O Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, em Bragança, é o primeiro espaço cultural português a acolher a mais recente exposição do artista galego Jorge Perianes. “Para que as coisas não se movam, atam-se com decorações” é o nome daquela que é considerada uma das produções mais imaginativas e surpreendentes do actual panorama artístico espanhol e que foi inaugurada em Bragança, no passado sábado.
Apesar de ter já trazido trabalhos para Portugal, em festivais de arte, esta é a primeira vez que os seus trabalhos são instalados num espaço museológico português.
O espaço cultural brigantino é uma referência para o artista de 42 anos. “Ao convidar-me a expor aqui e a conhecer o espaço, fiquei encantado.
Nesta exposição, há uma colocação estratégica de peças e algumas criadas para o próprio espaço. Jogando com a arquitectura. Para mim foi um jogo, um jogo sério, mas muito interessante”, referiu o artista.
O comissário da exposição, Jorge da Costa, não tem dúvidas de que esta é uma exposição única, que vale a pena conhecer. “Para além de ser uma grande exposição, foi também uma grande produção. Provavelmente das maiores que fizemos aqui no Centro de Arte Contemporânea, porque para além das peças, obviamente de coleccionadores e peças muito morosas e minuciosas que o Jorge Perianes tem feito, a exposição dele vive acima de tudo uma relação com arquitectura e portanto ele transformou completamente o espaço arquitectónico de Souto Moura”, salienta Jorge da Costa.
Para instalar a exposição de Jorge Perianes, foram necessárias duas semanas e a intervenção de uma equipa composta por carpinteiros, electricistas, jardineiros, além do próprio artista e da equipa do Centro de Arte Contemporânea.
A exposição está patente no Centro de Arte Contemporânea até 17 de Julho. Depois segue para a ArcoLisboa, uma extensão da feira de arte contemporânea de Madrid.
Escrito por Brigantia
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