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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite, Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sábado, 15 de março de 2025

Os Lusíadas - CANTO IV - ESTROFES 94 a 104 – EPISÓDIO DO VELHO DO RESTELO

Que pouco aprendemos com este Sábio. O Velho do Restelo. Ensinaram-me na Escola que seria a voz do Povo pessimista: Relendo agora, mais velho, pensando e analisando... talvez não fosse e bem nos avisou. Seria o próprio Luís Vaz de Camões a dizer-nos que a ambição é o caminho para a desgraça. Continuamos a cometer os mesmos erros.

HM


94 «Mas um velho, d' aspecto venerando, Que ficava nas praias, entre a gente, Postos em nós os olhos, meneando Três vezes a cabeça, descontente, A voz pesada um pouco alevantando, Que nós no mar ouvimos claramente, Cum saber só d' experiências feito, Tais palavras tirou do experto peito:

95 – «Ó glória de mandar, ó vã cobiça Desta vaidade a quem chamamos Fama! Ó fraudulento gosto, que se atiça Cũa aura popular, que honra se chama! Que castigo tamanho e que justiça Fazes no peito vão que muito te ama! Que mortes, que perigos, que tormentas, Que crueldades neles experimentas!

96 «Dura inquietação d' alma e da vida Fonte de desemparos e adultérios, Sagaz consumidora conhecida De fazendas, de reinos e de impérios! Chamam-te ilustre, chamam-te subida, Sendo dina de infames vitupérios; Chamam-te Fama e Glória soberana, Nomes com quem se o povo néscio engana!

97 «A que novos desastres determinas De levar estes Reinos e esta gente? Que perigos, que mortes lhe destinas, Debaixo dalgum nome preminente? Que promessas de reinos e de minas D' ouro, que lhe farás tão facilmente? Que famas lhe prometerás? Que histórias? Que triunfos? Que palmas? Que vitórias?

98 «Mas, ó tu, geração daquele insano Cujo pecado e desobediência Não somente do Reino soberano Te pôs neste desterro e triste ausência, Mas inda doutro estado mais que humano, Da quieta e da simpres inocência, Idade d' ouro, tanto te privou, Que na de ferro e d' armas te deitou:

99 «Já que nesta gostosa vaïdade Tanto enlevas a leve fantasia, Já que à bruta crueza e feridade Puseste nome, esforço e valentia, Já que prezas em tanta quantidade O desprezo da vida, que devia De ser sempre estimada, pois que já Temeu tanto perdê-la Quem a dá:

100 «Não tens junto contigo o Ismaelita, Com quem sempre terás guerras sobejas? Não segue ele do Arábio a lei maldita, Se tu pola de Cristo só pelejas? Não tem cidades mil, terra infinita, Se terras e riqueza mais desejas? Não é ele por armas esforçado, Se queres por vitórias ser louvado?

101 «Deixas criar às portas o inimigo, Por ires buscar outro de tão longe, Por quem se despovoe o Reino antigo, Se enfraqueça e se vá deitando a longe; Buscas o incerto e incógnito perigo Por que a Fama te exalte e te lisonje Chamando-te senhor, com larga cópia, Da Índia, Pérsia, Arábia e de Etiópia

102 «Oh, maldito o primeiro que, no mundo, Nas ondas vela pôs em seco lenho! Dino da eterna pena do Profundo, Se é justa a justa Lei que sigo e tenho! Nunca juízo algum, alto e profundo, Nem cítara sonora ou vivo engenho Te dê por isso fama nem memória, Mas contigo se acabe o nome e glória!

103 «Trouxe o filho de Jápeto do Céu O fogo que ajuntou ao peito humano, Fogo que o mundo em armas acendeu, Em mortes, em desonras (grande engano!). Quanto milhor nos fora, Prometeu, E quanto pera o mundo menos dano, Que a tua estátua ilustre não tivera Fogo de altos desejos, que a movera!

104 «Não cometera o moço miserando O carro alto do pai, nem o ar vazio O grande arquitector co filho, dando Um, nome ao mar, e o outro, fama ao rio. Nenhum cometimento alto e nefando Por fogo, ferro, água, calma e frio, Deixa intentado a humana geração. Mísera sorte! Estranha condição!

sexta-feira, 14 de março de 2025

Meu querido, meu velho, meu amigo...


Na tarde do dia em que trouxe o rádio e a garrafa de água reutilizável no ultimo dia útil de um mês do ano passado, encontrei o nosso velho amigo sentado num banco da estação rodoviária.
Sentei-me junto dele. Conversámos sobre quase as mesmas coisas de sempre. Recordações, alegrias e mágoas, velhas amizades episódios antigos (bate o pé pisa o cascalho) e o que resta… No entanto houve uma novidade na conversa.
: - Quando puder, diga ao seu amigo que não se esqueça dos bancos do Parque do Jardim da Braguinha. Passo ali umas horas todos os dias e tenho que levar um papelão para me sentar. 
Retorqui:
- Meu amigo não! Nosso amigo! Sim claro, confirmou. Eu até já lhe tinha falado mas a ver se não se esquece.
Curiosamente no dia seguinte telefonaste-me, uma chamada que muito apreciei. Aproveitei para te dar o “recado” do nosso amigo comum. Disseste-me:
: - Diz-lhe que já estão feitos e que durante o mês de agosto já estarão colocados.
Nesse mesmo dia, liguei-lhe, cheio de alegria pela alegria que supostamente lhe iria dar. Atendeu a Lena.
: - Por onde anda o mais velho?
: - Está mesmo aqui ao meu lado.
: - Passa-mo.
Tudo bem velhadas? tudo. Olhe, é para lhe dizer que já reforcei o recado sobre os bancos. Ele não se tinha esquecido e segundo me disse os bancos já estão feitos e vão ser colocados antes do final deste mês.
Entretanto… passou tempo, mais de meio ano. Sei que não é fácil gerir a polis e transformar em realidade mesmo tudo aquilo que queremos que aconteça, tal como não é fácil cumprir tudo o que se promete. Era só para te relembrar.
Este nosso amigo merecia poder sentar-se nos bancos do Jardim da Braguinha sem ter que levar o papelão. Os 100 anos dele já estiveram mais longe… e é homem para os ultrapassar se os bancos ajudarem!

Abraço apertado aos dois!

HM

O que quereis fazer das Nossas Aldeias?

 Em ano de eleições autárquicas... relembro umas linhas escritas há uns tempos e que, infelizmente, se mantém atuais.


O que quereis fazer das Nossas Aldeias?

A cidade “queixa-se” do Terreiro do Paço. Que sorte. A “malta” das nossas aldeias não se queixa a ninguém. Nem adianta. As Juntas são os representantes locais dos interesses que têm tudo a ver menos com os interesses e as necessidades do povo que as elegeu e as exceções apenas servem para confirmar a regra.

AS GENTES DAS NOSSAS ALDEIAS ACEITARAM O FATALISMO!

As aldeias são para acabar e já faltou mais.

Ainda há uma dúzia deles que gostam da aldeia. Que sentem saudades do que se viveu, que reconhecem quem os ajudou, sem invejas e enquadrados nos novos tempos… e que gostavam de ver…crianças…no parque infantil. Sim, parque infantil até há. Ou melhor, parque...

