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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 30 de julho de 2024

OS FIDALGOS - BRAGANÇA - Família Figueiredos – II e Família Figueiredos – III

 Família Figueiredos – II

Doutor FRANCISCO JORGE, do conselho de El-Rei e desembargador do Paço, e sua mulher D. Isabel Borges, filha de Álvaro Pires Borges e de D. Violante de Morais Pimentel, irmã de Pedro Álvares de Morais Pimentel, instituíram em 3 de Outubro de 1550 um morgadio, com capela dedicada a Santo António, na igreja de S. Francisco de Bragança, na qual teve sepultura num arco metido na parede. Por sua nomeação sucedeu-lhe neste morgadio seu filho:
Doutor CRISTÓVÃO BORGES, desembargador da Suplicação e depois chanceler, por alvará de 17 de Novembro de 1594. Não casou. Sucedeu-lhe sua irmã:
D. ANTÓNIA CARNEIRO, que casou com António de Madureira, neto de Garcia Álvares de Madureira, fidalgo da Casa Real, filho do morgado de Parada,Alvar’Eanes de Madureira (ver 4º em Parada). Sucedeu-lhe seu filho:
FRANCISCO DE MADUREIRA, que casou com D. Antónia de Butrão Soto Maior, filha de D. Gonçalo de Butrão Idiaquis e Monchique, cavaleiro biscainho, que passou a este reino, sendo mestre de campo de infantaria, com D. Filipe I, e casou na província do Minho com D. Filipa de Sá de Menezes, da quinta de Deo Christi, junto a Viana. Sucedeu-lhe seu filho:
LUÍS ÁLVARES DE MACEDO MADUREIRA, que casou com D. Violante Sarmento, filha de Lopo de Figueiredo Sarmento. Tiveram uma filha única, D. Antónia, que foi freira em Santa Clara de Bragança.
D. Violante Sarmento casou, em segundas núpcias, com Pedro de Mariz Sarmento, alcaide- mor de Bragança.
Sucedeu-lhe neste morgadio:
D. MARIANA DE BUTRÃO SOTO MAIOR, irmã de Luís Álvares de Macedo Madureira (5º, atrás citado), que casou com Sebastião de Figueiredo Sarmento, do hábito de Avis, filho do alcaide-mor Pedro de Figueiredo Sarmento (ver 3º em Figueiredos – I).
Sucedeu-lhe seu filho:
LÁZARO DE FIGUEIREDO SARMENTO (ver 3º em Figueiredos – I), cavaleiro do hábito de Cristo, alcaide-mor de Bragança, que casou com D. Mariana de Morais Pimentel.
Sucedeu-lhe seu quarto filho:
LÁZARO JORGE DE FIGUEIREDO SARMENTO, fidalgo da Casa Real, cavaleiro do hábito de Cristo, alcaide-mor de Bragança, juiz da Alfândega da mesma cidade, que também possuía um vínculo chamado de Santa Maria, instituído por Faustino de Madureira em 12 de Abril de 1646, que o legou a seu sobrinho Luís Álvares de Macedo Madureira (5º, atrás citado) (124).

