segunda-feira, 3 de abril de 2017

Falta de apoio comunitário a raças autóctones impede crescimento da raça Churra Galega Mirandesa

A falta de apoios comunitários aos novos produtores de raças autóctones e aumento de rebanhos tem contribuído para a diminuição do efectivo de ovinos da raça churra galega Mirandesa.
Esta foi uma das principais queixas ouvidas ontem em Malhadas, Miranda do Douro, no XXII concurso nacional desta raça autóctone. E esta situação pode mesmo estar a afastar pessoas mais novas interessadas em investir.

“Como este quadro não aceitou medidas agroambientais para apoiar estes animais, há muitos lavradores a querer entrar, jovens, e não deixam, não têm apoio e não compram”, diz um dos produtores.

A raça autóctone ainda está em extinção e o efectivo tem diminuído ligeiramente como confirma a secretária Técnica do livro da raça churra Galega Mirandesa, Andrea Cortinhas.

“Neste momento, o efectivo tem estado a diminuir ligeiramente estamos sempre a rondar entre os 6500 e os 7000 animais, estamos numa fase em que diminuiu um bocadinho mas estamos com algum optimismo de que no próximo ano haja um ligeiro aumento, porque os criadores já estão a deixar mais recrias nessa tentativa. Continua em risco de extinção no grau A e é um bocado preocupante”, afirma.

Para o presidente do município de Miranda do Douro, Artur Nunes, o concurso anual que premeia os melhores exemplares é uma das formas de apoiar os criadores que ainda vão resistindo.

No concurso que ontem premiou os melhores exemplares da raça churra galega mirandesa participaram 18 dos cerca de 60 produtores existentes em Miranda do Douro e concelhos vizinhos. 

Escrito por Brigantia
Olga Telo Cordeiro

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