PAREM de enganar e de esbanjar dinheiro. Façam umas tainadas que é mais bem aproveitado. Pelo menos, come-se, bebe-se e confraterniza-se.

PAVILHÕES onde nem uma equipa de futebol de 5 se consegue arranjar? E continua o fado hilário, o regabofe…bem envergonhados devem estar os autarcas que ajudaram e potenciaram estas opções de desbaratar do erário público.

Hoje estive com um deles. Disse-me: - Tinhas razão. Estou arrependido e sinto vergonha.

Ele disse-me que eu tinha razão, porque há uns anos atrás...na inauguração do monte de tijolos, eu disse-lhe que era um escândalo queimar tanto dinheiro do bolso comum com uma "obra" que não iria ter qualquer utilidade. CONFIRMA-SE!

Dependendo da “cor política” da Junta de Freguesia, todas as ilusões são passíveis de serem apoiadas. Já não me admiro que um dia destes apareça uma linha férrea da aldeia A para a aldeia B com 3 km de comprimento….se for da cor…

Bom.

Lá estamos nós a criticar.

Não estamos não. Estamos a constatar FACTOS.

Parem com as palhaçadas, com as mentiras e com as placas de inauguração e façam coisas.

Que coisas? Perguntais que coisas?

Até eu, que sou meio “limitado”, posso dar algumas sugestões.

1 – Se o Manel quiser abrir um café numa aldeia onde nem um existe…NÃO COMPLIQUEM. É incompreensível que os custos para montar um café numa aldeia (onde seria o único) tenham os mesmos valores que montar um na Avª principal da cidade. Claro, não montam. Para vender 5 ou 6 cafés por dia quando se recupera o investimento? E, porque não há café, o Jorge não vai de fim-de-semana, o Humberto também não…não vai ninguém. Não compliquem, INCENTIVEM.

2 – Se o Francisco, sem ser da cor, quiser arranjar o telhado na casa da aldeia e o Google lhe disser (a ele não, mas aos “entendidos”) que a última telha do lado direito do telhado está (por 2 cm) dentro do espaço de proteção do património, que os tipos de Lisboa entenderam que aquelas duas fragas constituíam,…lixa-se tudo. Pareceres e mais pareceres…aquela telha pode impedir a manutenção das duas fragas que estarão a mais de 100 metros de distância. Deixem-se de TRETAS. Incentivem e não compliquem. O Francisco, e porque chovia na velha casa da aldeia, onde nasceu e queria recuperar…desistiu. Fica-se pelos algarves…

Preservem-se as fragas, a Catedral e o Castelo, as Mouras e os encantos...mas deixe-se mudar a telha que está partida e levantar a parede caída.

Para que servem os deputados que elegemos e que já enjoam?

Não era uma pergunta. Eu digo e respondo. Servem para tudo o que lhes interessa e para nada que nos interesse.

Adoro a carita deles quando falam para as tv´s. Tão sérios, tão convincentes. Fazem afirmações que são acima de tudo um atestado de burrice aos eleitores. Paladinos da verdade sobre assuntos em que…FALHARAM, ROUBARAM ENVERGONHARAM...só não os conseguem condenar. Pasme-se! Até continua a haver quem os defenda e os considere exemplos a seguir.

A “Malta” gosta. Até os bajula passados tantos anos. Pensai na quantidade de anos em que determinados “personagens” são eleitos para representar a nossa terra. Não há mais ninguém? Triste sina. Deus nos Céus e…eles na Terra.

SÃO ELES…os maiores responsáveis pelo subdesenvolvimento da nossa terra. CHULOS! Culpa minha, culpa nossa.

Fugi ao tema? Talvez não.

- Nas aldeias não precisamos de música sacra, nem de um ecrã gigante, nem de um novo Padre. Precisamos da matança do porco e de fazer aguardente sem receio;

- Nas aldeias não precisamos de pavilhões gimnodesportivos. Precisamos de médico;

- Nas aldeias não precisamos de um festival por ano. Precisamos de apoio ao investimento e de caminhos transitáveis;

- Nas aldeias não precisamos de sorrisos e promessas nas campanhas eleitorais. Precisamos de água potável e saneamento básico funcional;

- Nas aldeias não precisamos de tainadas de javalis. Precisamos de técnicos que nos ajudem a alterar o paradigma das culturas.

- Um Padre, um Engº Agrário ou agrónomo, um Professor um Médico.

Áh, depois sim, venham os festivais... as tainadas e as rezas ou, se possível, tudo mais ou menos ao mesmo tempo.

...uma aldeia com 10 habitantes consegue juntar, num dia, 300 ou 3000 a comer e a beber. Sim, é disso que se trata,....naquele dia escolhido...é uma "coisa" impensável e que pode, provavelmente, ser candidatada ao Guiness.

Querem "provar" o quê?

CUSTA MUITO fazer diferente? Diferente de um pavilhão gimnodesportivo, diferente de umas inaugurações de treta insignificantes, diferente de umas comemorações irrelevantes e sempre para os mesmos aproveitarem para encher a blusa…e umas dezenas de tainadas por ano.

Mas, acima de tudo, seria acreditar que é possível. Está escrito nalgum lado que as aldeias são um alvo a abater? Se está eu não li...e olhai que já li "muitas coisas"...

Ou então…tenham coragem e BOMBARDEIEM DE VEZ. Acabem com este tenebroso sofrimento.

As aldeias…precisam de…gente VERDADEIRA nas cidades.

A malta da cidade tem sempre para onde ir…para baixo…para o lado...para trás...em frente.

A “malta” da aldeia já lá deixa os ossos.

PAREM COM AS ESMOLAS!

Mostrem que querem que as aldeias tenham vida. Que os poucos que lá habitam vivam com dignidade, ou até com um nível de vida superior ao cidadão comum. Era uma maneira, se bem que tardia, de ajudar a fazer justiça.

HM

30 de MAIO de 1975 - MDB

Minorias maioritárias

Por: Manuel Eduardo Pires
(colaborador do Memórias...e outras coisas...)


