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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 2 de julho de 2024

"Caminho Português de Santiago de Leon de Rosmithal" e sua passagem em Vila Flor


Em 1286, D. Dinis outorga foral à “Póvoa de Além Sabor”, designando-a de Vila Flor. Não foi só este monarca que ficou rendido à beleza deste território. Em 1465, a comitiva checa, de Leon de Rosmithal, composta por 40 pessoas e 52 cavalos, também ficou encantada com alguns locais deste Concelho de alma e cor: “En estos montes hay árbores que no crece en nuestras tierras; tienen las hojas como el peritre (Tanacetum cinerariifolium), y echan en fruto que frotado da un olor muy fuerte.”


Leon de Rosmithal, Barão de Blatna, iniciou a sua peregrinação em 1465 até ao túmulo do Apóstolo Santiago, com passagem por Portugal. A sua comitiva atravessou o Norte, sendo que Vila Flor não terá passada despercebida, dada a beleza ímpar da natureza, paisagem bucólica e flora de várias cores que fazem jus ao lema de “terra de alma e cor”, mas particularmente as amendoeiras em flor, que durante cerca de dois meses salpicam de branco e rosa os montes dotando-os de uma beleza natural e um odor peculiar que, cremos, tenham encantado este séquito que terá atravessado o Concelho, a partir da localidade de Nabo, passando por Vila Flor, Samões e Freixiel, numa extensão de aproximadamente 29 quilómetros.

Durante o trajeto jacobeu, os peregrinos ou simpatizantes de caminhadas na natureza, podem encontrar vestígios da época romana no território, tais como povoados fortificados, villaes romanas, quintas e casais, marcas simbólicas como capelas de galilé, fontes com destaque para a fonte milagrosa dos “enjegados”, pontes mitológicas, lendas como a Pala do Conde ou da Cabeça do Abade Tavares, vias e rotas medievais, muito utilizadas no culto a Santiago e devoções paralelas.
 

Sabendo da importância do turismo cultural e religioso, com a dinamização e procura cada vez maior que as rotas de peregrinos têm tido, aliado à simpatia das suas gentes e ao potencial de Vila Flor, riquíssimo em termos de património cultural, histórico e religioso, em gastronomia, monumentos, sítios e património natural, esta passagem em particular e o Caminho Português de Santiago de Leon de Rosmithal, como projeto supramunicipal, tem tudo para se abrir ao mundo e conquistar, por legado, herança histórica e mérito, tantas e outras comitivas.

Por último, os afetos. Esta diversidade de valores naturais e patrimoniais presentes e existentes nesta rota proporciona ao visitante momentos únicos e inesquecíveis, experiências ímpares e vivências felizes, para que sejamos guardados nas lembranças e recordações de quem nos procura e visita, e no coração que quem sente e vive o pulsar da nossa terra!

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