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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite, Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues, João Cameira e Rui Rendeiro Sousa.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quarta-feira, 6 de agosto de 2025

Basta de Esquecimento. “Bragança Exige Justiça e Compensação”


 Durante décadas, Bragança e todo o Nordeste Transmontano têm sido sistematicamente esquecidos pelo poder central. Enquanto Lisboa concentra investimentos, recursos e oportunidades, o interior profundo é deixado a definhar. Este abandono não é recente, é uma ferida aberta que se prolonga há gerações, alimentada por promessas vazias e políticas centralizadoras que ignoram as necessidades reais da população transmontana.

Exigimos aquilo que nos foi negado:

  • Infraestruturas de qualidade, a começar por uma ferrovia digna desse nome, que nos ligue ao resto do país e à Europa. O encerramento da linha do Tua mostra bem a prioridade que nos foi dada. Nenhuma.
  • Investimento sério na saúde pública. Não aceitamos mais hospitais sem meios, centros de saúde encerrados e a escassez crónica de médicos. A saúde é um direito constitucional, e Bragança não é menos Portugal do que qualquer capital de distrito litoral.
  • Ensino superior e investigação com financiamento digno. A presença do IPB é uma âncora para a região, mas falta vontade política para transformá-lo num verdadeiro polo de inovação, capaz de fixar jovens e atrair talento.
  • Apoio real à agricultura, à pecuária e às florestas. Os nossos agricultores são heróis silenciosos, mas continuam asfixiados por burocracias, preços injustos e políticas agrícolas desenhadas em gabinetes a centenas de quilómetros de distância.
  • Políticas públicas que combatam ativamente a desertificação. Bragança não precisa de caridade: precisa de justiça territorial. Precisamos de incentivos sérios para quem quer viver, investir e trabalhar aqui. Precisamos de uma discriminação positiva efetiva, com benefícios fiscais, apoios à instalação de empresas e acesso equitativo a serviços públicos.

Não somos paisagem para postal turístico nem cenário para promessas eleitorais. Somos povo, cultura, identidade e força. O Nordeste Transmontano tem dado tudo ao país: gente trabalhadora, tradição, recursos naturais, património imaterial. E em troca, o que recebemos? Estradas por acabar, serviços a encerrar, jovens a emigrar e aldeias a desaparecer.

Chega de discursos vazios. O interior não é uma terra esquecida, é uma terra traída. Mas quem cá vive continua com orgulho, força e uma identidade que o tempo não apaga. Agora, exigimos aquilo que nos foi negado: respeito, igualdade e justiça.

Exigimos um plano estratégico nacional para o interior. Exigimos voz, investimento, respeito e futuro.

Porque o futuro de Portugal também se constrói em Bragança.

Porque Bragança não pede favores. Bragança exige o que é seu por direito.

HM

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