Entre as centenas que chegavam e partiam apareceu uma garota brasileira, preta, numa turma de décimo ano. Para mim à partida era apenas mais um, tanto se me dava. E a ela pelos vistos também, pois exibia um ar de quem estava de férias ná európá (e de facto estava, como se veio a constatar), o que para um brasileiro parece ser o suprassumo. De forma que se limitava a curtir, a gozar o panorama, a tentar transformar aquilo tudo numa espécie de rave party. Não que isso a distinguisse muito da maioria dos autóctones, mas um dia, a páginas tantas, já depois de ter abundantemente esticado a corda, endereçou um daqueles comentários soezes a uma parceira das filas de trás e não tive outro remédio se não expulsá-la. Levantou-se a custo, a clamar injustiça e a trovejar abominações que ao sair descarregou na porta, não sem antes ter desferido uma farpa peçonhenta: êzti prôfêssô não góztá di pêssoáz difêrêntiz!
Descontando o lado burlesco, o incidente parece-me ilustrativo de algo que à falta de melhor eu classificaria como racismo-ao-contrário. Embora as atitudes que o caraterizam transcendam a questão da raça e se estendam a outras minorias, em traços gerais elas resumem-se a fazer render o rótulo de desfavorecidas que lhes é colado. De que modo? Agravando alguma discriminação que possa existir, e sempre existirá, gritando aqui d’el rei perante o que se suspeite serem ameaças, ainda que leves, ainda que imaginárias, reivindicando um estatuto à parte que as compensaria do suposto desfavorecimento, proclamando mesmo o direito a condutas infratoras, tais como apedrejar polícias e outras que tais. E era assim protegida, assim estribada nessa condição de membro de duas minorias exploradas, jogando a cartada da vitimização, que a brasuquinha pretendia reinar. É certo que para tanto contava com algum sentimento de culpa, e portanto de complacência, por parte de um elemento da maioria exploradora, o professor. Mas como este não estava pelos ajustes, logo “não gostava de pessoas diferentes”.
Quase nem valeria a pena falar da dificuldade em definir o conceito de desfavorecido, dado nunca ser evidente demarcar fronteiras nítidas entre aquilo que é e o que não é. Inserir alguém nessa categoria ou noutra qualquer é muitas vezes um ponto de vista que depende da época, do lugar e do observador que o faz. Além disso é sempre necessário contar com a relatividade das coisas. Uma minoria que se tenha por marginalizada aqui no espaço da união europeia, por exemplo, goza de apreciáveis garantias se comparada com imensas maiorias espalhadas por esse mundo de cristo. O que mostra também que é possível a uma pessoa pertencer ao mesmo tempo a uma minoria desfavorecida e a uma ou várias maiorias privilegiadas, considerando-se elemento da primeira e omitindo a(s) segunda(s) se em determinadas circunstâncias lhe der jeito.
Mais constrangedora é a noção de que não é por integrarem grupos de alguma forma considerados desfavorecidos que as pessoas deixam de ser pessoas. É perceber que os “diferentes” não são assim tão diferentes daqueles que acusam de segregação. Se não, vejamos. Há minorias que costumam ser marginalizadas, estigmatizadas? Pois há. Mas maiorias também. Tenhamos em conta que a história universal tem sido um longo percurso em que todo o tipo de minorias tem segregado, subjugado, explorado maiorias, independentemente de umas e outras serem constituídas por negros, imigrantes, ciganos, homossexuais, canalizadores, limpa-chaminés. Qualquer grupo minoritário que ganhe alguma ascendência e se guinde ao poder esquece rapidamente a antiga condição e passa a subjugar, discriminar, explorar os outros, isto é, as maiorias.
À parte todos os progressos, é assim que somos. Primeiro os meus interesses e os do meu grupo e muito lá para o fim (e se calhar), o bem comum, a solidariedade, a ética, os valores. Uma fatalidade. Daí a minha desconfiança de que, no caso de eventualmente o poder sorrir um dia às suas minorias ditas desfavorecidas, apanhadas à brida solta, não tardaria a que os homossexuais me declarassem degenerado, os ciganos colocassem sapos à entrada das lojas onde quisesse entrar, os negros instituíssem um apartheid que me isolaria deles e respetivos privilégios, os imigrantes me barrassem a entrada no “seu” novo país. Pessimismo? Não creio…

(Nordeste - ago. 2019)


Manuel Eduardo Pires
. Estes montes e esta cultura sempre foram o meu alimento espiritual, por onde quer que andasse. Os primeiros para já estão menos mal, enquanto a onda avassaladora do chamado progresso não decidir arrasá-los para construir sabe-se lá o quê, mas que nunca será tão bom. A cultura, essa está moribunda, e eu com ela. Daí talvez a nostalgia e o azedume naquilo que às vezes digo. De modo que peço paciência a quem tiver a paciência de me ir lendo.

🌸 Março. Mês de primavera.

TRÁS-OS-MONTES EM PROVA ESTREIA-SE NO ALGARVE COM MAIS DE 100 VINHOS PARA DEGUSTAÇÃO

 O evento Trás-os-Montes em Prova, organizado pela Comissão Vitivinícola Regional de Trás-os-Montes (CVRTM), chega ao Algarve pela primeira vez no dia 5 de abril. A iniciativa, que decorrerá no hotel Tivoli Marina Vilamoura, entre as 15h00 e as 20h00, promete dar a conhecer a diversidade e a autenticidade dos vinhos transmontanos num novo mercado.


De acordo com um comunicado enviado à redação do Canal N, esta edição do evento surge do desejo antigo da CVRTM de levar os vinhos transmontanos a novas geografias.

“Esta já era uma vontade antiga e, este ano, decidimos avançar e desafiar os produtores de Trás-os-Montes a rumarem até ao sul, para dar a conhecer os seus melhores vinhos. Foi desta forma que nasceu a primeira edição do evento Trás-os-Montes em Prova no Algarve, um mercado aliciante e em crescimento, onde a expressão dos vinhos de Trás-os-Montes é ainda reduzida”, explica Ana Alves, presidente da CVRTM.

Os visitantes terão a oportunidade de provar mais de 100 vinhos de 17 produtores transmontanos, representando um leque variado de castas, métodos de produção e envelhecimento. Desde vinhas velhas com mais de um século a novos espumantes, passando por técnicas tradicionais como os vinhos de lagares rupestres e o emblemático vinho dos mortos, este evento promete uma experiência única para apreciadores e profissionais do setor.

A entrada tem um custo de 10 euros e os bilhetes estarão disponíveis para compra no local. A iniciativa destina-se a profissionais da distribuição, canal HORECA, sommeliers, jornalistas e público em geral.

Entre os produtores participantes estão a Casa do Joa, Casa José Pedro, Encostas de Sonim, Flandório, Ninho da Pita, Palmeirim D’Inglaterra, Parapente, Quinta das Corriças, Quinta de Arcossó, Quinta do Salvante, Quinta Recomeço, Quinta Serra d’Oura, Quinta Vale dos Montes, Terras de Mogadouro, Villela Seca, Vinho dos Mortos e Vinhos Mont’alegre.

Jornalista: Lara Torrado

Praia da Ribeira já recebeu o prémio “Praia + Acessível” 2024

 Benjamim Rodrigues, presidente da câmara municipal de Macedo de Cavaleiros já recebeu o prémio praia mais acessível 2024, referente à praia da Ribeira, situada na barragem da albufeira do Azibo na categoria de praia do interior.


O prémio foi recebido hoje na BTL, mais conhecida como a Bolsa de Turismo de Lisboa – (Better Tourism Lisbon Travel Market).

Recorde-se que a praia da Ribeira, situada na barragem da albufeira do Azibo ganhou o primeiro prémio de praia mais acessível 2024, na categoria de praia do interior, no âmbito da 16º edição deste prémio, pelo Instituto Nacional de Reabilitação, reflexo de todas as boas práticas acessíveis que têm sido desenvolvidas pelo Município de Macedo de Cavaleiros.

Esta foi uma iniciativa do Instituto Nacional para a Reabilitação, I.P. (INR), da Agência Portuguesa do Ambiente, I.P. (APA) e do Turismo de Portugal. I.P. (TP).

Escrito por Rádio ONDA LIVRE

𝐌𝐢𝐫𝐚𝐧𝐝𝐚 𝐝𝐨 𝐃𝐨𝐮𝐫𝐨 vai estar presente no próximo sábado, dia 15 de março, na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL) com um programa especial!

