Chegou ontem ao fim a XXIII Feira da Caça e do Turismo e XXV Festa dos Caçadores do Norte em Macedo de Cavaleiros.
Benjamim Rodrigues, autarca macedense, diz que o balanço é positivo e estima que durante os quatro dias, o certame tenha juntado cerca de 40 mil pessoas, satisfazendo as expectativas iniciais:
“O balanço é muito positivo, o fluxo de visitantes foi razoável e esteve dentro do que nós esperávamos. Estamos a falar de pessoas que passaram pelo concelho em todos os eventos que se promoveram no âmbito da feira, como as montarias, provas de BTT, provas todo o terreno, trial, falcoaria, cetraria, provas de galgos, entre outras.
É uma feira que traz muita gente, inclusive forasteiros, maioritariamente da vizinha Espanha.
Tivemos também gente que veio de França, Luxemburgo, Alemanha e Suiça que têm o gosto pela caça.”
António Palma e António Reis foram dos dois cerca de 800 caçadores que participaram nas atividades da feira, que consideram ser importante para os praticantes da caça, embora achem que, a nível nacional, podia ser feito mais pelo setor:
“É um evento muito importante e no qual gosto muito de participar porque vêm pessoas de muitos lados, somos quase uma família. Aqui sentimos liberdade, espírito aberto, convívio, brincadeira, e para quem esteve na cidade, onde isto não se passa, é muito bonito. Em Lisboa é tudo a correr e nem sabem que isto existe.
A nível nacional, o setor não está muito famoso por vários motivos, como são exemplo a falta de sementeira, os herbicidas, as máquinas.”
“Este evento é importante porque atrai movimento e traz o turismo à região.
Conseguimos vender os produtos da região e é uma grande festa como não existe mais nenhuma nesta altura dedicada à caça, e é disto que os caçadores gostam.
Penso que se podia fazer mais pelo setor da caça, ao nível de apoios para manter a caça mais ativa, investindo mais e ajudando os caçadores.
Agora só se vêm montarias ao javali e podiam fazer uma maior investimento em caça miúda e em outros ramos.”
Presentes no Parque Municipal de Exposições estiveram cerca de 150 expositores de produtos maioritariamente ligados à gastronomia, artesanato e vestuário.
Apesar de a generalidade considerar que é um bom local de vendas, há quem diga que este ano o negócio esteve mais fraco:
“Vendo armas, acessórios e tudo o que estiver relacionado com a caça.
O negócio podia correr melhor, mas tendo em conta que o setor da caça não tem crescido, antes pelo contrário, podemos dizer que esta não é das piores feiras.”
“Temos todo o tipo de navalhas, facas, machados, facas de remate, de chefe de cozinha, todo o tipo de cutelaria.
É um bom material para trazer a este tipo de feiras porque, em primeiro lugar, é típico da nossa região e está de acordo com este evento.
O balanço que faço deste ano é mais ou menos, não está como em anos anteriores. Parece-me que há menos gente a passar e, nesse aspeto, parece-me que está menos bom que o ano anterior.”
“Vendemos carteiras em cortiça, com misturas de tecido, de rendas, também temos botas e sapatinhos, e temos ainda a parte do sal que é uma cosmética artesanal.
A feira da caça tem sido sempre boa, e este ano também está a ser, talvez uma pouco mais fraca, mas chegamos lá.”
Quatro dias em que a caça foi rainha em Macedo de Cavaleiros, numa das maiores feiras dedicadas ao setor no norte do país.
Escrito por ONDA LIVRE
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