O Centro Interpretativo dedicado às minas de volfrâmio em Argozelo, desactivadas desde a década de 1980, irá contar com uma mostra que reunirá o espólio de antigos trabalhadores e testemunhos dos mesmos, além de outras componentes.
O novo centro vai nascer na cortinha do Calvário, junto a uma das entradas da vila de Argozelo. De acordo com o municiípio «as obras deverão ter o seu início ainda este mês de Setembro».
«O projecto estava feito há muito tempo. O concurso público para adjudicação do centro tinha sido feito já mais de um ano, mas a Câmara entendeu fazer a obra quando houvesse dinheiro», disse o vice-presidente da autarquia de Vimioso, Jorge Fidalgo, justificando o momento para arranque dos trabalhos.
Com este equipamento pretende-se prolongar a memória viva da importância das minas de volfrâmio Argozelo, estando prevista a sua conclusão no espaço de um ano.
«A ideia é criar um espaço onde se preserve a história das minas de Argozelo que integraram a realidade da região e do concelho de Vimioso», acrescentou Jorge Fidalgo.
No edifício haverá espaços de cultura, serviços e lazer, de forma a mostrar a realidade do que se viveu e o seu desenvolvimento na vertente histórica e social, através da exploração do minério, e ao mesmo tempo dotar a vila de Argozelo de espaço necessários como um auditório.
Investigadores daquele território mineiro sublinham que desde que há registo da região existe uma «associação à exploração do volfrâmio».
Desde o final da década de 1980, altura em que as minas encerraram à exploração mineira, verificou-se muita «degradação devido às intempéries e, maioritariamente, por vandalismo».
Esta situação levou as autoridades a uma requalificação ambiental da zona principal da exploração mineira, que retirou a maioria dos vestígios. A mina foi, então, selada.
Este Centro procura aproveitar algum do espólio que ainda lá se encontra, para além daquele que muitos ex-mineiros guardam em suas casas, bem como recolhas de testemunhos e memórias que foram recolhidas ao longo dos anos em que as minas estiveram em actividade.
O equipamento está orçado 265 mil euros e é comparticipado a 80% por fundos comunitários, através do Programa de Valorização Económica de Recursos Endógenos (PROVERE).
in:cafeportugal.net
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