 Junta-te a nós na maior feira nacional de turismo e desfruta de atuações dos Pauliteiros de Miranda, degustação de produtos regionais e diversas ações de promoção do nosso território.
👉 Vem descobrir a cultura, os sabores e a autenticidade de Miranda do Douro!

Sessão de Esclarecimento - VIMIOSO

quinta-feira, 13 de março de 2025

MOGADOURO É CIDADE ⚜️🟨⬛️

 O Plenário da Assembleia da República aprovou hoje, dia 13 de março de 2025, o Projeto de Lei 503/XVI/1.ª, mediante o qual se propõe a alteração da categoria territorial da vila de Mogadouro.


O projeto de Lei em causa é da autoria de deputados do PSD e do CDS, tendo sido votado e aprovado por unanimidade na reunião n.º 47 da Comissão de Poder Local e Coesão Territorial, realizada a 11 de março.

Com a entrada em vigor da Lei n.º 24/2024, de 20 de fevereiro, que aprovou a lei-quadro de atribuição das categorias de vila ou cidade, a ordem jurídica interna voltou a dispor de um regime definidor dos critérios de elevação da categoria territorial das povoações, que se encontrava em falta desde que em 2012 a antiga Lei n.º 11/82, de 2 de junho, havia sido revogada.

Aproveitando a oportunidade aberta pela introdução da Lei n.º 24/2024, o Presidente da Câmara Municipal de Mogadouro, Antonio Pimentel, decidiu avançar com as ações necessárias para que a Vila de Mogadouro pudesse subir a cidade, tendo em conta que Mogadouro apresenta condições de enquadramento territorial, razões de natureza histórica e cultural e uma concentração de instituições e equipamentos coletivos que vão ao encontro das exigências da Lei mencionada.

O Presidente da Câmara Municipal sabe que a alteração da categoria territorial de Mogadouro não virá a produzir efeitos sobre a sua organização administrativa ou sobre a sua gestão autárquica, mas defende que esta elevação terá um impacto muito importante sobre a relevância simbólica do território, funcionando como um instrumento certificador da evolução urbana da povoação e da importância da história, da cultura e da dinâmica social desta localidade. Bem assim, o edil acredita que a categoria de Cidade confere a Mogadouro maior atratividade para investidores e maior competitividade no acesso à programação e ao financiamento nacional e comunitário.

MUNICÍPIO DE MIRANDELA INVESTE 1,5 MILHÕES NA REABILITAÇÃO DAS COMPORTAS DA PONTE AÇUDE

Vimioso: Inatividade da Banda Filarmónica dos Bombeiros gera preocupação

 Com o objetivo de encontrar uma solução para reinício da atividade da Banda Filarmónica de Vimioso, realizou-se no serão de 11 de março, uma reunião extraordinária da assembleia geral da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários ((A.H.B.V.V.), tendo sido constituída uma comissão e agendada uma reunião com os pais, para o sábado, dia 15 de março.


A assembleia-geral da A.H.B.V.V foi convocada para uma reunião extraordinária, com o objetivo de procurar soluções para reativar a Banda Filarmónica de Vimioso.

No decorrer da reunião indicou-se que a atual inatividade da banda filarmónica vimiosense deve-se a desentendimentos, relacionados com diferentes perspectivas sobre o funcionamento desta coletividade.

A direção alega que a banda filarmónica é uma valência da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vimioso (A.H.B.V.V.) e que deve guiar-se pelo regulamento e estatutos internos.

Do lado da banda de Vimioso, os músicos solicitam uma maior compreensão da direção e uma revisão do regulamento e dos estatutos, que lhes conceda uma maior autonomia logística e financeira.

Após a exposição dos intervenientes, a mesa da assembleia geral da A.H.B.V.V., presidida por Henrique Machado, deliberou formar uma comissão de trabalho constituída por um elemento da direção, um músico da banda filarmónica e um pai/mãe, de modo a discutir e encontrar uma solução para o “urgente” reinício dos ensaios e das atuações musicais.

No próximo sábado, dia 15 de março, está agendada uma nova reunião, às 20h30, no salão nobre dos Bombeiros de Vimioso que vai contar também com a participação dos pais das crianças e jovens, inscritos na Escola de Música da Banda Filarmónica de Vimioso.

A banda filarmónica da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vimioso (A.H.B.V.V), foi fundada a 12 de Abril de 1945 e é a coletividade que gera maior interesse e participação das crianças e jovens do concelho.

Atualmente, a banda de música de Vimioso é constituída por 48 músicos e a escola de música é frequentada por 27 crianças (entre os 3 aos 6 anos) e 18 crianças (a partir dos 7 anos).

Ao longo da sua história, esta banda filarmónica tem animado as festas no concelho de Vimioso e realizou guardas de honra na Câmara Municipal, aquando das visitas do Presidente da República Portuguesa, do Primeiro Ministro e outros governantes. No estrangeiro, a banda de Vimioso participou no concerto das comemorações do Dia de Portugal e das Comunidades Portuguesas, em Paris.

O presidente do município de Vimioso, António Santos, também participou na reunião extraordinária da assembleia geral da A.H.B.V.V., tendo apelado ao rápido entendimento entre a direção e os músicos, para o recomeço da atividade da Banda Filarmónica, que considerou “uma das marcas mais representativas do concelho”.

HA

Miranda do Douro: O espetáculo do Circo

 O circo está de regresso a Miranda do Douro, no fim-de-semana de 14, 15 e 16 de março, com a visita da companhia internacional “Eddy Circus”, que vai presentear as famílias mirandesas com as atuações de palhaços, trapezistas, ilusionistas e outros números artísticos.


Em Miranda do Douro, a tenda do Circo Triunfo foi montada junto ao centro de saúde e a primeira sessão do espetáculo está agendada para o serão desta sexta-feira, dia 14 de março, às 21h30.

A prática das artes circenses: acrobacia, magia, equilibrismo, malabarismo e outras, enquanto forma de lazer e entretenimento existe desde a Antiguidade. Mas o circo itinerante foi criado no século XVIII, em Londres (Inglaterra), pelo ex-militar Philip Astley, que popularizou este espetáculo por toda a Europa.

Em Miranda do Douro, no sábado, estão programadas duas sessões do circo: às 16h00 e outra sessão às 21h30.

No Domingo, dia 16 de março, espetáculo do circo começa às 16h00.

O termo circo deriva do “Circus Maximus”, o antigo local, no Império Romano, em que eram realizadas espetáculos de entretenimento, como as corridas de cavalos e as lutas de gladiadores.

Em Portugal, o património circense está em risco de desaparecer dado que atualmente existem apenas 22 companhias no ativo, segundo o Instituto Nacional de Artes do Circo (INAC).

HA

Associação Comercial Industrial e Serviços de Macedo de Cavaleiros e Ecomarche unem-se na recolha de alimentos para animais do canil Intermunicipal

 A Associação Comercial Industrial e Serviços de Macedo de Cavaleiros (ACISMC) em parceria com o Intermarché/Ecomarchê de Macedo de Cavaleiros, tem em curso uma campanha de recolha de alimentos e outros bens essenciais para cães e gatos, até final do mês de março.


