O I Festival de Street Art de Bragança está a colorir paredes e muros da cidade. São nove os locais que estão ser intervencionados por artistas vindos de vários pontos do país mas também filhos da terra, alunos da Escola Secundária Emídio Garcia e utentes de instituições do concelho.
Uma das intervenções que está a dar mais nas vistas, por se encontrar em frente ao edifício do Balcão Único do Município de Bragança, é a da Escola Secundária Emídio Garcia, em Bragança. O projecto foi pensado já há 3 anos, a convite de Jorge Nunes, na altura a desempenhar as funções de presidente da Câmara e teve agora luz verde, pelo executivo liderado por Hernâni Dias.
O professor de Artes Visuais, Manuel Trovisco, coordenador do projecto, explica que de que forma os alunos enquadraram o trabalho no tema do Festival que é “Bragança Ecocidade”. “ Abordamos vários assuntos, como a natalidade, o despovoamento das aldeias, os animais em vias de extinção… temos outros elementos ligados à natureza, no sentido de passar a mensagem de respeitar e zelar por tudo o que é natural. Também temos uma abordagem às energias renováveis, através dos geradores eólicos… tentámos fazer uma abordagem à sustentabilidade, nas diferentes vertentes…”, explicou.
De regresso a Bragança está Célio Pires. O jovem de 27 anos trabalha actualmente em Madrid como web designer no jornal " El Español". Mas foi em Bragança, de onde é natural, precisamente na Escola Emídio Garcia e, em particular com o professor Manuel Trovisco, que começou a dar os primeiros passos na arte. Encara o trabalho que agora está a realizar no Jardim António José de Almeida como uma homenagem à própria cidade de Bragança mas também um contributo para as futuras gerações.”É quase uma homenagem porque eu comecei desde muito cedo, aqui em Bragança, a ter um gosto e aptidão pela arte e, por isso, escolhi um curso relacionado com essa área. A partir daí, não parei e a minha profissão de hoje tem a ver com o percurso que eu fiz em Bragança. Demonstro nesta pintura a minha influência digital. Esta obra representa todas as gerações que influenciaram a minha e na verdade, aquilo que estou aqui a fazer é dar continuidade a uma geração e, é por isso, que se chama ‘A continuação’ “, referiu o Web designer.
Um dos artistas que veio pela primeira vez a Bragança é Daniel Eime, que aos 30 anos faz da arte de rua profissão. Pinta sobretudo rostos, sendo disso exemplo as pinturas que tem em Lisboa com o rosto do fadista Carlos do Carmo ou da poetisa Sophia de Mello Breyner Andersen. Para o tema "Bragança Ecocidade" escolheu pintar aves, na parede que lhe foi atribuída, num prédio do Bairro Social da Mãe d'Água. O artista considera importante trazer este tipo de iniciativas, que normalmente se realizam nas grandes metrópoles, a uma cidade como Bragança, no interior do país.
O Festival de Street Art começou na passada sexta-feira e termina oficialmente hoje. No entanto, alguns artistas vão continuar em Bragança durante a semana para concluírem os trabalhos. “É sempre importante descentralizar estes festivais porque, por norma, acontecem em cidades grandes como o Porto ou Lisboa e, nos últimos anos, têm começado a acontecer este tipo de eventos em cidades mais pequenas, descentralizadas. Acho que a arte urbana não é só para quem vive em cidades grandes, devíamos tentar chegar a todos de uma forma homogénea”, considera
A iniciativa inseriu-se na Festa da Juventude que contou ainda com uma noite animada com dj's na Praça Camões, no sábado, e com a presença do maior escorrega de água da Europa, durante o fim-de-semana..Já esta semana decorrem várias conferências organizadas pelas estruturas partidárias que integram o Conselho Municipal de Juventude de Bragança, no Auditório Paulo Quintela.
Sara Geraldes
Escrito por Brigantia
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