Douro |
1. Chaves
Foram as legiões romanas, que há dois milénios, dominaram esses homens, que até aí tinham vivido, como deuses, alcandorados no cimo das montanhas e se instalaram de modo especial no vale, fertilíssimo do Tâmega. Fixaram-se onde hoje é a cidade e distribuíram pequenas fortificações pelas alturas circundantes, aproveitando, para tais guardas-avançadas, alguns dos castros conquistados. Edificaram, presumivelmente, a primeira muralha que envolveu o aglomerado populacional; construíram a imponente ponte de Trajano, sobre a via Bracara-Asturica; tiraram proveito das águas quentes mínero-medicinais, implantando balneários termais; exploraram filões auríferos e outros recursos do solo e subsolo.
Tanta importância adquiriu este núcleo urbano, nessa época, que foi elevado à categoria de Município, quando no ano 79 dominava Vespasiano, primeiro César da Família Flavia. Será esta a origem de Aquae Flaviae, designação antiga da actual cidade de Chaves.
Situar-se-ia o imponente núcleo monumental e centro cívico da cidade no cerro envolvente da área hoje ocupada pela Igreja Matriz. O seu actual recorte lembra ainda o traçado de um acampamento romano, com o Fórum, o Capitólio e a Decumana que seria a rua Direita. De facto, neste perímetro foram encontrados os mais relevantes vestígios arqueológicos a testemunhá-lo, expostos no Museu da Região Flaviense, sendo mesmo de evidenciar uma lápide alusiva a um combate de gladiadores. A florescência da dominação romana verificou-se até ao início do século III, apagando-se gradualmente com a invasão dos povos denominados vulgarmente por Bárbaros. As invasões dos Suevos, Visigodos e Alanos, provenientes do leste europeu, puseram termo à colonização romana. As guerras entre Remismundo e Frumário que disputavam o direito ao trono, tiveram como consequência uma quase total destruição da cidade, a vitória de Frumário e a prisão do Idácio, notável Bispo de Chaves.
Da presença islâmica remanesce, quase tão somente na cultura popular, uma grande variedade de lendas interligando castros, tesouros fabulosos e mouras encantadas.
Foi, provavelmente, por volta de 1160 que Chaves foi integrada no país que já era então Portugal, com a relevante intervenção dos lendários Ruy e Garcia Lopes tão intimamente ligados à história desta terra.
Chaves - Rui Videira |
2. Pinhão
Bonita vila da região Norte do País, o Pinhão situa-se na margem direita do Rio Douro, sendo considerada o coração do Alto Douro Vinhateiro, onde se localizam as muitas quintas que produzem o vinho do Porto, inserida numa das áreas classificadas pela UNESCO como património cultural da Humanidade. Pinhão deve o seu topónimo ao rio com o mesmo nome, afluente do rio Douro, cuja bonita foz se encontra nesta localidade.
A paisagem envolvente é de uma beleza única, rodeada de uma natureza luxuriante com o Rio Douro como companheiro e casas senhoriais, quintas e solares que atestam a riqueza que o vinho do Porto tem concedido à região, estando a vila construída em desníveis que a parecem encaminhar para o encantador rio. Um dos principais conjuntos patrimoniais da vila é a bonita Estação de Caminhos de Ferro, construída no século XIX, com painéis de azulejos de grande beleza retratando cenas quotidianas de Pinhão, bem como a produção do Vinho do Porto, desde a vindima, passando pelo pisar das uvas até ao transporte de rabelo até aos armazéns do Porto.
O caminho de ferro foi um dos motores de desenvolvimento de Pinhão, que vê facilitada a comunicação às cidades onde se comercializavam os produtos da região. A faceta turística da vila tem crescido muito ao longo dos anos, sendo local de paragem obrigatória dos famosos cruzeiros do Douro, oferecendo uma boa oferta de restauração e alojamento, bem como bares e cafés onde se pode degustar o bom vinho do Porto, ou lojas de artesanato local.
Estação do Pinhão |
3. Palácio de Mateus (Vila Real)
O Palácio, Casa ou Solar de Mateus é uma das obras mais significativas da arquitectura civil portuguesa do período barroco. Na realidade, e apesar das muitas questões de autoria que permanecem por esclarecer, neste sumptuoso solar podemos observar um dos modelos arquitectónicos de maior erudição, que tira partido de uma planta em U, dinamizada pelos pátios e escadarias.