Esta iniciativa destina-se a providenciar alimento para animais que estão à guarda do Canil Intermunicipal, o qual reporta sérias dificuldades nesse abastecimento, e bem assim apoiar famílias em situação de carência económica, com animais domésticos, contribuindo deste modo para evitar o seu abandono e a consequente sobrepopulação de animais, quer nas ruas quer no canil.

Os alimentos e outros bens destinados aos animais podem ser adquiridos na loja do Intermarche/Ecomarche de Macedo de Cavaleiros, ou nas lojas do comércio tradicional local.

Os pontos de recolha destes alimentos encontram-se na nossa sede social e na loja comercial do Intermarché e Ecomarchê de Macedo de Cavaleiros.

Escrito por Rádio ONDA LIVRE

População de Vale de Lamas contra demolição e mudança de uma fonte de lugar

 A demolição e reconstrução de um fontanário centenário no centro de Vale de Lamas, no concelho de Bragança, que foi desviado do local original, deu origem a grande polémica na aldeia, integrada na freguesia de Baçal. A maior parte dos habitantes da localidade discorda da solução encontrada pela junta.


“A fonte construída em granito estava no centro do largo e foi demolida. Agora construíram um tanque de um lado, junto a um muro, mas não tem nada a ver com a anterior”, explicou Paulo Perdigão, habitante de Vale de Lamas.

O largo está a ser alvo de uma requalificação profunda, que também inclui a repavimentação, além da mudança da fonte de lugar. ”O marco [fonte] era histórica e existia ali há muitos, muitos anos. Já os meus avós e bisavós falavam nisso. Além disso tem um valor simbólico e sentimental para a população. Não há ninguém da aldeia que não tenha caído naquela fonte. Era uma espécie de batismo”, afirmou Paulo Perdigão.

A população defende que o executivo da junta de freguesia de Baçal “não tem noção do significado da fonte para a aldeia de Vale de Lamas”, notou Lúcia, outra habitante.

Glória Lopes

IP vai estudar ligação ferroviária que liga Porto – Vila Real – Bragança a Espanha

 Luís Almeida, presidente da Associação Vale D’Ouro, promotora de um estudo que prevê a viabilidade desta ligação, está satisfeito pelos avanços no processo, mas ao mesmo tempo está preocupado porque a versão do Governo não satisfaz a região


A Infraestruturas de Portugal vai estudar a ligação de alta velocidade Porto – Vila Real – Bragança – Madrid. A IP foi indicada a realizar estudos necessários à tomada de decisão relativamente à ligação, no conselho de ministros, do início da semana.

Luís Almeida, presidente da Associação Vale D’Ouro, promotora de um estudo que prevê a viabilidade desta ligação, está satisfeito pelos avanços no processo, mas ao mesmo tempo está preocupado porque a versão do Governo não satisfaz a região.

“Por outro lado, a versão do Plano Ferroviário Nacional, segundo julgo saber, que ainda não estará publicado, é precisamente a mesma que o governo anterior deixou. No que diz respeito à pretensão da região de Trás-os-Montes para a linha de alta velocidade, a versão deixada pelo governo de António Costa é uma versão que não satisfaz Trás-os-Montes. Porque para haver uma linha que comece em Caíde, afasta a área metropolitana do Porto, um dos grandes nós do Norte e do Nordeste da Península Ibérica, de uma rede integrada de transportes com a Espanha. Já para não dizer que os tempos de viagem de um traçado começar em Caíde sobre a atual linha de ouro que está saturada também no troço suburbano, vão implicar que os tempos de viagem até Vila Real, Bragança e mesmo na ligação a Espanha, possam ser piores que as alternativas rodoviárias que existem”, explicou

A solução do Governo não evita constrangimentos ambientais na zona de Bragança e nem sequer contempla a ligação a Espanha. Para Luís Almeida é “impensável” voltar-se a fazer um investimento “megalómano” ou que seja apenas “uma linha regional de baixa velocidade”, porque o investimento feito é “demasiado avultado”.

O presidente da associação defende que este estudo devia ser conduzido pela região já que Lisboa não sabe o que aqui é preciso.

“Há avanços no governo, que agora sai, que eu realmente receio que possam não ser continuados porque a verdade é que todo este processo começou no outro governo e percebeu-se que aí não andou muito. Qualquer cenário de instabilidade torna sempre todas estas decisões muito difíceis. O facto de o governo entregar isto ao atual gestor de infraestrutura sempre nos preocupou. Nós sempre defendemos que devia ser a região liderar o processo. Seja através da CCDR Norte, seja através da CIM Douro, porque sempre sentimos, ao longo destes anos, que dá a sensação que Lisboa que sabe o que é que traz os montes quer. Ignoram, por exemplo, que o tráfego da A4 está a crescer, e está a crescer muito em termos de mercadorias. Portanto, há aqui um conjunto de indicadores que pelos vistos são ignorados e que fazem, logo à partida, deitar abaixo esta solução”, rematou.

O Governo mandatou a Infraestruturas de Portugal para que promova a realização dos estudos necessários à tomada de decisão relativamente à ligação ferroviária de alta velocidade.

Escrito por Universidade FM (CIR)
Foto: Universidade FM

Tecer Apresenta-se em Vilarinho da Castanheira

 O Projeto Tecer, promovido pela Associação AlmaTua em parceria com o Município de Carraezda de Ansiães, convida toda a comunidade para a apresentação do projeto Tecer, que decorrerá no dia 14 de março, às 16h30 na Junta de Freguesia de Vilarinho da Castanheira.
O Projeto Tecer tem como objetivo criar uma resposta comunitária descentralizada, em várias freguesias do concelho de Carrazeda de Ansiães, com especial foco na promoção da Saúde mental em pessoas mais velhas, cuidadores formais e informais. O objetivo é fortalecer as redes de apoio mútuo e fomentar a troca de experiências e estratégias, assim como, sessões com uma abordagem de estimulação cognitiva individual para cada idoso, promover sessões psicológicas e ainda criar um grupo de entreajuda.

O projeto é composto por vários técnicos e é financiado pelo BPI - Fundação “la Caixa” e promovido pela Associação AlmaTua, criada em 2019.

FESTIVAL MAGOS DA GUITARRA 🎸

 Consolidando-se como o maior festival de guitarra em Portugal, Magos da Guitarra é um festival de território que divulga e dinamiza culturalmente Trás-os-Montes. Este ano, o Município adere à IV edição recebendo a talentosa artista Gaelle Sollal, dia 30 de Março.
Gaëlle Sollal descobriu a guitarra clássica aos 5 anos. Com 6, entrou no Conservatório de Marselha. Aos 16 anos, ingressa no Conservatório de Paris. Enquanto leciona nos Conservatórios de Córdoba e Sevilha, frequentou masterclasses por todo o mundo. Em 2006 ganha o segundo prémio na Competição Internacional da Guitar Foundation of América, passando a atuar em locais de prestígio e em mais de 40 países.

Um espetáculo a não perder. Estão todos convidados!

