“Estivemos, recentemente, em Paris, na Festa da Rádio Alfa, para divulgar esta oportunidade de emprego e verificámos que há emigrantes com histórias muito complicadas e que vêem com bons olhos a possibilidade de regressarem à sua terra natal para trabalhar, aproveitando os conhecimentos que adquiriram na língua francesa”, referiu ao Miguel Azevedo, gestor de unidade negócio de contact centers da Randstad.
Depois de no passado mês de Abril, o projecto ter unido a Bribanda e o grupo musical da Universidade Sénior, agora foi a vez de juntar o Grupo de Cantares da Obra Social Padre Miguel com vários músicos brigantinos que tocam, sobretudo, guitarra eléctrica.
O resultado parece ter sido bem conseguido, pelos menos para quem assistiu e para o presidente da instituição, Manuel Pereira.
“Entendemos que esta era uma forma de proporcionar um espectáculo inédito aos utentes, uma vez que alguns dificilmente se ausentam das instalações”, referiu Manuel Pereira.
E os participantes, de várias gerações, mostraram-se entusiasmados com a iniciativa e não escondem o gosto pela música.
“Estou na Obra Social Padre Miguel há seis anos e há três que decidi integrar o Grupo de Cantares. Estou bastante satisfeito. Este tipo de iniciativa faz com que as pessoas se sintam melhor, são momentos diferentes, muito bons”, disse José Lopes Augusto, 83 anos.
“Ouvi falar desta orquestra e como cantar é das coisas que mais gosto de fazer, decidi participar. É a primeira vez que integro a orquestra Fervença mas faço parte do coro do Colégio Sagrado Coração de Jesus”, explicou Diogo Teixeira, 10 anos.
A Obra Social padre Miguel tem actualmente mais de cem idosos a residir na instituição e presta apoio domiciliário a cerca de 90 famílias.
Quanto à “Orquestra Fervença” estão, nesta altura abertas as inscrições para um novo concerto com Tim Steiner, que se espera que junte o dobro das pessoas do ano passado, ou seja, mais de 200 músicos “improváveis”.
Sara Geraldes
Escrito por Brigantia
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