", disse.
O autarca diz que não entende os motivos do encerramento uma vez que o Millennium é o banco com maior número de carteiras do concelho. “Dizem que não há movimento mobilização financeiro. As pessoas são cada vez menos, somos ignorados e esquecidos, e daí que as empresas não se radiquem ou não se mantenham no concelho. É um sentimento de incapacidade, de impotência e de revolta, é uma miscelânea de sentimentos, mas sobretudo de revolta para por isto acontecer. Eu podia dizer que tudo faremos para que o banco não encerre, mas, como empresa que é, o banco faz o que quer e muito bem apetece”, rematou
Em Vimioso, há várias agências bancárias, mas apenas a Caixa Geral de Depósitos e o Crédito Agrícola abrem diariamente. As restantes limitam o atendimento a determinados dias da semana.
Tentamos chegar à fala com o Millennium BCP para compreender o que motivou o encerramento mas remeteram as declarações para mais tarde.
Sem comentários:
Enviar um comentário