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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Lenda do moinho do rei

Local: Azinhoso, MOGADOURO, BRAGANÇA

Quando, em 1385 D. Nuno Álvares Pereira, o condestável do Reino, se colocou ao lado de D. João I, comandando os exércitos que lutavam pela independência de Portugal contra Castela, o santo guerreiro sentiu grande desejo de peregrinar até Santa Maria do Azinhoso, para implorar da Virgem a Sua protecção, nos combates que tinha em mãos. Sabe-se que, nas vésperas da grande batalha de Aljubarrota, passou a noite de vigia em oração. 
 Como teve que vir com os seus homens e o seu rei defender Bragança, ao regressar, na direcção de Moncorvo, desviou-se para estas bandas, a fim de cumprir o seu desejo de visitar Santa Maria do Azinhoso. Como é óbvio, nessa época não havia estradas nem os transportes que hoje temos e, portanto, não é de estranhar que tivessem de atravessar por sítios e veredas inóspitas. 
 Ao atravessarem a ribeira de Soutelo, o exército real encontrou um moinho a trabalhar, no seu labor de moer o centeio. 
 D. João teria sentido grande curiosidade em ver como era aquela tarefa e entrou, descansou e comeu a sua merenda, enquanto conversava com o moleiro. Este, por sua vez, não queria acreditar no que via. Nunca em sua vida, imaginara ver tal cortejo por aqueles ermos e quando soube que aquele Senhor Cavaleiro era o Rei de Portugal, ficou quase sem poder falar! No entanto, como D. João era muito popular, lá conseguiu acalmar o pobre moleiro e pô-lo à vontade. (...)
O velho moinho lá está ainda. Não sei se ainda mói o centeio, talvez não, mas as suas pedras velhinhas, cobertas da patine do tempo, devem sentir saudade daquela hora de glória em que serviram de palácio real. Talvez nos contassem muita coisa, se pudessem falar, mas o facto que mais e maior orgulho lhes daria, seria esse de albergarem D. João I. Por isso, ainda hoje, é “O Moinho do Rei”.

Fonte:OLIVEIRA, Casimiro Raízes: Poesia, Contos e Lendas

1 comentário:

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