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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 27 de maio de 2016

Uma guitarra enigmática, uma bateria eletrizante e um saxofone tenor

A Dedos Bionicos traz a Trás-os-Montes a guitarra enigmática de Filipe Felizardo acompanhada pela bateria eletrizante de Gabriel Ferrandini e o saxofone tenor de Pedro Sousa.
São três dos mais conceituados intérpretes da atualidade nos seus instrumentos nos meandros da música exploratória e a oportunidade de os ver tocar juntos é rara. 

Mas essa possibilidade está em aberto para quem viver ou estiver de passagem pela região, já que os interpretes e compositores vão passar sábado às 22h30 em Bragança no Museu do Abade de Baçal, e Domingo, numa matiné às 17h00, no Club de Vila Real. 

“Filipe Felizardo 
Quando, em 2012, lançou Guitar Soli for the Moa and the Frog, pela Shhpuma, já se intuía que Filipe Felizardo caminhava para uma voz única num panorama internacional repleto de guitarristas mais ou menos atreitos à revisitação das raízes e fundações dos blues e do que se convencionou chamar "american primitivism". Quatro anos depois, interpretamos já esse disco como 1.º volume de uma série de lançamentos (que culminou no passado novembro, com a edição de Volume IV – The Invading past and other dissolutions, segunda pela franco-suiça Three:Four Records) que instituíram, definitivamente e sem margem para quaisquer dúvidas, a música deste lisboeta como profundamente idiossincrática, inconfundível, e, sobretudo, bela – como só a conjunção de um lirismo intensamente pessoal, a fusão de uma guitarra e seu tocador, e o papel de um amplificador cujo som parece só existir nas mãos de Felizardo, pode ser”. 

Gabriel Ferrandini
Nasceu em Monterey, na Califórnia, filho de pai português natural de Moçambique levado em criança para o Brasil e de mãe brasileira com ascendência italiana que se mudou para os Estados Unidos em plena adolescência. Começou a tocar bateria aos 13 anos. Primeiro frequentou a Crescendo, em S. João do Estoril, depois foi para a escola do Hot Clube e finalmente transitou para a Academia dos Amadores de Música, onde teve Alexandre Frazão como professor. Interessou-se inicialmente pelo punk e pelo ska. Depois interessou-se pelo drum‘n’bass, pelo jungle e pelo hip-hop, ao mesmo tempo em que ia descobrindo o jazz. Com um estilo pessoal que se situa entre Paul Lovens e Paal Nilssen-Love, tem os bateristas Elvin Jones, Tony Williams, Billy Higgins, Roy Haynes e Max Roach como os seus heróis. É membro do Red Trio, do Rodrigo Amado Motion Trio e dos Nobuyasu Furuya Trio e Quintet, além de manter duos com Pedro Sousa, Pedro Gomes e David Maranha. Tocou com músicos como John Butcher, Nate Wooley, Jason Stein, Alberto Pinton, Rob Mazurek e Carlos “Zíngaro”, entre outros. 

Pedro Sousa
Interessado desde a adolescência pelas práticas musicais das franjas, e com formação como autodidata, começou por integrar o grupo de música eletrónica OTO, no qual utilizava samplers e guitarra elétrica. Com os saxofones tenor e barítono tem-se multiplicado por uma série de projetos, como Falaise (com Hernâni Faustino), Pão (com Tiago Sousa e Travassos), Acre (com Filipe Felizardo e Gabriel Ferrandini), Eitr (com Pedro Lopes), Canzana (com Bruno Silva) e duo com Luís Lopes. Afirmou ele: «À luz de todos os acontecimentos que nos têm afetado de uma ou de outra maneira, o mero ruído de fundo, que parecia ser já um trauma inato da sociedade moderna, tornou-se tão gritante que nos rebentou com os tímpanos e o equilíbrio. Vivemos em torpor social, parasitados e afetados. Este pseudo-pacifismo apático afasta-nos de toda uma verdade e o caminho para esta passa por uma questionação interna diária. Chegada é a altura de decidir se carregamos o testemunho até ao fim ou se desistimos.»” .

in:noticiasdonordeste.pt

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