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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite, Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues, João Cameira e Rui Rendeiro Sousa.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sábado, 16 de agosto de 2025

Reabilitação Urbana e Património em Bragança, Vila e Aldeias. “Um Compromisso com o Futuro e a Memória”.


 A identidade de uma região constrói-se a partir do seu território, da sua memória e da forma como as pessoas vivem e se relacionam com os espaços que habitam. Em Bragança, a reabilitação urbana e a valorização do património rural são fundamentais para garantir um futuro sustentável, coeso e com qualidade de vida.
A paisagem transmontana está profundamente marcada por aldeias históricas, casas de pedra com valor arquitetónico, castelos e igrejas que testemunham séculos de vida comunitária. No entanto, muitos desses espaços enfrentam o abandono, o envelhecimento ou a ruína. É urgente implementar políticas de recuperação do património urbano e rural, não apenas como ato de conservação cultural, mas como estratégia de desenvolvimento territorial.
A reabilitação de habitações tradicionais e núcleos urbanos e  rurais deve ser acompanhada de incentivos à fixação de população e à instalação de pequenos negócios, turismo sustentável, oficinas de artesanato, restauração, agricultura de proximidade, respeitando a autenticidade dos lugares.
Sem gente, não há reabilitação possível. Para inverter o ciclo de despovoamento, é essencial criar condições para que os jovens possam viver e trabalhar em Bragança e nas freguesias rurais. Isso implica apostar num plano sério de habitação a custos controlados, com foco na reutilização do edificado existente.
Os incentivos municipais e nacionais devem ser reforçados, quer através de programas como o 1.º Direito, quer por medidas locais que isentem taxas urbanísticas, facilitem projetos de autoconstrução e apoiem o arrendamento jovem. Mais do que construir de novo, é urgente dar nova vida ao que já existe.
Uma cidade (ou aldeia) reabilitada não se resume a fachadas recuperadas, precisa de vida quotidiana, comércio, serviços públicos e espaços de encontro. A revitalização do espaço público é crucial. Praças, largos, jardins, percursos pedonais e cicláveis devem ser pensados como locais de convivência e bem-estar.
A reabilitação deve caminhar lado a lado com o reforço dos serviços de proximidade, como postos de saúde, transportes locais, creches, escolas e centros culturais, especialmente nas freguesias mais afastadas. Só assim se garantirá uma verdadeira coesão territorial.
Bragança tem um património urbano e rural valioso, mas também uma oportunidade histórica, transformar a herança construída em base para um novo ciclo de desenvolvimento. Apostar na reabilitação, na habitação acessível e na revitalização do espaço público é apostar num território com futuro, onde a memória e a inovação caminham lado a lado.
Reabilitar é cuidar do passado, sim. Mas, sobretudo, é construir o lugar onde queremos viver amanhã.

HM

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