segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Rio Sabor - Prefácio

João de Deus Rodrigues,
no rio Sabor
Rio Sabor. Mais de 100 quilómetros de águas claras a ligar a Galiza ao Douro. Torrente transbordante de inverno, mansidão de verão, a serpentear entre escarpas, sobre poços e cascalheiras. Casa de lontras e toupeiras d' água, trutas, barbos e bogas, cegonhas em branco e em negro.
Nas suas margens, avistam-se, ainda, corços, lobos, coelhos e gatos bravos, uns presas e outros predadores, uns escondidos e outros emboscados, entre azinheiras, sobreiros, oliveiras, estevas e giestas.
Nos ares, pairam águias e abutres, piscos e picanços, borboletas e libélulas. Na memória das gentes estão gravadas lembranças e nas paredes de pedra gravuras que não sabem nadar...

Rio Sabor. Rio ainda selvagem, em vias de domesticação em nome do bem Nacional. Rio onde o meu avô paterno pescou peixes e o meu pai se inspirou para escrever estes poemas que aqui nos deixa, como testemunho de gratidão ao rio, às suas gentes ribeirinhas e a Trás-os-Montes, como facilmente se depreende da leitura dos poemas deste livro.

in Rio Sabor
de João de Deus Rodrigues
Ana Sofia Rodrigues

in: jornal.netbila.net

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