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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

“Casa de Trabalho já é financeiramente sustentável”

Esteve dois mandatos à frente da Casa de Trabalho Dr. Oliveira Salazar. Hoje despede-se do cargo com um balanço ao MDB.
Mensageiro de Bragança: Que balanço faz destes dois mandatos? Encontrou uma dívida grande. Isso já está resolvido...
António Baptista: Está parcialmente resolvido. Quando chegámos à Casa de Trabalho (CT) havia um passivo considerável, na ordem dos 870 mil euros. Atualmente estará na ordem dos 450 mil euros. Uma coisa importante é que a CT, para conseguir amortizar esse passivo, tem estado com cash flow sucessivamente positivo. Ou seja, está a criar riqueza financeira que permite o seu investimento na amortização da dívida. Hoje, a CT é financeiramente sustentável.
MB.: Como se conseguiu isso? Houve um redimensionamento do pessoal, uma aposta em mais serviços...?
AB.: As duas coisas. Por um lado, houve um melhor aproveitamento dos recursos humanos mas houve a necessidade de criar valências de valor acrescentado. A CT tinha como valência social o Lar de Infância e Juventude e o ATL. Vimos que havia a necessidade de alargar o serviço social da instituição, desde que não criássemos uma instabilidade financeira. A CT só consegue prestar o seu serviço se tiver condições financeiras para o fazer. E aquilo que foi feito foi, aumentando o leque de valências, como os apartamentos de autonomia e outros projetos como o Escolhas, o DOM, atualmente SERE +, redimensionámos as tais valências de valor acrescentado. Assim, conseguimos um melhor aproveitamento dos recursos humanos.
MB.: Houve necessidade de despedimentos?
AB.: Tudo fizemos para evitar os despedimentos, pois sabemos que os postos de trabalhos gerados pela nossa instituição contribuem e muito para o desenvolvimento da nossa economia local. Mesmo assim, tivemos a necessidade de despedir dois colaboradores ao longo dos seis anos. Primamos sempre pela requalificação dos nossos colaboradores, como aconteceu quando encerrámos a serralharia.
MB.: Qual a importância de uma instituição como a CT para a região?
AB.: A CT assume como missão principal acolher e educar crianças e jovens do sexo masculino provenientes de meios familiares desestruturados. No Lar de Infância e Juventude (LIJ) acolhe e educa crianças e jovens até aos 18 anos e em Apartamentos de Autonomia dá continuidade aos maiores de 18 anos que ainda não concluíram o seu processo de inserção/integração na sociedade.
Faz dos jovens Homens trabalhadores de valores sólidos para, cada um, poder construir uma vida de felicidade.
A CT assume, também, um papel importante na nossa economia local como um dos principais empregadores.
MB.: Que outros serviços prestam?
CT.: A CT tem valências sociais e valências comerciais, que eu prefiro designar de valências de valor acrescentado, geradoras de riqueza. Ou seja, o lucro que essas valências geram é investido na parte social. Trabalhamos num regime de acordos de cooperação com o Estado. Em muitas das valências há sempre três parceiros, o Estado, a instituição e o cliente. Como temos o LIJ e os apartamentos de autonomia, o cliente não tem condições de comparticipar. Então, alguém tem de compensar esse custo. A CT pensou nas valências geradoras de riqueza como a gráfica, o posto de abastecimento de combustível e uma cozinha industrial que equipámos e alugamos a uma empresa que opera no nosso concelho.
MB.: Qual foi o problema mais difícil?
AB.: Temos de ter sempre presente que a nossa linha de ação é a vertente social e não podemos geri-la como uma empresa. Podemos, sim, trazer o conhecimento de uma gestão empresarial para dentro de uma IPSS, para a tornar sustentável. Tínhamos sempre isso presente. Mas o nosso objetivo principal é a parte social. Para isso, tínhamos de ganhar condições financeiras para ganhar essa mais valia em serviço. Estávamos condenados a rentabilizar a parte comercial e depois investir na parte social. Temos a sorte de o nosso diretor geral, o Pe. José Bento, ter muitos conhecimentos nesta área, assim como os técnicos, formando uma boa equipa de trabalho e facilmente nos diziam onde tínhamos de investir. Também foi essencial o esforço das pessoas que cá trabalham. Agradeço-lhes sempre o facto de terem conseguido porem-me a gostar da CT ao ‘jeito deles’. Há aqui uma relação de trabalhador para com a entidade patronal que não é frequente. Eles são incansáveis. Quando souberam da situação financeira arregaçaram as mangas e foram incansáveis. Era frequente encontrar colaboradores a trabalharem nas férias ou para lá do horário do expediente.

in:mdb.pt

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