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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 22 de julho de 2016

GAMBUZINOS GO!

"Dantes mandavam-se os distraídos apanhar gambuzinos, agora mandam-se também, mas em “cenas tipo” modernas, em jogos eletrónicos com gráficos altamente e movimentações impossíveis, muito ao gosto dos Pokémons busters."

Meus amigos, ando preocupado com esta modernice dos Pokémons. 
- Não deves ter mais nada com que te preocupar - direis vós, amigos leitores.
Por acaso até tenho mas mal seria que usasse estas poucas linhas que partilho convosco à sexta-feira para vos maçar com as minhas intermitências emocionais. 
É definitivo! Anda tudo louco. Na última semana, os jornais televisivos não falam de outra coisa: a febre instalada pelo jogo eletrónico para diapositivos móveis - Pokémon Go. Temos visto um pouco de tudo. Tudo bem, diziam-me há dias, é só um jogo eletrónico, mas pensem lá comigo:
- é normal abandonar um carro em plena via pública e correr atrás de uma figurinha imaginária?
- é aceitável percorrer espaços públicos, de smartphone em punho, atrás de coisinhas às cores?
- é seguro abstrairmo-nos de tudo à nossa volta e desenvolver uma perseguição obsessiva por monstrinhos irrequietos?
- será preocupante ver centenas de maduro(a)s de barba rija e peito feito, correrem atrás destes gambuzinos da era moderna?
Não é normal, aceita-se mas estranha-se, não é seguro e é mesmo preocupante. Dos Estados Unidos, Terra de oportunidades mas também terreno fértil da futilidade, chegam estas modas à Europa que dá sinais de se desagregar mas que se recreia com joguinhos estupidificantes.
Já sabemos que estas modas são efémeras, partem com a mesma velocidade que nos invadem as vidas. Entretanto, enquanto o antipirético da razão não faz efeito, lendo os jornais, vamos alargando a nossa “informação inútil”. O Jornal de Notícias, na sua edição de 18 de Julho, refere 7 curiosidades sobre o Pokémon Go em Portugal:
- Pokémon Go é a aplicação gratuita mais descarregada na loja online da Apple em Portugal;
- O grupo público não oficial de Pokémon Go no Facebook tem quase 20 mil membros;
- A página de fãs não oficial do Pokémon Go no Facebook regista quase 10 mil fãs;
- No (erudito) Twitter é um dos tópicos em destaque desde a semana passada, mesmo antes do lançamento oficial em Portugal;
- A Primeira Caminhada Pokémon Go em Lisboa, agendada para 29 de Julho, tem quase 4500 inscritos;
- Desde o dia 7 de Julho, o Pokémon Go conta com mais pesquisas no Google em Portugal do que Cristiano Ronaldo;
- No OLX, há pessoas a “oferecer” serviços aos clientes interessados em procurar Pokémons.

O fenómeno também já chegou a Bragança

Em artigo de 21 de Julho, o Diário de Notícias informa os interessados que “ O jogo Pokémon Go pôs em poucos dias Bragança na rua, com concentrações, sobretudo de jovens, até ltas horas da madrugada nos locais sinalizados com a presença dos bonecos vituais.” E especifica, continuando:
“No Castelo de Bragança há cinco pontos. É uma coisa louca.”
No mesmo artigo há quem defenda a procura da bicheza com o argumento de que se perde peso porque obriga a andar, descobre-se a cidade, prestando atenção a pormenores e elementos que dantes passavam despercebidos, encontra-se e conversa-se com gente conhecida e fazem-se novas amizades. Para os interessados, diga-se que além do Castelo, parece que a Praça da Sé, o Instituto Politécnico e o Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, estão carregadinhos destes gambuzinos da era moderna.
Dantes mandavam-se os distraídos apanhar gambuzinos, agora mandam-se também, mas em “cenas tipo” modernas, em jogos eletrónicos com gráficos altamente e movimentações impossíveis, muito ao gosto dos Pokémons busters.
E era isto. Nem tudo é mau. Se de facto servir para tirar as pessoas de casa e levá-las a conhecer a cidade, já valerá a pena. Aproximam-se grandes eventos de rua. Não se esqueçam do smartphone, preparem-se para a caça! Vai haver Pokémons para toda a gente.




Rui Machado

1 comentário:

  1. Uma noite o pai levou os miúdos do bairro apanhar gambozinos.
    Lembras-te irmão?
    Que risada...isso sim é que era vida.

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