E não apenas pelos elementos decorativos da fachada, como acontece em grande parte dos imóveis desta época. Aqui encontramos todos os elementos da arquitectura barroca, nomeadamente a simetria, a axialidade, os frontões interrompidos, as balaustradas, as escadarias e os elevados pináculos.
Não se sabe ao certo em que data começou a ser construído. Em 1743, o então arcebispo D. José de Bragança foi informado de que António José Botelho Mourão havia demolido um palácio para construir um outro muito melhor. Razão pela qual se pensa que, nesta data, a edificação do Solar estaria já em fase adiantada.
Palácio de Mateus |
4. Linha do Douro
É um passeio a não perder. De comboio, pela linha do Douro, até ao Pocinho. Uma viagem de encanto. Quase sempre junto ao Douro, proporciona-nos momentos inesquecíveis. Mas tem-se falado em acabar com esta linha e deixá-la somente até à Régua. O que seria verdadeiramente de lamentar. Portugal ficará mais pobre se perder esta linha mágica. Para além do olhar, a viagem começa a ter sabor. Por árvores variadas, pequenos campos, vinhas, e o Douro como estrada que não suporta passos, chegamos à Régua.
Fica o comboio mais só. Nesta manhã há pouca gente a entrar na Régua, muita a sair. Desta estação partem automotoras novas para Vila Real, a linha do Corgo. De Vila Real até Chaves já o percurso, também, faleceu há muitos anos e apodrece na ferrugem dos trilhos. Até Pinhão, o comboio segue da margem direita do Douro, junto ao rio, no vale coberto a verde, as vinhas em socalcos, ou nas novas que seguem as curvas das montanhas. Do outro lado, a estrada. Parece o comboio mais rápido que os carros. Passa mesmo junto à água que a barragem da Régua aproxima da linha. Quintas, tudo verde, giestas.
E o rio amplo, admirável espaço, muito antigo e sempre encantador. Pára em Covelinhas. Um apito, um sonoro ruído da máquina laranja que puxa as carruagens e lá vai Douro acima. Parece mais lento, com vontade de apreciar sempre esta paisagem em transformação que já não tem chuva, só nuvens que começam a dispersar. Ferrão. Está abandonada a estação. É pena olhar este abandono a que é deitado o património público a cargo da CP. Faz lembrar um futuro pouco risonho para esta linha. Um futuro de “cortes” de linhas férreas que ninguém quer.
Linha do Douro - Rui Videira |
5. Arribas do Douro
O Rio Douro, com os seus 928 Km de extensão, constitui uma das maiores bacias hidrográficas da Europa Ocidental, que se destaca pelos notáveis valores histórico-culturais, artísticos e ambientais. Após o seu lento percurso pelas planícies cerealíferas da meseta, o Douro forma a fronteira natural entre Portugal e Espanha.
Nesta zona, conhecida como“Douro Internacional” no nosso país e “Arribes del Duero” em Espanha a natureza foi pródiga na beleza paisagística e na biodiversidade. De Zamora até Barca d’Alva e ao longo de perto de 150 km, o rio desce de 640 metros de altitude para cerca de 150 metros.
É uma descida violenta criando uma linha de fronteira inexpugnável. As gentes de ambas as margens limitaram-se durante séculos a olhar-se à distância. Estendiam-se cordas a unir os penedos e tentavam a medo raras travessias da corrente perigosa e torrencial. Havia, aliás, nalguns forais, penalidades para quem usasse as margens para insultar os do outro lado… E houve essa loucura das “entradas” que durante cerca de século e meio levaram a destruição e a vingança a quase todas as povoações de ambos os lados.
Ainda hoje a aldeia A, portuguesa, tem o sino da aldeia B, espanhola, e esta, por sua vez, tem o santo da aldeia C, portuguesa, etc., etc.. O relevo desta zona caracteriza-se pelo encaixe da sua rede fluvial, onde os vales formam, frequentemente, vertentes escarpadas e falésias, com até 400 m de altura, produzindo uma paisagem de beleza impressionante. O microclima mediterrânico desta área, caracterizado pela suavidade das estações frias com uma quase ausência de geadas, foi aproveitado pelo Homem para o cultivo de espécies estranhas a estas latitudes como a: oliveira, amendoeira, citrinos. Essas culturas só foram possíveis pela construção de bancadas ou terraços nas vertentes ou arribas.
