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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

domingo, 24 de abril de 2016

Museu de Bragança leva música clássica às crianças das aldeias

 O Museu Abade de Baçal de Bragança decidiu levar às escolas das aldeias concertos de música clássica em que as crianças mais do que espetadores são envolvidas na exibição com a oportunidade de tocarem instrumentos.
Há já dois anos que o Museu leva música às escolas, numa iniciativa integrada num programa da Direção Geral de Educação, que começou na cidade de Bragança e já deu concertos a cerca de 400 crianças.

"Este ano resolvemos que tínhamos de sair cidade para virmos para as aldeias, porque nós somos rodeados do meio rural e não nos podemos esquecer destas escolas que têm seis ou sete alunos, mas que estão cá e que precisam mais do que todos", observou à Lusa, Ana Luísa Pereira, dinamizadora dos Serviços Educativos do Museu.

A escola do primeiro ciclo de Quintanilha foi o destino de mais um concerto acompanhado pela Lusa e em que o violino foi o centro da atenção das seis crianças que, pela primeira vez tiveram música nas aulas.

Cinco meninas, Vitória, Mariana, Ana Rita, Raquel e Liliana, e um menino, Tomás, o mais novo, escutaram música do compositor clássico italiano Arcangelo Corelli, mas ficaram também a saber que o violino é muito parecido com a viola e que se pode tocar todo o tipo de música neste instrumento.

O professor do parceiro desta iniciativa, o Conservatório de Música e Dança de Bragança, Luís Peres, tocou e foi acompanhado pelas cantorias das canções infantis que todos conhecem, explicou como funciona o violino e desafiou todos a experimentarem dar som às cordas.

Para este professor de música, "os miúdos são um público interessado, muitas vezes mais do que os adultos".

"Acho que aproveitam muito melhor aquilo que nós tentamos dar, do que muitas vezes os adultos que estão mais distraídos com as suas próprias coisas. É muito fácil chegar aos pequeninos, tenho sempre a ideia de que eles estão sempre dispostos a aprender connosco e a ouvir com atenção", considerou.

A música clássica "aguça um bocadinho a curiosidade deles" porque "como ouvem tão raramente, quando ouvem tornam o momento mais especial".

A experiência foi uma surpresa "divertida" "agradável" e a primeira vez que estas crianças ouviram música clássica tocada ao vivo.

Nesta escola não há aulas de música, como explicou o professor Rogério Fernandes para quem esta iniciativa "é muito interessante".

"As crianças devem contactar com aquilo que existe. Se não se conhecesse também não se deseja", apontou.

O docente vincou que "a música é muita importante em termos de disciplina porque exige concentração, método e rigor e é isso que falta hoje muitos nas crianças".

"Que se repita mais vezes" são os votos deste docente.

Para já está previsto, até ao final do ano letivo, levar a música a outras escolas das aldeias e as que não for possível, ficarão para o ano, como garantiu Ana Luísa Pereira.

Para maio, está agendado um concerto no Conservatório de Música e Dança de Bragança dirigido aos pais, mas para o qual todos ficaram convidados e até com a possibilidade de transporte.

A técnica do museu sabe que "muitas vezes devido às contingências de transportes, de pais que não têm possibilidades de levaram os miúdos à cidade verem determinados espetáculos", as crianças das aldeias não têm acesso tão fácil às artes.

O que tem constatado é que "nas aldeias, têm havido uma atenção desmedida por parte dos miúdos e um querer absorver tudo aquilo que lhes está a ser dado", nestes concertos.

HFI // MSP
Lusa/fim

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