Ministério da Educação decidiu encerrar a escola do Cachão. Autarquia rejeita responsabilidades
Apesar das várias tentativas de travar o encerramento da escola do Cachão por parte da Junta de Freguesia e da Câmara Municipal, o certo é que este ano este estabelecimento de ensino não vai receber crianças. Os alunos vão ter de se deslocar cerca de cinco quilómetros para assistirem às aulas em Frechas, a sede de freguesia.
O presidente da Câmara Municipal de Mirandela mantém a sua posição contra o encerramento desta escola, remetendo responsabilidades para o Ministério da Educação. António Branco rejeita ainda qualquer tipo de responsabilidade no transporte destas crianças. “A responsabilidade do encerramento da escola não é da Câmara, mas sim da DGEST. A rede escolar foi-nos comunicada em Fevereiro. Com base nessas informações fizémos um concurso para adjudicação dos transportes escolares. Se alguém fez uma alteração nessa rede tem que assumir essa responsabilidade”, sublinha o autarca.
Em causa está também a construção do Centro Escolar de Mirandela. Um projecto de cerca de oito milhões de euros que aguarda financiamento desde 2006. “Esse Centro Escolar foi o acordo que a Câmara Municipal de Mirandela fez com o Ministério da Educação para concentrar toda a rede escolar e que levou ao encerramento de 42 escolas, nessa altura. Tem que haver a resolução desse compromisso. Não víamos problema nenhum em que as escolas no meio rural encerrassem desde que as crianças fossem transportadas para espaços onde pudessem ter melhores condições de ensino e não é o que acontece”, reforça o autarca.
A escola do Cachão foi frequentada por sete alunos no passado ano lectivo. Este ano, ao que foi possível apurar apenas uma criança do Cachão vai à escola.
in:jornalnordeste.com
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