Nessas zonas agrícolas, muitas delas já abandonadas, prolifera uma vegetação natural representada pelas azinheiras (ou carrascos como sao conhecidos na regiao), sobreiros, zimbros, zambujeiros e outras espécies tipicamente mediterrânicas. Hoje, o Douro Internacional tem três travessias abertas a trânsito automóvel através das barragens de Miranda do Douro, Bemposta e Saucelle e as populações de ambas as margens têm uma crescente e amigável convivência. De um lado e do outro são terras igualmente isoladas e pobres.
Arribas do Douro - Rui Videira |
6. Mirandela
A cidade de Mirandela localiza-se no Vale do Rio Tua, numa zona aplanada de solos muito férteis onde se cultivam oliveiras. À sua volta, encontram-se muitos montes e, por essas razões, em Mirandela verifica-se um microclima caracterizado por Verões abafados e quentes, que lhe dão a alcunha de Terra Quente Transmontana.
A Serra de Santa Comba é um marco incontornável no horizonte do concelho mirandelense, com três dos seus pontos mais altos. O concelho de Mirandela é a atravessado pelos rios Rabaçal e Tuela que aqui formam o Rio Tua. Caladunum era o antigo nome da actual cidade de Mirandela. O rei Dom Afonso III deu à localidade de Mirandela a carta de foral a 25 de Maio de 1250. Foi elevada a cidade a 16 de Maio de 1984. A 29 de Março de 1919, a então Vila de Mirandela foi feita Oficial da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito.
Mirandela |
7. Foz Côa
Situada na região do Alto Douro, numa área de terras xistosas também conhecidas como “Terra Quente”, Vila Nova de Foz Côa é uma cidade, sede de concelho, que viu o seu nome correr fronteiras pela descoberta e classificação como Património Mundial da Humanidade pela UNESCO das suas gravuras rupestres paleolíticas ao ar livre no vale do Rio Côa, um dos maiores centros arqueológicos de arte rupestre da Europa.
Região maioritariamente agrícola, é também conhecida como a “Capital da Amendoeira”, devido à grande densidade desta árvore no concelho, em parte derivada do especial microclima de cariz mediterrânico que aqui se faz sentir, permitindo paisagens sem igual quando estas amendoeiras florescem e vestem os campos de branco e rosa, normalmente na segunda semana de Fevereiro prosseguindo até aos primeiros dias de Março.
Este mundo agrícola molda a paisagem de vinha, olivais e das referidas amendoeiras, permitindo panoramas únicos de grande beleza, por entre montes e vales, onde cursos de água abundam.
Por todo o concelho existem Aldeias Rurais, xistosas, onde a tradição e costumes ainda imperam.
Perto de Vila Nova de Foz Coa, está a localidade de Numão, um importante bastião aquando da ocupação romana, e onde se encontram ainda as ruínas de um castelo do século X, bem como interessantes casas Judaicas.
Primavera em Foz Côa – guizel |
8. Vidago
Vidago está situada a quinze quilómetros de Chaves, sede do concelho a que pertence. Fica na zona sul da circunscrição, sendo atravessada pela estrada nacional nº2. A vila está localizada no fundo de um vale apertado onde confluem o rio Avelames e a Ribeira de Oura, em cujas margens se plantam videiras. Em volta estão as serras do Alvão e da Padrela.
Há quem diga que Vidago foi uma estância termal no tempo dos Romanos, que ali iam fazer as suas curas e tanto bebiam como lavavam os seus corpos nas santas águas, para curar os seus males. Sabe-se que o seu povoamento é muito anterior ao século XII, embora nessa altura não passasse de uma aldeia sem mais importância do que as circunvizinhas. É natural que o lugar já fosse povoado em épocas pré-romanas, como se deduz da arqueologia, da topografia e da própria toponímia locais, visto que não só a sua situação geográfica a tornava própria à defesa estratégica, como também a riqueza da região em águas minerais não seria desaproveitada pelos Romanos, que sempre usaram as nascentes termais, onde se encontravam.
Esta aldeia pequenina, que estava como lugar pertencente à freguesia de Arcossó, passava despercebida na geografia continental. Em 1863, Manuel de Sousa, lavrador desta localidade e natural da risonha aldeia de Vidago, vindo de uma das suas propriedades, ao passar pelo Souto, terreno pertencente a João das Fragas e Aurélia Rita, denominado “Palheiros”, debruçou-se sobre uma pequena poça para beber água, a qual nem para regar era aproveitada, visto a sua nascente ser insuficiente, perdendo-se na terra lavrada. Manuel de Sousa, fosse pela sede que levava, fosse pelo destino que o celebra como achador da água, bebeu dela e achou-a picante, logo encontrando boa disposição no seu estômago, do qual sofria de enfartamento.
