O Instituto Politécnico de Bragança recebe desde quarta-feira e até hoje o 3º Congresso Ibero-Americano de Empreendedorismo, Energia, Ambiente e Tecnologia (CIEEMAT) Um dos pontos altos do encontro foi a discussão sobre o balanço do projecto “Plataforma Internacional de Dupla Diplomação”, que já decorre há 3 anos e une mais de 30 instituições de ensino superior de toda a Europa e Brasil e que consiste num plano de intercâmbio internacional de alunos das faculdades parceiras, a fim de desenvolver projectos de investigação em conjunto, nas mais diversas áreas. Depois de estudarem no país de origem e no estrangeiro recebem dois diplomas.
Luís Pais, vice-presidente do IPB, e gestor do projecto destaca o sucesso da dupla diplomação numa instituição que tem como uma das apostas fortes a internacionalização.
“Hoje em dia ao fim de três anos de dupla diplomação todos os trabalhos que surgem já não são em resposta a um professor do IPB, as propostas já resultam de um conhecimento mútuo dos professores de ambas as instituições, de forma a que façamos um casamento de interesses de investigação”, salientou.
Carlos Henrique, reitor do Centro Federal de Educação Tecnológica, no Rio de Janeiro, é um dos apoiantes deste projecto que diz em tudo ser mais completo e vantajoso para os estudantes que os restantes programas de mobilidade e que apresenta uma garantia de qualidade também maior.
“A dupla diplomação é mais trabalhada e tem pré-requisitos que não podem ser deixados de lado, as disciplinas estão pré-estabelecidas, não pode reprovar, é mais exigente para que a qualidade seja mantida nas duas instituições”, destacou.
Estudante de Engenharia Ambiental na Universidade do Paraná, Gleice Santos participa na plataforma de dupla diplomação e no final deste ano terá um diploma brasileiro e um português, que também vale como diploma europeu. Para a estudante esta foi uma boa aposta para o futuro.
“Estou a finalizar o meu mestrado e foi muito interessante, tivemos de fazer algumas matérias para complementar o que tínhamos feito lá e co-validar nos dois países. Uma das maiores vantagens do programa é as portas que abre, podemos trabalhar tanto no Brasil, como aproveitar as oportunidades que surgem aqui”, referiu a aluna.
João Vítor Macome também é estudante brasileiro em Dupla Diplomação e quando decidiu ingressar neste programa tinha já a ideia de poder ficar a trabalhar na Europa no final do curso. O estudante garante que a experiência do IPB tem sido muito positiva e considera que a instituição abre muitas portas aos seus alunos.
“Já vim com o pensamento de continuar a minha vida aqui em Portugal ou em outro local da Europa, tanto que estou quase a conseguir um estágio erasmus em Espanha”, referiu o aluno.
O CIEEMAT engloba um conjunto de áreas temáticas, e é um ponto de encontro entre profissionais, investigadores, professores e estudantes dos países Ibero-Americanos, num fórum que reforça o perfil internacional do IPB e das restantes instituições envolvidas.
Escrito por Brigantia
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