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SOBRE O BLOGUE: Bragança, o seu Distrito e o Nordeste Transmontano são o mote para este espaço. A Bragança dos nossos Pais, a Nossa Bragança, a dos Nossos Filhos e a dos Nossos Netos..., a Nossa Memória, as Nossas Tertúlias, as Nossas Brincadeiras, os Nossos Anseios, os Nossos Sonhos, as Nossas Realidades... As Saudades aumentam com o passar do tempo e o que não é partilhado, morre só... Traz Outro Amigo Também...
(Henrique Martins)

COLABORADORES LITERÁRIOS

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COLABORADORES LITERÁRIOS: Paula Freire, Amaro Mendonça, António Carlos Santos, António Torrão, Fernando Calado, Conceição Marques, Humberto Silva, Silvino Potêncio, António Orlando dos Santos, José Mário Leite. Maria dos Reis Gomes, Manuel Eduardo Pires, António Pires, Luís Abel Carvalho, Carlos Pires, Ernesto Rodrigues, César Urbino Rodrigues e João Cameira.
N.B. As opiniões expressas nos artigos de opinião dos Colaboradores do Blogue, apenas vinculam os respetivos autores.

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Apicultores preocupados com consequências dos fogos para o setor

Os apicultores estão preocupados com o efeito dos incêndios na redução da área de alimento para as abelhas e consequentemente na diminuição da produção de mel, disse hoje o presidente da associação florestal Aguiarfloresta.
Este é precisamente um dos assuntos que vai estar em debate no Fórum Nacional da Apicultura que decorre entre 07 e 10 de setembro, em Vila Pouca de Aguiar.

Duarte Marques, presidente da Aguiarfloresta e um dos organizadores do fórum, disse hoje à agência Lusa que os incêndios representam "uma grande ameaça" para a apicultura porque destroem diretamente colmeias, mas também porque estão a reduzir a área de pasto - ou seja, de alimento das abelhas.

"O que se traduz em maiores dificuldades a nível de produção de mel e derivados e da sustentabilidade e viabilidade das explorações apícolas", afirmou.

Nas últimas semanas têm sido relatados vários estragos causados pelos fogos em colmeias.

"Muitos incêndios destroem apiários e abelhas. Mesmo que não consumam as caixas e as colmeias, o excesso de calor acaba por afetar as abelhas que acabam muitas vezes por morrer por sobreaquecimento", explicou Duarte Marques.

O responsável destacou também que os incêndios têm implicação direta na redução da área de floração, logo de pólenes e néctares.

"Quando arde o mato está-se a perder área de pasto, de alimento, para as abelhas. É uma perda efetiva para a apicultura", frisou.

Duarte Marques explicou que as abelhas têm uma área de ação limitada, podendo ir buscar alimento apenas a três ou quatro quilómetros de distância.

Isso implica que, por vezes, seja necessário mudar a localização das colmeias ou recorrer à alimentação artificial para se manterem as colónias vivas.

"É um esforço e há custos acrescidos, com implicações na rentabilidade das explorações. Os custos de produção tornam-se mais elevados do que os proveitos", salientou.

O dirigente referiu que, para além dos incêndios, este setor possui outras "ameaças e fragilidades", desde o clima, as doenças e pragas, como a vespa asiática que "está em crescendo em Portugal".

A seca teve, este ano, um efeito direto na produção de mel.

Duarte Marques referiu que 2017 "foi um ano mau". "Depende das regiões mas aqui, no Alto Tâmega, a quebra de produção andará à volta dos 50% comparativamente a um ano normal", sustentou.

O fórum nacional é considerado o "grande evento da apicultura" em Portugal, que serve fazer o "ponto de situação do setor".

"É um momento de encontro em que se faz uma avaliação das dificuldades do setor e as novas oportunidades, também as investigações e as inovações", frisou.

O evento inclui a realização da XVI Feira Nacional do Mel e da Feira de Inovação da Apicultura.

O fórum é promovido pela Federação Nacional dos Apicultores de Portugal e conta com vários parceiros institucionais na região, como a associação florestal e ambiental Aguiarfloresta, com sede em Vila Pouca de Aguiar, no distrito de Vila Real.
foto: Rui Peixoto

Agência Lusa

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