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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 26 de maio de 2016

Cerejas de maio… ou as leva a chuva, ou as leva o gaio

A contrariar as melhores expectativas primaveris, cá temos de novo a chuva e o frio. Muitos se surpreendem com esta episódica invernia, mas o povo não.
Povo sábio, visionário e profeta. Gente que já viveu muitos maios, e, por isso, sabe bem porque diz o que diz quando diz: «Ruim é o maio que não rompe uma croça». Assim se sentencia no Barroso e Montesinho. Mas se for no Douro: «Em maio comem-se as cerejas ao borralho». Comem-se quando as há. Este ano, parece que não. E sabe-o bem o povo quando diz: «Cerejas de maio, ou as leva a chuva, ou as leva o gaio». Portanto, tratando-se de chuva, saiba-se que o maio é só um tudo-nada melhor que abril. Daí que se diga: «Uma água de maio e três de abril valem por mil». 
E quanto ao frio, também ele não é imprevisível. Por isso, diz a velha: «Em maio, nem à porta saio». Mas melhor, melhor, é que seja pardo e chuvoso («Maio pardo e chuvoso faz um ano rendoso»). Ainda assim, há de ser uma chuva que só molha tolos. Diz o povo «Maio me molha, maio me enxuga». E nem as trovoadas são de inquietar. Pelo contrário: «Maio que não dê trovoada, não dá coisa estimada». 
O que vale o mesmo que dizer: «Maio sem trovões é como burro sem…» (deixo a rima para vozes mais afoitas e inspiradas). 

AP
Bibliografia: PARAFITA, a; et. al. (2007). Os Provérbios e a Cultura Popular, Porto: Gailivro

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