🗑🌱 𝐂𝐚̂𝐦𝐚𝐫𝐚 𝐌𝐮𝐧𝐢𝐜𝐢𝐩𝐚𝐥 𝐢𝐧𝐯𝐞𝐬𝐭𝐞 𝐧𝐚 𝐦𝐚𝐧𝐮𝐭𝐞𝐧𝐜̧𝐚̃𝐨 𝐝𝐚𝐬 𝐈𝐥𝐡𝐚𝐬 𝐄𝐜𝐨𝐥𝐨́𝐠𝐢𝐜𝐚𝐬 𝐝𝐚 𝐜𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞

 A Câmara Municipal de Mirandela tem em curso o plano de manutenção e melhoramento das sete ilhas ecológicas (contentores subterrâneos) localizadas no centro urbano da cidade. A iniciativa visa otimizar a gestão de resíduos sólidos urbanos e promover a sustentabilidade ambiental.


O projeto, com um cronograma de intervenções definido, envolve a inspeção técnica, limpeza, reparação de eventuais avarias e a melhoria dos mecanismos de abertura e fecho dos contentores.

O município destaca que esta ação é essencial para assegurar a funcionalidade das ilhas ecológicas, que representam uma solução diferenciadora na gestão de resíduos em áreas urbanas, contribuindo para a melhoria do ambiente e da qualidade de vida dos cidadãos.

A autarquia convida a população a colaborar ativamente na utilização correta destes equipamentos e a reportar qualquer anomalia identificada.

Desta forma, a Câmara Municipal reforça o compromisso com a sustentabilidade e a eficiência na gestão de resíduos, sublinhando que este investimento se traduzirá em benefícios ambientais e num ambiente urbano mais limpo e organizado.

𝐏𝐫𝐨𝐣𝐞𝐭𝐨 𝐀𝐔𝐑𝐀 | 𝐓𝐑𝐀𝐍𝐒*𝐏𝐄𝐑𝐅𝐎𝐑𝐌𝐀𝐓𝐈𝐕𝐈𝐃𝐀𝐃𝐄 𝐞𝐦 𝐌𝐢𝐫𝐚𝐧𝐝𝐚 𝐝𝐨 𝐃𝐨𝐮𝐫𝐨

 Nos dias 19 e 21 de março, Miranda do Douro acolhe o Projeto AURA | TRANS*PERFORMATIVIDADE. No dia 19, decorrerá uma oficina na Escola Básica e Secundária de Miranda do Douro. Já no dia 21, às 15h30, o Miniauditório será palco de um espetáculo de dança, com entrada livre.
“Trans*Performatividade” é um projeto artístico que promove a igualdade de género e a sustentabilidade nas suas quatro vertentes (social, humana, económica e ambiental) através da apresentação de um espetáculo de dança contemporânea e na realização de atividades extra tais como workshops, conversas e publicação de um livro.

Após as residências artísticas e apresentações em 2023 no Porto, Lisboa, Vila Nova de Famalicão e Setúbal, o projeto conta com a circulação por 6 municípios, nomeadamente Vila Verde, Vila Nova de Foz Côa, Velas, Miranda do Douro, Mesão Frio e Armamar, entre 2024 e 2025, com o apoio Arte e Coesão Territorial da DGArtes e produção da Asterisco - Associação Artística e Cultural.

Quatro pessoas investigadas por ilegalidades no Orçamento Participativo da Câmara de Bragança

 O presidente da Junta de Freguesia de Pinela, em Bragança, e mais três pessoas estão a ser investigados por suspeita dos crimes de acesso ilegítimo, falsidade informática e participação económica em negócio. A investigação refere-se à alegada viciação de resultados nos Orçamentos Participativos da Câmara.

Em causa estão os anos entre 2019 e 2022 do Orçamento Participativo de Bragança e também o eventual incumprimento por parte do município pela não cobrança do IVA relativo a vários espaços que arrenda a empresas no Parque de Ciência e Tecnologia Brigantia Ecopark.

Ao que o JN apurou o caso está em fase de inquérito e além das diligências de investigação por parte da Polícia Judiciária na Câmara de Bragança, em várias ocasiões, a últimas da quais na semana passada, foram realizadas buscas domiciliárias nas casas dos suspeitos, designadamente um autarca de Pinela, e um membro da assembleia de freguesia desta aldeia, a uma funcionária ligada a um estabelecimento prisional de Izeda, na casa da companheira de um membro da junta de S. Pedro e na residência do autarca de Gostei.

A viciação de resultados está a ser investigada devido a suspeitas de acessos indevidos à plataforma do Orçamento Participativo por funcionários da Câmara ou de alguém a quem tenham sido cedidas as credenciais necessárias para esse efeito.

As autoridades suspeitam também de que alguns documentos de identificação usados para poder votar não são genuínos, podendo ter sido criados de forma fraudulenta.

Segundo a publicação, os IP (identificação de um dispositivo numa rede) de onde foram realizadas as votações correspondem ao mesmo router de internet. A investigação aponta para a tese da criação de utilizadores falsos, o que consubstancia um crime de viciação de resultados. Para já, há quatro suspeitos de terem inserido informação não genuína na plataforma.

O processo foi desencadeado por uma denúncia sobre a viciação de resultados do Orçamento Participativo de Bragança.

Glória Lopes

PJ investiga suspeitos de agirem de forma "fraudulenta" em orçamentos participativos de Bragança

 A PJ fez buscas nas casas do presidente da Junta de Freguesia de Pinela, da presidente da Assembleia de Freguesia de Pinela e na casa da adjunta do diretor do Estabelecimento Prisional de Izeda


A Polícia Judiciária fez buscas na casa do presidente da Junta de Freguesia de Pinela, no concelho de Bragança, devido a suspeitas de ter viciado orçamentos participativos. As buscas aconteceram na semana passada, quando a PJ esteve também nas instalações da Câmara Municipal de Bragança.

Ao que a Rádio Brigantia apurou estão ainda ser investigadas a presidente da Assembleia de Freguesia de Pinela, funcionário do município e a mulher, que é adjunta do diretor do Estabelecimento Prisional de Izeda, tendo a PJ feito buscas também nas habitações destes. 

Além das casas, a Polícia Judiciária esteve ainda nas instalações das juntas de freguesias de Pinela, Gostei e São Pedro de Sarracenos.  

Segundo informação a que tivemos acesso, em causa estão “diversos orçamentos participativos de 2019 a 2022”, que aconteceram de “forma fraudulenta”, devido à alegada criação de “utilizadores falsos”, “viciando” os resultados. Os documentos de identificação pessoal dos utilizadores “não eram genuínos”, podendo ter sido criados “fraudulentamente”, uma vez que os IP’s de onde foram realizadas as votações “corresponde à mesma máquina e/ou router”. 

O processo está agora em fase de inquérito.

Tentámos chegar à fala com o presidente da Junta de Freguesia de Pinela, por chamada e por mensagem, mas nunca respondeu.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Ângela Pais

"Spreitar L Cielo"

 A AEPGA, em conjunto com a Palombar - Conservação da Natureza e do Património Rural e o Município de Vimioso, convidam todos os interessados a participar no fim-de- semana "Spreitar L Cielo", um evento dedicado à observação do Céu, que se realizará entre os dias 28 e 30 de março, no PINTA – Parque Ibérico de Natureza e Aventura de Vimioso.
A observação do Céu acompanha as civilizações humanas desde tempos imemoriais. No contexto atual em que a rotina se sobrepõe à contemplação do Cosmos torna-se indispensável promover oportunidades para aproveitar esta herança natural nas suas várias vertentes, desde a Astronomia, à Ecologia e Cultura. Serão dias repletos de atividades, desde observações astronómicas e de fauna selvagem, interpretação de percursos pedestres, oficinas temáticas e uma sessão de cinema. Pretendemos que estes dias se preencham com momentos de contemplação, curiosidade e partilha, num ambiente descontraído e cativante, para que possamos reduzir um pouco mais a distância que nos separa do Céu.

