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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 9 de outubro de 2018

Região do Interior Norte tem vindo a perder cada vez mais população

Entre 2001 e 2011 só os Municípios de Vila Real e Bragança apresentaram valores de crescimento em termos demográficos. Valores relativos aos últimos censos mas que, segundo dados provisórios recentes, são números que têm vindo a alterar-se, revelando perda de população.
Segundo Paulo Reis Mourão, do departamento de economia da Universidade do Minho, esta é uma situação que pode ser alterada:

“Também temos sinais de esperança. Apesar desta perda populacional, é notório que há uma melhoria das condições de vida; no geral as pessoas vivem mais e melhor. Ainda assim, tem havida perda populacional para a região e com a consequência de que as partes mais rurais de cada Município sentem muito essa perda.

Atualmente, temos um ponto de situação que nos obriga a todos a refletir mas também a tomar medidas, porque muitas vezes ficamos com a ideia de que é uma tendência, um fatalismo. Há ciclos na região, e os da demografia são relativamente longos. Podemos estar a atingir um ponto mais crítico de alguma diminuição da população, mas é uma questão científica: vai chegar a um período em que a população vai crescer outra vez.”

E valorizar o interior é um dos aspetos mais importantes para reverter estes dados:

“Gosto de dizer que deveríamos premiar quem está, quem fica e quem chega para ficar. É importante reconhecer que quem fica, poderia ter saído, mas preferiram ficar. Esse tipo de exemplos deve ser mais divulgado e conhecido porque isso cria uma valorização em todos aqueles que ouvem. Um dos grandes problemas que temos é o preconceito que existe para com esta região. Os investidores nunca querem olhar para investimentos nesta região porque há argumentos preconceituosos em volta; quando se sentassem para fazer contas chegariam à conclusão de que aqui, nesta zona, teriam uma capacidade muito maior do que na maior parte dos espaços do Litoral.”

Declarações à margem da 21ª edição das jornadas culturais do Convento de Balsamão (Macedo de Cavaleiros), que este ano assentaram no tema: “População e património cultural”.

Um evento para continuar, refere Eduardo Novo, padre da congregação dos Marianos da Imaculada Conceição:

“Este ano celebramos as vigésimas primeiras, estas jornadas já atingiram a maioridade e é sempre de relevo esta oportunidade de reflexão e interpretação dos sinais dos tempos, especialmente relacionados com o nosso património, material e imaterial.
Uma das riquezas das jornadas culturais é esta capacidade de envolver as pessoas de vários lugares.”

As jornadas culturais começaram na passada quinta-feira e terminaram no domingo.

Escrito por ONDA LIVRE

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