O Clube de Embaixadores faz parte da estratégia de divulgação e promoção desta sub-região, sendo que a missão dos seus membros é contribuir para a afirmação do Vale do Côa.
O constitucionalista Gomes Canotilho (natural de Pinhel), a presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro Ana Abrunhosa (natural da Mêda), o presidente da Marktest Luís Queirós (natural de São Pedro do Rio Seco, Almeida) e o politólogo e presidente do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, da Univesidade de Lisboa, Manuel Meirinho (natural do Soito, Sabugal) são algumas das personalidades encarregues de divulgar o Vale do Côa. A mesma tarefa foi aceite pelo professor do ensino superior Manuel Duarte (Freixo de Espada à Cinta), o médico Álvaro Carvalho (Figueira de Castelo Rodrigo) e pelo historiador Adriano Vasco Rodrigues (com ligações a Almeida).
Segundo Dulcineia Catarina Moura, coordenadora da Territórios do Côa, organismo sediado em Almeida, o Clube de Embaixadores está aberto a mais participações, devendo a proposição de novos elementos ser «devidamente fundamentada e previamente aprovada pela direção da associação». A divulgação destes nomes culminou uma jornada de trabalho dedicada ao debate e partilha de soluções diferenciadoras para a afirmação de um território que abrange os municípios de Almeida, Figueira de Castelo Rodrigo, Freixo de Espada à Cinta, Mêda, Mogadouro, Pinhel, Sabugal, Torre de Moncorvo, Trancoso e Vila Nova de Foz Côa, nos distritos da Guarda e Bragança. Na sessão de abertura, o presidente da Câmara de Almeida e da Territórios do Côa considerou que o Vale do Côa tem potencialidades para se afirmar como «região de marca» no plano turístico nacional. «Temos um importante património cultural material (com destaque para o Parque Arqueológico do Vale do Côa e as aldeias históricas), imaterial (capeia arraiana, no Sabugal), natural e gastronómico. São ingredientes para fazermos da nossa região uma região de marca. O Côa tem direito a essa identidade e este é o momento de transformarmos esta região numa marca forte, ainda mais conhecida do que é», declarou António Baptista Ribeiro.
«Temos dois Patrimónios Mundiais na região e, hoje em dia, este conceito vende no mundo global que é cada vez mais procurado pelas sociedades urbanas», adiantou, por sua vez, Fernando Real. Para o presidente da Fundação Côa Parque, que gere o Parque Arqueológico e o Museu do Côa, o que é preciso é apostar «no conhecimento e no saber fazer bem», sendo ainda necessária «organização» e «trabalho em rede» entre as várias entidades desta sub-região. À tarde, o presidente da Câmara da Guarda retomou essa ideia, sublinhando que «as circunstâncias obrigam à união e à associação» entre municípios e entidades, porque, «hoje, a ótica do desenvolvimento sobrepõe-se à ótica administrativa». De resto, Álvaro Amaro constatou que as assimetrias entre litoral e interior são atualmente «mais fortes» apesar dos vários «pacotes e quadros financeiros» vindos da Europa.
«Ou mudamos a nossa matriz reivindicativa e trabalhamos em conjunto, ou daqui a seis anos estaremos na mesma ou pior», avisou o edil guardense, afirmando que «é hora da CIM das Beiras e Serra da Estrela dizer quais são os três projetos de investimento âncora para a região e pelos quais devemos pugnar junto do Governo». Na sua opinião, a defesa do IRC progressivo para as empresas que se fixem no interior poderia ser um deles, pois «a região precisa de desenvolvimento económico, de empresas e de emprego». No final da Cimeira foi inaugurada a mostra gastronómica Côa Gourmet, que esteve patente durante o fim de semana no Pavilhão Multiusos de Vilar Formoso.
in:ointerior.pt
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