Por: António Orlando dos Santos (Bombadas)
(colaborador do "Memórias...e outras coisas...")
É do meu tempo de criança a plenitude de actividade na Quinta da Trajinha. O meu tempo de criança sinaliza-se com o início de 53 e dura até aos anos de 1960/61 data em que fui forrar formas dos Bolos de Arroz para o antigo forno do Napoleão, pai do Milo.
Eu ia com alguma frequência à dita quinta porque o caseiro era meu conhecido e eu era colega de escola do seu filho Alexandre, e grande amigo do seu sobrinho-neto Carlos Gonçalves. Acontecia eu passar por ali sempre que íamos aos agriões e merujes que os havia com fartura no regato que corria pelo monte abaixo, com água límpida e cristalina que dava uma frescura ímpar aos agriões. Também pela altura da Páscoa íamos ao Novo Rico cortar o Ramo para o benzermos pois tradicionalmente se benze por esta altura.
A minha disponibilidade para ir à quinta do Novo Rico, que era como o povo a designava, pois aquilo era uma propriedade que eu presumo ter sido adquirida por alguém de Capital que a refez do seu ar de velha e relha demolindo as antigas dependências e construindo uma Casa Grande e moderna, onde se alojavam os proprietários sempre que vinham a Bragança muito particularmente no Verão. Havia sido reconstruída para servir de casa de férias a gente da classe alta que vivia em Lisboa e tinha ascendência nestas paragens, que teve um drama pessoal e que morreu ou ficou doente não tendo regressado à sua propriedade Avant Gard.
Ao descrever o que fica para trás vão-me aparecendo lembranças que são como luz que me abre a memória.
Recordo que o Proprietário era Director do Jornal “o Século”, sendo portanto homem de grossos cabedais mas que devia ter alguns herdeiros que deviam ser titulares e durante anos não ligaram patavina e deixaram degradar o edificado e as hortas de fruta e legumes, campos com forragem sendo que ali se situava uma quinta-modelo, produtiva, bem cuidada e enfeitada com bom gosto e sabedoria. Era uma cópia das quintas que proliferavam nos subúrbios de Lisboa.
Sabe-se que após o falecimento do caseiro a quinta foi deixada ao abandono e esteve assim até que alguém com direito de representação concluiu a passagem da posse à Câmara Municipal de Bragança. E aqui começa todo um alargado período de "pousio" e degradação da Quinta do Novo Rico.
Recordo que no andar superior se encontrava uma bela sala com um bilhar ao centro de grande dimensão e uma boa Biblioteca que foi destruída pela rufiagem e sus muchachos.
Esta é hoje um Parque de dimensões razoáveis e que foi aguardado pela cidade com esperança, mas ao qual é preciso que quem comanda, junte as tropas e ponham o Parque mais apelativo e com ideias mais esclarecidas, para que a cidade usufrua dele e algumas valências sirvam mais eficientemente.
Eu ia com alguma frequência à dita quinta porque o caseiro era meu conhecido e eu era colega de escola do seu filho Alexandre, e grande amigo do seu sobrinho-neto Carlos Gonçalves. Acontecia eu passar por ali sempre que íamos aos agriões e merujes que os havia com fartura no regato que corria pelo monte abaixo, com água límpida e cristalina que dava uma frescura ímpar aos agriões. Também pela altura da Páscoa íamos ao Novo Rico cortar o Ramo para o benzermos pois tradicionalmente se benze por esta altura.
A minha disponibilidade para ir à quinta do Novo Rico, que era como o povo a designava, pois aquilo era uma propriedade que eu presumo ter sido adquirida por alguém de Capital que a refez do seu ar de velha e relha demolindo as antigas dependências e construindo uma Casa Grande e moderna, onde se alojavam os proprietários sempre que vinham a Bragança muito particularmente no Verão. Havia sido reconstruída para servir de casa de férias a gente da classe alta que vivia em Lisboa e tinha ascendência nestas paragens, que teve um drama pessoal e que morreu ou ficou doente não tendo regressado à sua propriedade Avant Gard.
Ao descrever o que fica para trás vão-me aparecendo lembranças que são como luz que me abre a memória.
Recordo que o Proprietário era Director do Jornal “o Século”, sendo portanto homem de grossos cabedais mas que devia ter alguns herdeiros que deviam ser titulares e durante anos não ligaram patavina e deixaram degradar o edificado e as hortas de fruta e legumes, campos com forragem sendo que ali se situava uma quinta-modelo, produtiva, bem cuidada e enfeitada com bom gosto e sabedoria. Era uma cópia das quintas que proliferavam nos subúrbios de Lisboa.
Sabe-se que após o falecimento do caseiro a quinta foi deixada ao abandono e esteve assim até que alguém com direito de representação concluiu a passagem da posse à Câmara Municipal de Bragança. E aqui começa todo um alargado período de "pousio" e degradação da Quinta do Novo Rico.
Recordo que no andar superior se encontrava uma bela sala com um bilhar ao centro de grande dimensão e uma boa Biblioteca que foi destruída pela rufiagem e sus muchachos.
Esta é hoje um Parque de dimensões razoáveis e que foi aguardado pela cidade com esperança, mas ao qual é preciso que quem comanda, junte as tropas e ponham o Parque mais apelativo e com ideias mais esclarecidas, para que a cidade usufrua dele e algumas valências sirvam mais eficientemente.
P.S. ... Hoje paro por aqui, amanhã continuarei com uma apreciação ao Novo Parque pois há algumas coisas que se a Câmara pensa que estão bem há quem pense que não estão!
24 de Julho de 2024
A.O. dos Santos
(Bombadas)
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