Queixas sobre a alimentação dos bombeiros, durante as operações de combate aos incêndios, levaram o Ministério da Administração Interna a abrir um inquérito junto da Autoridade Nacional da Protecção Civil, responsável pelo fornecimento dos kits de alimentação.
Em comunicado o ministério informa que há denúncias em relação à falta de qualidade da comida das “rações de combate”, que são distribuídas fora de horas, e da escassez de alimentos que obriga constantemente as corporações a recorrer à solidariedade das populações.
Fomos saber como como é que os bombeiros de Bragança fazem a distribuição dos alimentos aos homens que andam no terreno.
O segundo comandante, Carlos Martins, explica, que apesar de considerar essa uma questão delicada, no quartel de Bragança as refeições são confecionadas pelo restaurante próprio que lhes confere outra flexibilidade.
“O restaurante que existe no quartel quando é alugado informamos as pessoas que o alugam que neste período de incêndios têm que confecionar as refeições seja a hora que for. Em relação a outros fornecedores, como a padaria, eles estão alertados para nos fornecer alimentos por vezes em horários que não o costuma fazer”.
A despesa com as refeições quando os bombeiros estão em operação fica a cargo da Autoridade Nacional da Protecção Civil (ANPC) e cada operacional representa um custo diário de 21 euros.
Em relação à forma como é feito o transporte das refeições, nem sempre sempre de forma adequada, Carlos Martins explica que muitas vezes são as condições possíveis para que os bombeiros se possam alimentar durante o combate aos incêndios.
“Fazer uma refeição numa frente fogo não é como fazer uma refeição num restaurante. Há também preocupação com a forma como é feito o transporte das refeições nos recipientes. São transportadas de jipes, distribuídas pelo terreno e quando chega aos bombeiros já deu não sei quantas voltas. O que saiu do restaurante e que estava empratado quando chega já está tudo misturado. Por isso tem que haver cuidado no transporte das refeições para o terreno”.
Em Bragança não há queixas em relação à distribuição de alimentos aos bombeiros que andam no terreno no combate aos incêndios. O mesmo não se passa noutras corporações, levando o ministério da administração interna à abertura de um inquérito junto da ANPC, responsável pelo fornecimento dos kits de alimentação.
O relatório deste inquérito, pedido pelo secretário de estado da administração interna, Jorge Gomes, deve ser entregue ao governo até dia 30 de Setembro.
Débora Lopes / Foto de Associação Bombeiros para Sempre
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