O Congresso de Vilar de Perdizes vai realizar-se dia 6, 7 e 8 de Setembro e, depois de três anos a ser convidado pelo ilustre Padre Lourenço Fontes, para participar no «Congresso de Medicina Popular de Vilar de Perdizes», desta vez tinha que dizer, presente. Tanto mais que o nosso ilustre clérigo fez, há dias, as suas «bodas de ouro sacerdotais» e estes seus 50 anos de sacerdócio bem merecem atenções dos amigos, em que me incluo.
Foi-me lançado o repto para ali apresentar o meu novo livro, «Memórias da Maria Castanha». Mas, para um público tão específico e mais exigente do que muitos pensam (ali já vi uma mestre duma universidade aflita como nunca vi ninguém, por não ser capaz de responder às questões que lhe eram colocadas, tendo, por fim confessado a sua limitação sobre tema tão abrangente), o livro podia ser um tema desalinhado, pelo que propus falar sobre «As Virtudes da Castanha», um produto que há um século era essencial para a economia de subsistência do Barroso e da maioria do Norte de Portugal e de parte do interior.
Dia 6 (sexta-feira) de Setembro pelas 21H00 apresentarei a comunicação sobre «as virtudes da castanha» e sobre alguns poderes exotéricos que ao longo de séculos e milénios lhe são atribuídos, como ser afrodisíaca ou se comer castanhas no primeiro de Maio para não doerem os dentes todo o ano.
Previno os senhores congressistas que, apesar de década e meia a estudar e pesquisar sobre o «fruto dos frutos», como a apelidava Miguel Torga, reconheço as minhas limitações e ali estarei, também, na expectativa de aprender com a douta e interessante assistência.
Douta? Pois claro! Há congressistas que se apresentam com a «lição bem estudada». Melhor dizendo, o Congresso de Medicina Popular não tem só pessoas a falar de poderes exotéricos, porque nas plantas há remédios para muitos males e menos agressivos ao corpo (e ao espírito) do que alguns «químicos».
Para sossegar alguns cépticos ou «espertos», vou-vos dar conta de uma experiência que tive há cerca de 20 anos. Acordava de noute com as dores nas articulações e tinha que fazer alguns movimentos para aliviar as dores fortes. E lá me arrastei para o reumatologista que me receitou uma bateria de comprimidos. Como sou avesso a medicação (só a tomo quando é absolutamente necessária) protelei a ida à farmácia. Por esses dias, quando me preparava para atravessar uma passadeira, olho para o lado direito e vejo ao meu lado o mais ilustre Botânico do país (requisitado pela comunidade científica internacional para muitas missões científicas nos países mais díspares) e falei-lhe das minhas mazelas.
Com a calma de um sábio disse-me: coma muito...
Segui o seu conselho e passei a ter uma qualidade de vida que, quando penso pelo que passei..., ponho as mãos para o Criador em agradecimento.
Isto para dizer, que em saúde «nem tanto ao mar, nem tanto à terra». Ou seja, deve saber-se separar o «trigo do joio». Ou, ainda, pode haver mais que um «caminho para ir a Roma».
O meu livro «Memórias da Maria Castanha», que procura preservar muita da memória imaterial em torno da castanha, estará disponível, para consulta durante o Congresso de Medicina Popular de Vilar de Perdizes.
Jorge Lage
in:jornal.netbila.com
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