Número total de visualizações do Blogue

Pesquisar neste blogue

Aderir a este Blogue

Sobre o Blogue

SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

COLABORADORES LITERÁRIOS
COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Pedro José Supico de Morais

Moço da câmara do infante D. Francisco, irmão de el-rei D. João V. Barbosa, na Biblioteca Lusitana, e Inocêncio F. da Silva, no Dicionário Bibliográfico, dizem ignorar a sua naturalidade e data do nascimento e óbito, conjecturando, porém, este último fosse natural de Lisboa; todavia, a julgar pelo que fica dito no artigo Sousa (Manuel Pimentel de) e pelo mais aqui mencionado, parece ser natural ou oriundo do distrito de Bragança.

Escreveu:
Colecção política de vários apoftegmas – Parte primeira. Lisboa, 1720, e segunda vez, idem, 1732 (Barbosa diz 1733). 8.º de XVI-283-291-312 págs.
Colecção moral de vários apoftegmas – Parte segunda. Lisboa, 1720. 8.º, e segunda vez, idem, 1773. 8.º de CIV-279-286 págs.
Saíram reunidas ambas as partes, com a indicação de «Novamente impressas correctas e ilustradas». Coimbra, 1761. Dois tomos in-4.º com VIII-462 e VIII-464 págs.

Pinheiro Chagas chama-lhe «escritor notável».
Manuel de Morais Supico foi o fundador do altar do Espírito Santo na catedral de Goa, e no pavimento da capela onde está esse altar lê-se o epitáfio do fundador, que diz: 

Sepultura de Manoel / de Moraes Capico / fidalgo da Casa de Sua / Magestade Commendador da / Ordem de Christo e Senhor da / villa de São Seriz e / de seus erdeiros. Falleceu na era de 1630 a 17 de Maio servindo / autoalmente de Provedor da Santa Casa da Misericordia.

Na parede da mesma capela, lado da Epístola, há outra lápide de pedra preta, que foi dourada, encimada por um brasão de armas, e diz: 

Nesta capella está instituido hum mor / gado com huma missa cotediana e ou / tras condições declaradas no / vinculo do dito morgado. Nella / está sepultado Manoel de Moraes / Capico seu primeiro instituidor natural de Tralos Montes fidalgo da Casa de Sua Magestade commendador do abito de Christo e Senhor da villa de S. Seriz. Foi / vreador nesta cidade de Goa. Falleceo / sendo autualmente Provedor da Santa Misericordia / em 17 de Maio de 1630. Pertence esta / capela ao morgado e aos erdeiros do / dito defunto.

Baseado nestas inscrições, supomos que o escritor acima mencionado fosse desta família e natural de S. Seriz, no concelho de Macedo de Cavaleiros.
Na primeira parte da sua obra, livro I, págs. 28, 38, 50, 59, 74, 87 e outras; no livro II, págs. 3, 28, 43 e outras, e no III, págs. 5, 57, 60 e outras, fala num seu tio, o padre-mestre Fr. José Supico, pregador da capela, que viveu pelos anos de 1680. Devia ser orador notável, pois achou modo de, em mais de cinquenta lugares da obra, inserir apoftegmas colhidos nos sermões do frade.
Além disso, no livro II, parte primeira, pág. 18, e no III, pág. 223, aponta dois sonetos de seu avô, o doutor Luís Supico de Morais, membro da Academia, a julgar pelo que diz.
No Tombo dos bens do Cabido de Miranda, feito em 1691, fólio 115 v., manuscrito existente no Museu Regional de Bragança, vem mencionado um indivíduo de nome André de Morais Supico, cura de S. Seriz. A 5 de Agosto de 1804 faleceu em S. Pedro da Silva, concelho do Vimioso,Manuel Supico. O apelido Supico ainda hoje permanece no distrito de Bragança.

Memórias Arqueológico-Históricas do Distrito de Bragança

Sem comentários:

Enviar um comentário