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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

“O maior desafio da Fase Charlie é a segurança”

Assegurar a protecção das populações garantindo a segurança de quem combate as chamas é a máxima que pauta a intervenção dos Bombeiros Voluntários de Bragança. Em plena fase Charlie, a época mais crítica em termos de incêndios florestais, em entrevista ao Jornal NORDESTE o comandante dos Bombeiros Voluntários de Bragança, José Fernandes, fala das prioridades e das sobre as dificuldades que os bombeiros sentem no terreno.
Jornal Nordeste (JN) - Estamos em plena fase Charlie, a época mais crítica em termos de incêndios florestais, qual é o principal desafio que se coloca nesta altura à corporação de Bragança?

José Fernandes (JF) - O maior desafio da Fase Charlie é a segurança! Segurança dos meus homens, segurança das pessoas e dos seus bens. A missão dos Bombeiros é assegurar o socorro e protecção das populações, e para isso a segurança é fundamental. O combate aos incêndios florestais acarreta riscos acrescidos e é imperativo a inclusão de uma cultura de segurança.

JN - Em termos de equipamentos de protecção individual. Estava prometido material novo que seria adquirido pelas Comunidades Intermunicipais (CIM) que ainda não foi entregue. A falta deste material está a causar constrangimentos no dia-a-dia dos bombeiros de Bragança?

JF- Não. Este corpo de Bombeiros adquiriu, atempadamente, 50 equipamentos de protecção individual para utilização no combate a incêndios florestais. Esse equipamento, é composto por um conjunto de peças adequadas ao combate a incêndios em espaços naturais, nomeadamente capacete, cogula, casaco, calças e botas específicas. São equipamentos fabricados em tecidos ignífugos, que dão mais protecção ao bombeiro contra o calor e as chamas, sendo ainda mais resistentes e confortáveis. 
Foi para a nossa Associação Humanitária um esforço monetário, embora continuemos a aguardar a chegada dos restantes equipamentos prometidos pela CIM.

JN - O que é que ainda falta à corporação de Bragança em termos operacionais?

JF - Em termos operacionais, no âmbito dos fogos florestais estamos em fase de renovação da frota de veículos. 
Ao nível do socorro pré-hospitalar, esta Associação adquiriu duas ambulâncias, uma de socorro, equipada com o que de mais moderno existe actualmente, a título de exemplo, possui suspensão pneumática de modo a melhorar o conforto do doente e da tripulação. Uma outra ambulância de nove lugares, também está equipada de modo a que os utentes sejam transportados em viagens mais longas com total conforto. Estamos ainda a aguardar a abertura de um concurso ao QREN, de modo a que possamos adquirir duas viaturas florestais, uma ligeira e outra pesada, equipadas com todos os requisitos de segurança.

JN - Considera que este Verão está a ser atípico em termos de incêndios na região? Quais são as principais dificuldades com que se deparam os bombeiros no combate aos fogos na região?

JF- Até ao momento estatisticamente não está a ser atípico. Os meses de Maio, Junho e Julho costumam ser meses de pouca actividade no combate aos incêndios florestais na nossa área operacional, pelo que o número de ocorrências e as áreas ardidas também nestes meses são pouco expressivas. 
Existem vários factores que determinam as dificuldades no combate a um incêndio florestal, sendo que o principal são as condições meteorológicas severas, nomeadamente a velocidade do vento, baixos níveis de humidade relativa do ar e as temperaturas elevadas aliados aos fortes declives que se verificam na nossa região.
Outros factores que influenciam negativamente o combate aos incêndios são o abandono dos terrenos e algum descuido na limpeza da vegetação que rodeia as habitações e armazéns agrícolas.

JN - Esta é uma época crítica e sabemos que há muitos incêndios que têm início com descuidos da população. Que conselhos deixa às pessoas para facilitarem a vida aos bombeiros?

JF- Um comportamento responsável é a melhor forma de evitar os incêndios florestais, e mais vale prevenir que remediar. 
Nos dias mais quentes e com vento e humidades baixas, o risco de incêndio é maior e as pessoas devem aumentar a sua atenção.
Para quem mora em áreas rurais deve limpar o mato à volta de sua habitação, guardar em lugar seguro e isolado, a lenha, o gasóleo e outros produtos inflamáveis, nunca deixar as crianças sozinhas em casa ou fechadas à chave, nem as deixar brincar com fósforos ou isqueiros.
Para quem gosta de passear na floresta aconselho a que não deite fósforos ou cigarros para o chão, não deite pela janela do automóvel cinzas ou pontas de cigarro, leve a refeição preparada e não acenda fogueiras. 
Em relação a queimadas e foguetes, é proibido realizar-se queimadas e queima de sobrantes nos espaços rurais durante o período crítico, que este ano vigora de 1 de Julho a 30 de Setembro. Em caso de incêndio ligue 112, porque Portugal sem fogos depende de todos e de cada um.

in:jornalnordeste.com

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