“Há três anos que vínhamos pedindo à Movhera, a atual concessionária das barragens do Baixo Sabor e Feiticeiro a reativação deste programa de empreendedorismo, que no passado foi financiado pela EDP. Estão envolvidos nesta fase inicial 65 mil euros financiados pela elétrica que aceitou que após conversações aceitou o desafio”, disse à Lusa o presidente da AMDS, Eduardo Tavares.
A albufeira do Baixo Sabor tem cerca de 70 quilómetros navegáveis, abrangendo quatro concelhos do distrito de Bragança, como Torre de Moncorvo, Alfândega da Fé, Mogadouro e Macedo de Cavaleiros, numa área de 2.300 quilómetros quadrados.
“Este programa que terá a duração de cerca de um ano é muito importante para o território do Baixo Sabor para podermos ajudar os nossos jovens empreendedores e os empresários locais, dando-lhes capacitação, formação ou ajudar na elaboração de planos de negócio para realizarem os seus projetos empresariais”, indicou o também presidente da câmara de Alfândega da Fé.
Outros dos objetivos do programa de empreendedorismo dos Lagos do Sabor passa por ajudar os futuros e atuais empresários, a arranjar fontes de financiamento junto dos próximos quadros comunitários como é o caso do Portugal 2030, micro créditos na banca ou outras fontes de financiamento.
“Escolhemos o Instituto Politécnico de Bragança (IPB) para nosso parceiro, para dar apoio aos novos empreendedores, pelo seu conhecimento experiência pelo trabalho desenvolvido nos últimos anos nesta área de ação e reativar este programa de empreendedorismo, que foi um das maiores ações, no Baixo Sabor, na altura da construção da barragem”, sublinhou Eduardo Tavares.
Neste programa podem áreas como o turismo, restauração, agricultura, património, animação desportiva, ou projetos ligados à Bio-Região do Baixo Sabor.
Do lado do IPB, o presidente desta instituição de ensino superior, Orlando Rodrigues, avançou que lhes cabe o papel de executor do programa de empreendedorismo que é financiado pela Movhera.
“A nós cabe-nos trazer para o programa, o conhecimento científico e tecnológico para que os projetos inovadores tenham uma componente mais desenvolvida. Gostaríamos que este projeto promovesse a capacidade empreendedora das gentes da nossa região e motivar os jovens”, disse o responsável pelo IPB.
Já do lado da Movhera, a nova diretora geral da elétrica, Beatriz Milne, disse que esta parceria é importante e enquadra-se na responsabilidade social de empresa que se baseia no desenvolvimento sustentável ou criação de emprego.
“Acreditamos que este programa é dinâmico para trazer riqueza para esta região “, vincou a CEO.
Segundo dados globais da última edição do programa de empreendedorismo no Baixo Sabor que terminou em 2019 e ao longo de ano e meio, foram apoiados 40 empreendedores, realizaram-se um total de 48 horas de capacitação, surgiram 27 novos projetos de investimento, com um investimento global de 3,5 milhões de euros que geram 42 postos de trabalho diretos.
O volume de faturação das empresas que aderiram ao programa, na altura financiado pela EDP, foi de 4,6 milhões de euros.
As principais áreas de atividade foram: Turismo no Espaço Rural, animação turística, produção agrícola, produtos tradicionais (mel, compotas, enchidos, frutos secos) e atividades de cariz social e de saúde.
Em 2017, foi aprovada uma candidatura ao Portugal 2020 com o objetivo de promover a valorização turística do património natural da albufeira do Baixo Sabor e a marca "Lagos do Sabor".
A albufeira da barragem do Baixo Sabor começou a encher em 2013 e foi inaugurada em 2016.
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