Já que havia encontrado tal alívio, continuou a beber da mesma água, transmitindo depois o achado à sua parente D. Júlia Vaz de Araújo, que foi quem as levou, logo de seguida, ao conhecimento do Dr. Domingos Vieira Ribeiro, que tinha a sua residência em Chaves.
No mesmo ano da sua descoberta foram levadas para análises doze garrafas de água mineral, alguns espécimes de rocha, terra e resíduos, para o Laboratório da Escola Politécnica. Logo que as águas foram descobertas, e quando se faziam as respectivas análises nos laboratórios químicos de Lisboa e Porto, o Dr. António Vítor de Carvalho e Sousa, da aldeia de Vila do Conde, olhava com admiração a nascente da qual brotava a água que amainava o seu padecimento de gota que tanto o atormentava. Então, o Dr. Carvalho e Sousa, maravilhado com tão bom resultado deste achado, mandou fazer à sua custa a fonte que primeiro teve a honra de figurar no local da emergência.
Vidago |
9. Pitões das Júnias
Herdeira natural da velhíssima freguesia de São Vicente do Gerês, nas profundezas do rio Beredo, que recebe águas de vários ribeirinhos na montanha, Pitões é a povoação mais alta de Barroso, na cota dos 1100 metros. Este facto contribuiu em grande medida para a elevada qualidade do presunto e fumeiro desta localidade.
Sempre foi conhecida por ser terra de gente lutadora e mesmo guerreira: não resistiu à destruição do Castelo, nem do Mosteiro, nem da sua “república ancestral” (conjunto de normas comunitárias e democráticas dos seus habitantes) mas resistiu aos Menezes, condes da Ponte da Barca, a quem um rapaz de casa do Alferes foi raptar uma filha com a qual casou; e resistiu à pilhagem e assaltos sistemáticos que os Castelhanos organizavam durante a guerra da Restauração.
Em 1665, “um grande troço de infantaria e cavalaria, sob comando de D. Hieronymo de Quiñones atacou Pitões mas não só não conseguiram queimar o povo como este lutou bravamente pondo em fuga o inimigo e sem perdas”. Alguns dias após (com os pitonenses a ajudar, em represália) o capitão de couraças João Piçarro, com 800 infantes, atacaram Baltar, Niño d’Águia, Godin, Trijedo e Grabelos “donde trouxeram 400 bois, 1500 ovelhas e 20 cavalos”. E resistiu ao florestamento da Mourela, com pinheiros, o que levaria à perda das suas vezeiras. Resistiram sempre e ainda bem resistem! Nesta aldeia pode visitar a corte do boi do povo, agora reconstruída como pólo do ecomuseu.
Pitões das Júnias – Rui Videira |
10. Ponte da Misarela
A bonita Ponte da Misarela situa-se sobre o cristalino rio Rabagão, em pleno Gerês, perto da Barragem da Venda Nova, mais propriamente no lugar da Misarela, freguesia de Ferral, no concelho de Montalegre. Esta estrutura data provavelmente da época medieval, ou pelo menos de tradição arquitectónica medieval, enquadrada de forma espectacular na paisagem de densa vegetação.
A ponte está associada a uma já famosa lenda, onde o protagonista é o Diabo, daí que muitas vezes esta seja apelidada de “ponte do Diabo”. Reza a lenda que certo dia um criminoso ao fugir da justiça vê-se encurralado nos penhascos sobranceiros ao rio Rabagão.
Em desespero, apelou, à ajuda do diabo, que acedeu, pedindo em troca a sua alma. O diabo fez então aparecer uma Ponte ligando as margens do rio, passando então o criminoso, mas de seguida fazendo-a desaparecer, travando assim as autoridades. O criminoso, arrependido, decide procurar um frade para ter a sua alma de volta.
Obedecendo ao plano do frade, o criminoso volta ao lugar a pedir o auxilio do Diabo para a travessia, fazendo reaparecer a ponte. O frade benze então com água benta a Ponte, o penitente recupera a alma perdida e o diabo perde a mais uma batalha do bem contra o mal. A ponte ficou então com um carácter sagrado, e ainda hoje se diz que se algo vai mal numa gravidez, deve a mulher pernoitar debaixo da ponte, e a primeira pessoa que pela manhã passar pela ponte deverá ser o padrinho ou madrinha da criança, que deverá receber o nome de gervásio ou Senhorinha.
