Quem veio, gostou:
“Eu vim cá visitar a terra de uma amiga minha, que me convenceu a vir cá. E calhou coincidir com as festas. E gostei e fiquei surpreendido. Principalmente por vi aqui uns homens mascarados de romanos e achei muito giro (momento da Cobrança dos Impostos). Venho de Lousada”, contou Fábio Queirós.
“Também vim de Lousada. Venho no mesmo grupo. Fiquei surpreendido, porque não conhecia. Gostei bastante e estou a gostar do ambiente de festa popular. E toda a gente se conhece. acrescentou Pedro Magalhães.”
“Venho todos os anos aqui, mas à feita é o segundo ano. A feira está engraçada. Estas festividades acabam por colmatar as saudades que temos de Portugal. Passamos a fronteira e o ar muda logo. Ficamos logo com outra disposição. Aquela placazinha Portugal, ficamos logo de outra maneira. Não estou muito logo, estou em Toulouse, a 900 quilómetros daqui, mas vale a pena voltar”, confessou Manuel Albino, emigrante em França, há 13 anos.
O certame contou com um mercado de produtos variados, mas também com algumas novidades, falamos com alguns produtores, dos 20 que participaram, para perceber o que os motiva a realizar feiras e mercados e ter um contacto mais direto com o público:
“Eu fui convidada para vir a esta feira, porque estive noutra em Ervedosa, e aproveitei e pedi para vir a esta. É muito importante termos este contacto de rua e mostrar que existe, e já não é um tabu. Eu por exemplo, já tatuei, uma senhora de 71 anos, hoje, que não foi a pessoa de mais idade que eu já tatuei, mas efetivamente é bom sentirmos abraçados, por sociedades mais pequenas, digamos assim, disse Daniela Padrão, que estava com um stand de tatuagens e de piercings.
É a primeira vez que participo, Fui convidada do ano passado e este ano aceitei. Tenho algumas expectativas. Hoje, que é sábado, foi um bocadinho fraco, mas vamos ver como é agora à noite, e amanhã”, confessou Soledade Teixeira, produtora de queijos de ovelha e de cabra, de Passos, do concelho de Mirandela.
Outro expositor é Luís Romão, com um stand de mel, e derivados e ainda com um produto novo que são velas a partir da cera de abelha. Participa desde a primeira edição e referiu que “as pessoas já me conhecem, e vêm nem que seja para dizer que compramos o ano passado o mel e é bom. Tenho tido favo de mel, que é também um produto muito apreciado. As pessoas gostam só daquele paladar, que ainda se lembram dos tempos dos avós. As pessoas vêm cada vez, sobretudo as que são de cá e não vinham há muitos anos. E vêm, compram os nossos produtos, e consomem-nos, que é o nosso ganha pão, que é mesmo assim.”
A organização é da responsabilidade da Junta de Freguesia. A presidente, Betina Gonçalves, pretende ano após ano elevar a fasquia do evento, confessou, quando faz um balanço positivo de mais uma edição:
“O balanço é positivo, estamos a elevar a fasquia da Feira Romana, e cada vez mais introduzimos as temáticas romanas, para dar mais ênfase ao tema, que é a feira romana, e acho que o feedback das pessoas é positivo, porque gostaram dos temas. E penso que só temos motivos para continuar a crescer e valorizar ainda mais este tipo de temática”.
Este ano a grande novidade foi a desfilata, que aconteceu no sábado à noite, com um percurso, em que visitantes e moradores da aldeia se vestiram a rigor com fatos realizados pela comunidade.


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