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SOBRE O BLOG: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blog, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 15 de abril de 2016

UM PROJETO REGIONAL

Em crónica recente, neste mesmo jornal, Ernesto José Rodrigues, evidenciou de forma clara e brilhante as razões técnicas e históricas para a localização em Bragança do ainda embrionário Museu da Língua.
Em consonância com o que publicamente tem afirmado Adriano Moreira. Hernâni Dias manifestou todo o interesse e empenho nesta realização, tendo feito o mesmo João Sobrinho Teixeira. Jorge Nunes prometeu bater-se pelo projeto. António Chaves garantiu todo o apoio que lhe seja requerido. Estão de acordo, pela voz dos seus responsáveis, o CLEPUL, a Academia das Ciências, o Instituto Politécnico de Bragança, a Academia de Letras de Trás-os-Montes e, obviamente, a Câmara Brigantina. O professor universitário afirma, na referida crónica, a sua convicção da adesão do Instituto Camões. Não parece haver qualquer risco relativamente ao suporte técnico e científico do projeto. E, contudo, recentemente fomos surpreendidos, com declarações de intenção de edificação de uma estrutura similar em Matosinhos, na presença do ex-ministro da cultura. O que não deixa de ser estranho. Ou que nos deve deixar de pé atrás a todos os nordestinos mais que não seja pela drenagem constante que os políticos do litoral fazem com os recursos naturais do interior, quando tal lhes dá alguma vantagem mesmo que a relevância relativa seja, naturalmente, muito inferior. Ora se técnica e cientificamente estão criadas todas as condições para a concretização deste importante projeto, porque razão poderia o mesmo ser desviado da cercania do Sabor para a ribeira do rio Leça? Por razões políticas, obviamente. Mesmo que apenas seja um hipótese só o facto de ser colocada deveria revoltar todos os transmontanos. As Câmaras municipais do Distrito, todas e sem exceção, deveriam manifestar já a sua adesão incondicional e prontificarem-se a suportar e defender esta tarefa por todos os meios e formas. Entre elas a convocação das populações e das forças vivas de cada um dos concelhos para reclamar para a região o que de direito nos pertence e que se não for aqui implementado representa uma clara usurpação.  

Espero, esperamos todos os transmontanos, que pelo menos o que nos é devido por natureza não nos seja espoliado uma das maiores riquezas que ainda temos e conservamos que é a língua, aliás, as duas línguas oficiais a que se juntam os falares característicos e diversificados referidos pelo escritor de Torre de Dona Chama e que passam pelo guadramilês, riodonorês e barrosão.

Espero, esperamos todos os transmontanos, que a simples menção de saque da maior e mais forte argamassa que nos une e caracteriza nos convoque precisamente para essa união, sem qualquer excessão ou diferendo, a começar pelas elites socias e políticas, em rebelião contra os usurpadores

Espero, esperamos todos os transmontanos, que o novo ministro da cultura encontre à sua chegada ao Palácio Nacional da Ajuda a determinação nordestina, inquebrantável, como os sete vimes de Trindade Coelho, multiplicados por várias dezenas de milhar.

José Mário Leite
Jornal Nordeste

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