De facto, regularmente vários Gervásios e Senhorinhas aqui se reúnem desde há tempos remotos, para celebrar esta lenda, que talvez lhes tenha salvo a vida! Há quem diga que a Ponte é também apelidada de “Ponte do Diabo” ou “do inferno” por “lembrar apenas ao diabo” uma construção a esta altura e com estas configurações.
Ponte da Misarela |
11. Cidadela de Bragança
Recinto fortificado, que já fez parte de uma cerca muito mais vasta, em que se destacam as muralhas do castelo, a elegante Torre de Menagem, a “Domus Municipalis” e o Pelourinho. Todo este monumental conjunto, pela sua magnificência e grandiosidade, pelo seu inquestionável valor histórico e patrimonial, bem poderia fazer parte integrante do “património mundial”. A sua singularidade e excelência bem o justificam.
O Castelo, – que ainda hoje domina o aglomerado – vai funcionar, através dos tempos, pela massa imponente, pelo volume, pelo gigantismo arquitectónico, como presença forte de “portugalidade” junto à fronteira, como um importante espaço, simultaneamente, “segurizante” e dissuasor… Aqui se teria organizado, provavelmente nos fins do séc. XII, o núcleo humano fundacional. Depois, foi uma longa história: há já mais de 800 anos que uns e outros homens vêm fazendo a cidade de que somos herdeiros…
Bragança |
12. Gimonde
As paisagens soberbas, a riqueza patrimonial e o pitoresco do quotidiano rural fazem de Gimonde o sítio ideal para uma escapadela de fim-de-semana ou férias, em total comunhão com a natureza.
Situada no concelho de Bragança, Gimonde oferece a quem o visita o melhor e o mais genuíno da terra fria transmontana, sempre com o calor humano o a arte de bem receber dos seus habitantes.
Gimonde |
13. Rio de Onor
A aldeia de Rio de Onor está inserida no Parque Natural de Montesinho, concelho de Bragança, sendo atravessada pela fronteira com Espanha. De um lado, Rio de Onor, do outro, Rihonor de Castilla.
Esta aldeia comunitária é uma das mais bem preservadas do Parque Natural de Montesinho, com casas típicas serranas em xisto com varandas alpendradas, muito bem recuperadas. Goze momentos de pleno repouso ficando alojado numa unidade de turismo, ou no parque de campismo de Rio de Onor.
A aldeia raiana é atravessada pelo rio Onor, também conhecido como rio Contensa, e a sua praia fluvial convida a momentos de descanso, junto às águas límpidas do rio!
Rio de Onor |
14. Vilarinho de Negrões
Na margem sul da Albufeira do Alto Rabagão encontra-se Vilarinho de Negrões, uma das aldeias mais pitorescas de toda a região, pelo seu casario ainda relativamente preservado e, acima de tudo, por se encontrar sobre uma estreita e bela península – um pedacinho de terra poupado à subida das águas.
Vilarinho é assim uma terra que se vê diariamente ao espelho e se distingue à distância pela sua perfeita simetria, uma espécie de Jardim do Éden português. Perto, situa-se a freguesia de Negrões, alma gémea, que possui um forno todo em granito.
É um monumento a contrastar com canastros esguios, onde o milho e o centeio se conservam. Prepare-se, a região do Barroso é diferente de tudo aquilo que alguma vez já viu! Na calma da manhã é possível observar alguns mergulhões de crista e outras aves aquáticas que aqui costumam passar o Inverno, fugindo aos rigores das latitudes mais a norte; à medida que os primeiros raios de sol vão levantando, o nevoeiro e os vizinhos humanos começam a acordar, afastam-se para uma pequena ilhota deserta formada por u m enorme penedo.
Mais uma vez teço comparações um pouco descabidas mas inevitáveis, quando me vêem à memória imagens de lagos nas terras altas da Escócia – onde também nadam estas aves, onde também se erguem ilhas das águas quietas, onde também há montanhas frias, de contornos suaves. Mas não vale a pena cortar asas à imaginação; afinal, esta é também uma peculiar virtude das terras de Barroso: levar-nos para bem longe sem sairmos daqui tão perto.
Vilarinho de Negrões – Rui Videira |
Vortex Magazine
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