Junte-se a nós! Saiba mais informações sobre esta atividade e inscreva-se AQUI.

Férias de Páscoa no Concelho de VIMIOSO

Magos da Guitarra - Duo Aritmija

 O festival internacional Magos da Guitarra assenta no conceito de virtuosismo da guitarra, sem se limitar a um género musical específico. Sendo o maior festival de guitarra em Portugal, reúne artistas de diversas geografias e estilos, reforçando a multiplicidade cultural que o define. A edição de 2025 reforça a sua identidade com o lema "um festival para um território".


O Centro Cultural de Macedo de Cavaleiros recebe no próximo sábado, 15 de março pelas 21h30, o Duo Aritmija.

Aritmija é composto pelos guitarristas e compositores Tilen Stepišnik e Šemsudin Dino Džopa de Liubliana, Eslovénia. Formados em 2002, desenvolveram desde então um estilo único, que pode ser descrita como música do mundo, abrangendo géneros como o rock, o jazz, o flamenco, a música clássica e música étnica dos Balcãs.

Contamos com a sua presença!

O bilhete tem um custo de 3€ e pode ser adquirido presencialmente no Centro Cultural ou através do telefone 278 428 100. 

Horário da bilheteira:

 Dia útil
10h00 - 12h30 | 13h30 - 17h00 
 Dia de espetáculo
16h00 - 18h00 | 20h30 - 21h30

Montesinho 101 - Marathon BTT

💧🌳A Semana da Água, Árvore e Floresta decorre de 16 a 22 de março, em Mirandela.

quarta-feira, 12 de março de 2025

CURSO DE INICIAÇÃO À PROVA DE VINHOS 🍷

 Descubra o fascinante mundo dos vinhos! Neste curso, com organização do Município e apoio dos Vinhos Trás Os Montes, os formandos vão aprender a apreciar e avaliar um vinho, desde os aromas e sabores até às técnicas de degustação.

Data: 29 de Março
Local: Centro Cultural de Vila Flor
Duração: das 9h-17h
Inclui: Prova de diferentes vinhos, material de apoio e certificado de participação.

Ideal para iniciantes e amantes do vinho que querem aprofundar os seus conhecimentos de forma descontraída e envolvente. 

Evento gratuito mas sujeito à inscrição junto do Gabinete de Agricultura do Município.

Situada em pleno Planalto Mirandês, a vila de Vimioso, de origens medievais, tem vestígios de civilizações pré-históricas nas suas imediações. Esta sede de concelho da Terra Fria, orgulhosa da sua cultura, património e gastronomia, aguarda a sua visita.

5 de JULHO de 1970 - MDB

EMMY CURL: A VOZ QUE UNE TRADIÇÃO E MODERNIDADE CONQUISTA PRÉMIO JOSÉ AFONSO

Folclore: “Recolher nos documentos”

 As fontes de recolha documentadas são abundantes e, em regra, mais fiáveis do que a transmissão oral. O seu uso não tem sido generalizado por razões diversas e talvez porque, para serem identificadas e extraídas, exigem conhecimentos humanísticos e literacia para interpretar o material recolhido. Em alternativa, as recolhas orais têm sido a fonte quase exclusiva das peças que hoje se representam e apresentam como o folclore do povo português, tomando como certo e com alguma ligeireza que este processo assegura os princípios da pureza e da autenticidade.


Em boa verdade, as recolhas orais também exigem conhecimentos eruditos para serem interpretadas, método para identificar e filtrar as influências e, finalmente, rigor disciplinado para não serem influenciadas pelas vivências actuais e não serem ajustadas às necessidades de quem recolhe. Mas, nesta matéria, tudo o que se possa dizer das recolhas orais, também é exigível quando aplicado às recolhas documentais; para além disso, estas requerem muita leitura, capacidade interpretativa e o ensaio no cruzamento de conclusões, o que são más notícias, porque não há hábito generalizado de leitura, a capacidade interpretativa está a ser destruída pelas programações televisivas (onde o lixo angaria os maiores shares de audiência e fabrica mentecaptos), pelas revistas voyeuristas, pelo consumismo e pelas investidas publicitárias actuais. Para além disso, o método científico não faz parte da formação elementar dos portugueses.

Para além das obras e dos autores básicos da segunda metade do século XIX e do século XX, nas áreas da etnologia, da filologia e da antropologia, temos à disposição diversos cancioneiros de extensão nacional, regional ou local. São fontes de recolha oportuníssimas e credíveis e, na maior parte das vezes, fornecem as contextualizações que nos permitem fundamentar e validar a recolha. Vou indicar apenas alguns exemplos:

José Leite de Vasconcelos (1858-1941) – Fundou a Revista Lusitana que publicou 39 volumes, entre 1889 e 1943 (todos eles disponíveis em versão digitalizada no Instituto Camões), publicou 3 volumes Religiões em Portugal, 8 volumes da Etnologia Portuguesa, outras obras sobre Contos Populares e Lendas e uma vasta plêiade de documentos muito detalhados e disponíveis no Museu Nacional de Arqueologia a quem entregou o seu espólio.

Ernesto Veiga de Oliveira (1910-1990), foi um etnólogo excepcionalmente produtivo que para além da obra editada. Fundou o Museu da Etnologia e o Centro de Estudos de Antropologia Cultural. Dedicou-se de modo particular à inventariação e caracterização de tecnologias tradicionais (moinhos, pisões, espigueiros, alfaias agrícolas, olaria, artes marítimas, etc), mas também sobre instrumentos musicais populares e festividades cíclicas em Portugal entre outras.

Fernando Galhano (1904-1995), foi um artista apaixonado pela etnografia que desenhou com rigor e expressão, desde a arquitectura popular, até às alfaias agrícolas e artefactos, etc. As suas ilustrações são autênticas fotografias com rara minúcia e sensibilidade funcional, fixando expressões e gestos naturais e espontâneos, sem a pose dos estúdios ou dos preparativos que fazem da fotografia um engano frequente.

António Jorge Dias (1907-1973), foi o grande impulsionador do Atlas Etnográfico de Portugal, investigador e autor de outras obras específicas, tal como “Os arados portugueses e as suas previsíveis origens” e trabalhos diversos sobre o comunitarismo e a cultura agro-pastoril em Portugal.

Teófilo Braga (1843-1924), para além de chefe do primeiro governo provisório republicano e 2º Presidente da República portuguesa, publicou um grande número de obras nos domínios da etnologia e da filologia, dos quais se destaca a História da Poesia Popular em Portugal.