Família Figueiredos – III

ANTÓNIO DE FIGUEIREDO SARMENTO, cavaleiro do hábito de Cristo e governador de Bragança, instituiu em 1712 um morgadio na capela dedicada a Santo António do Toural, da mesma cidade. Era neto de Pedro de Figueiredo Sarmento e de D. Violante Sarmento (ver 1º em Figueiredos – I).
Teve de D. Francisca Borges, solteira, uma filha ilegítima, D. Clara de Figueiredo Sarmento, que depois (a 20 de Dezembro de 1712) legitimou(125) quando esta já estava casada com José Cardoso Borges, a quem adiante nos referimos.
O primeiro administrador deste morgadio foi seu filho:
JOSÉ ANTÓNIO DE FIGUEIREDO SARMENTO, cavaleiro do hábito de Cristo e sargento mor de infantaria (126).
JOSÉ CARDOSO BORGES, sargento da cidade de Bragança e seu distrito, e sua mulher D. Clara Maria de Figueiredo Sarmento instituíram em 5 de Novembro de 1706 um morgadio.
José Cardoso Borges era filho de Francisco Borges Barreiros, cidadão de Miranda, e de D. Ana Rodrigues.
Neto de outro Francisco Borges Barreiros e de D. Juliana Vaz Borges, da mesma cidade, descendentes de Francisco Borges. Descendência:
I. Bento José de Figueiredo Sarmento, que serviu num regimento de infantaria.
II. José Sarmento de Figueiredo, que em 1721-1724 frequentou a Universidade.
III. António Manuel Sarmento.
IV. Francisco Bernardo Borges de Figueiredo.
V. D. Escolástica Maria de São Bento, freira no mosteiro da Conceição.
VI. D. Maria Josefa Gertudes, educanda no mesmo mosteiro(127).
Em 1758 noviciou no convento de Santa Clara, de Bragança, D.Maria Teresa Pinto de Figueiredo Sarmento, filha de Bento José de Figueiredo Sarmento (1º, atrás citado), cavaleiro professo da Ordem de Cristo, natural de Bragança, e de D. Ana Maria Feliz Pinto da Fonseca e Avelar, natural de Vale de Prados, concelho de Macedo de Cavaleiros.
Neta paterna de José Cardoso Borges, sargento-mor de Bragança, natural de Miranda do Douro, e de D. Clara Maria de Figueiredo Sarmento, de Bragança, filha do governador da mesma cidade António de Figueiredo Sarmento (ver 1º em Figueiredos – III).
Neta materna de Francisco Álvares de Avelar, cavaleiro professo na Ordem de Cristo, sargento-mor da comarca de Vila Real, residente em Vale de Prados, e de D.Maria Pinto da Fonseca, de Espadanedo.
A noviciante nascera a 23 de Maio de 1743. Foi seu padrinho de baptismo o beneficiado Caetano Mendes da Fonseca a por procuração que fez ao sobredito sargento-maior José Cardoso Borges e a António Manuel de Figueiredo Sarmento, professo na Ordem de Cristo, e filho do dito José Cardoso Borges, os quais ambos tocaram a dita baptizada»(128).
D. Mariana Escolástica de Figueiredo Sarmento, irmã da precedente, noviciou no mesmo convento, no referido ano, e no processo declara-se que o pai era tenente-coronel (129); Manuel de Figueiredo Sarmento, irmão das precedentes, recebeu ordens menores em 1778(130).
MANUEL DE CARVALHO, natural de Bragança, filho de António Carvalho, a quem El-Rei fez mercê de quarenta mil réis de tença em atenção aos serviços prestados na infantaria nas províncias do Alentejo e Trás-os-Montes e na cidade de Bragança, por mais de doze anos, contados de 26 de Março de 1706 até 20 de Dezembro de 1719, nos postos de soldado, sargento, alferes, tenente e capitão de campanha, e aos feitos praticados no ataque da praça de Alcântara, de Cidade Rodrigo (onde foi ferido numa perna por uma bala), Castelo de Vide e em todas as campanhas desse tempo, onde se portou sempre valorosamente.
Doze destes quarenta mil réis reverteriam para seu sobrinho Diogo de Moura Coutinho, que «os gozaria a título do hábito da Ordem de Cristo», e os outros para suas sobrinhas – Ana Maria Feliz Pinto da Fonseca e Catarina Pinto da Fonseca (quatorze mil réis para cada uma (131).
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(124) Ibidem, § 2, fol. 260 (mihi).
(125) A carta régia da perfilhação, em pergaminho, conserva-se na posse da família do padre Francisco Figueiredo, há poucos anos falecido.
(126) BORGES, José Cardoso – Descrição Topográfica da Cidade de Bragança, notícia XI, «Dos Morgados», fol. 268 (mihi).
(127) Ibidem, § 35, fol. 325 (mihi).
(128) Museu Regional de Bragança, maço Freiras de Santa Clara.
(129) Ibidem.
(130) Ibidem, maço Ordinandos.
(131) Carta régia, em pergaminho, em poder da família do falecido padre Francisco Figueiredo, de Bragança.
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MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA

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