No domínio musical, são conhecidas as obras do Cancioneiro Geral de Garcia de Resende e, na 2ª metade do século XX, o Cancioneiro Popular Português de Michel Giacometti. Todavia, gostaria de realçar a relevância e a utilidade da consulta aos 3 volumes do Cancioneiro de Música Popular, de Cesar das Neves, publicados na década de 90 do século XIX, com letras e música de “…canções, serenatas, chulas, danças, descantes, cantigas dos campos e das ruas, fados, romances, canções políticas, cantilenas, pregões, cantos religiosos de origem popular, cantos litúrgicos popularizados..”. Esta obra com milhares de temas recolhidos por todo o país e editado até 1898, lança luz e permite identificar a origem de muitos dos temas que actualmente enchem os reportórios de centenas de grupos de folclore.

Neste acervo invulgar, nuns casos demonstra-se que os temas possuem autor preciso e identificado, noutros clarifica-se a sua origem anónima e tradicional e descobre-se a evolução provocada em apenas algumas décadas. Em alguns casos, também se descobrem novas fontes de recolha para temas perdidos na falta de uso. Em todos eles se demonstra que as harmonias, os  ritmos e os andamentos agora em voga estão longe, longe, longe dos que o povo gostava e usava há 100 anos atrás.

Para além destas obras de autor, cuja abordagem académica assegura uma robusta honestidade intelectual, valerá a pena que em cada região se tome nota da imprensa periódica local (semanários, quinzenários e mensários), de que a segunda metade do século XIX foi particularmente fértil. As ilustrações são raras, mas a descrição de eventos e episódios é narrada com detalhes preciosos e faz luz sobre hábitos, usos e costumes na respectiva região. Os episódios burlescos e, em particular, a secção dos anúncios comerciais fornecem-nos dados preciosos e surpreendentes, no que respeita ao tipo de comércio da época, aos bens que chegavam até aos locais e como não seria fácil vender o que fosse de produção local.

Também a azulejaria é uma fonte de informação muito rica e fiável. sobretudo quando reproduzem cenas ou pedaços de quotidiano. Em regiões como o vale do Tejo, o baixo Cavado e o baixo Vouga onde a olaria e a produção de painéis pintadoS possuem tradicao e técníca secular.

Fonte: “Dignificar o Folclore”, Manuel Farias (edição e negritos da responsabilidade da Equipa do Portal do Folclore Português)

Entrudo Chocalheiro de Macedo de Cavaleiros registou o maior pico de faturação com um crescimento 142,5% em relação ao ano anterior

 Um relatório da Reduniq Insights, que se decida à análise da evolução dos pagamentos por cartão, divulgou que durante o período do Carnaval, de 1 a 4 de março, em várias regiões do país surgem como com maior peso de faturação e o concelho de Macedo de Cavaleiros é um deles.


Os concelhos portugueses analisados foram: Alcobaça, Estarreja, Funchal (Madeira), Loulé, Macedo de Cavaleiros, Mealhada, Ovar, Sesimbra, Sines e Torres Vedras.

De acordo com o mesmo relatório, os negócios nestes concelhos analisados registaram um aumento de faturação de 7,1% face ao mesmo período de 2024, tendo sido os concelhos da Mealhada (+ 67,7%) e de Macedo de Cavaleiros (+ 66,5%) onde este crescimento foi mais expressivo.

No entanto, foi em Macedo de Cavaleiros que se verificou o maior valor médio por compra (43,19€) do grupo. No que toca ao gasto médio por cartão, este concelho, que totalizou uma média de 48,13€ é ultrapassado, expressivamente, pela Madeira (80,31€) e por Loulé (72,40€).

Feito o ranking das regiões com maior peso de faturação durante o Carnaval, entre os 10 concelhos analisados, a Reduniq releva que primeiro lugar é assumido pela região da Madeira, que representa uma fatia de 44% do total faturado neste grupo. O restante pódio é preenchido pelos concelhos de Loulé e Torres Vedras, com 24% e 13% do total, respetivamente, seguidos de Sesimbra com 7%.

Dentro deste grupo de dez concelhos, analisaram-se ainda os maiores picos de faturação registados em cada região, tendo o mais expressivo registado-se em Macedo de Cavaleiros, que obteve um forte crescimento de 142,5% da sua faturação na terça-feira de Carnaval face ao dia homólogo de 2024.

Também a Mealhada cresceu homologamente 91,7% da sua faturação no sábado de Carnaval, enquanto Sines cresceu 67,4% da faturação no domingo de Carnaval comparativamente a 2024. De destacar ainda os crescimentos homólogos: de 45,9% em Sesimbra e de 25,7% em Loulé, ambos no sábado; de 35,9% em Estarreja e 34,9% em Torres Vedras, os dois no domingo; e, por fim, de 23,7% em Alcobaça na terça-feira.

Já quando analisadas as transações estrangeiras no período carnavalesco no total dos dez concelhos em análise, o REDUNIQ Insights concluiu que o Reino Unido, Alemanha, França, Países Baixos e Espanha configuram o top 5 de nacionalidades com maior número de cartões a serem utilizados nos negócios destas regiões.

Em concreto, um terço dos cartões que transacionaram na Madeira neste período foram estrangeiros, sendo o Carnaval com mais turistas estrangeiros do país, e o destino onde os ingleses, alemães, franceses e holandeses mais transacionaram.

De seguida surge Loulé como o segundo Carnaval mais popular entre os turistas estrangeiros, sendo aquele onde os turistas espanhóis mais transacionaram. Em contrapartida, o Carnaval mais “nacional” foi o de Estarreja, onde apenas 3,35% dos cartões que transacionaram nos negócios locais foram estrangeiros.

Por fim, a análise por setores de atividade desenvolvida pela Reduniq demonstra que a variação mais expressiva se deu no concelho de Macedo de Cavaleiros, onde os setores da restauração e das gasolineiras, que representam a grande maioria da faturação registada na região, com 44,46% e 34,29%, respetivamente, obtiveram um crescimento do seu peso face a 2024, nomeadamente de 5,83 pontos percentuais para a restauração e de 11,56 pontos percentuais para as gasolineiras. Também em Ovar e em Torres Vedras houve uma subida homóloga do peso da restauração no total da faturação na ordem dos três pontos percentuais, especificamente 3,69% para a primeira e 3,27% para a segunda.

A Reduniq Insights é uma solução de conhecimento que pretende disponibilizar informação analítica aos clientes da Redinuq, a maior rede de aceitação de cartões nacionais e estrangeiros em Portugal, com base em informação do retalho nacional, suportando empresas na geração de insights e na tomada de decisões de desenvolvimento de negócio.

Perante estas informações, António Carneiro, presidente da Associação dos Caretos de Podence destaca que com pouco se faz muito, sendo este o maior evento de Trás-os-Montes, com um orçamento reduzido, comparado por exemplo com o Carnaval de Ovar que custa um milhão de euros:

“Enche-me de orgulho, ver estes dados, e dá-nos mais força para poder continuar, a preservar e a divulgar esta tradição. Considero que há que investir mais, na aldeia de Podence para podermos receber quem nos visita. É um elemento diferenciador. As vedetas são os Caretos. E com um orçamento residual. Fazer muito com pouco.”

O orçamento do Entrudo Chocalheiro foi de 30 mil euros.

Escrito por Rádio ONDA LIVRE